Com muito pouco você
apoia a mídia independente
Opera Mundi
Opera Mundi APOIE
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Podcasts
Política e Economia

De Caracas a Barinas: chavistas celebram retorno de presidente venezuelano

Encaminhar Enviar por e-mail

Simpatizantes de Hugo Chávez relembram tentativas da oposição e da mídia de desestabilizar o governo local

Gustavo Borges

2013-02-18T22:33:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

Ainda era madrugada quando Hugo Chávez chegou à Venezuela. Logo após o anúncio do retorno, feito nesta segunda-feira (18/02) pelo próprio presidente por meio de sua conta no Twitter, os primeiros fogos foram escutados pelo país, que acordava surpreso com a notícia. Depois de mais de dois meses de tratamento contra um câncer em Cuba, Chávez estava de volta. As ruas de Caracas se encheram de apoiadores portando bandeiras, cartazes e bonecos do presidente, a exemplo de outras cidades. A reação em Barinas não foi diferente. Foi aqui que nasceu o presidente e onde iniciou sua carreira política.

Marta Lucia Yépez, moradora da comunidade Brisas del Llano, conta que recebeu a notícia nas primeiras horas da manhã.  “Não tenho vergonha de dizer que chorei de alegria. Ele não podia nos deixar sozinhos, ainda que a revolução não tenha parado. Ele sempre esteve no comando, mesmo doente e, através dos ministros, deu instruções que depois recebemos na comunidade, para poder continuar trabalhando pela revolução. Isso não se detém e agora que ele está aqui não para mesmo, continuamos em revolução.”

 


Instalando fios para a iluminação pública no bairro de Sabana Grande, o pedreiro Wilmer Ramones conta que sempre pensou que Chávez estava vivo e bem. “Ele acabou com o show que a oposição tinha montado para nos desanimar com falsas notícias. Seu retorno nos enche de força. Todos somos Chávez.”

“Soube às sete da manhã”, fala Osveida Bermúdez. “Minha irmã me ligou de Ciudad Bolívar, que fica a 10 horas de Barinas. Disse-me muito emocionada: ´Como vocês, que estão na terra de Chávez, não sabem que o presidente chegou?´ Quase tenho um infarto de tanta emoção. Nosso presidente, a quem devemos esta casa, tinha voltado. Chávez é como nosso pai, irmão, mais um membro da família e já estávamos com muitas saudades dele.”

Iván Humberto García Yanes, “Balcero” como é chamado na comunidade, trabalha como técnico de computação. “Chegou o castigo para os que tentam acabar com nossa revolução. Havia muita dúvida e manipulação dos meios e da oposição com relação à doença do presidente. Bom, está aqui, agora vamos ver o que eles têm a dizer”, ri.

Gustavo Borges/Opera Mundi

Rafael Vargas tem a casa decorada com quadros de Chávez e costuma sediar assembleias de sua comunidade


Rafael Vargas, da comunidade Corazón de Jesús, tem a casa enfeitada com fotografias e cartazes de Chávez. A primeira coisa que fez quando soube da volta de Chávez foi içar a bandeira nacional e convocar os vizinhos a fazerem a mesma coisa. “Além de ser um irmão e um amigo, Chávez é um sentimento nacional e qual é a melhor maneira de honrá-lo?”. A casa de Rafael também é um espaço aberto para assembleias populares da comunidade e operativos do Mercal, ponto de vendas de produtos alimentícios subsidiados pelo Estado. “Todos somos Chávez e temos que demonstrá-lo com ações”, conclui.

Caracas

A festa na capital venezuelana começou assim que o sol nasceu. Milhares de apoiadores do presidente se concentraram do lado de fora do hospital onde Chávez está internado e na emblemática Praça Bolívar, local de concentração do chavismo em Caracas.

 

Vestidos de vermelho, os simpatizantes do presidente traziam mensagens como "eu sou Chávez”, "Chávez descanse que o povo te respalda" e "Pensaram que não voltaria, mas na madrugada chegou Hugo Chávez Frias".

"Amo o presidente com toda a minha alma. Graças ao Deus todo poderoso por tê-lo trazido de volta para mim", disse Alexandra Viloria, 43 anos, segurando um boneco de Chávez e usando a cor vermelha de seu Partido Socialista no meio da multidão reunida em frente ao portão do hospital.

"Hoje a Venezuela amanheceu com mais amor e alegria do que nunca, com a notícia de que nosso presidente voltou!", declarou à AFP Franchesco Gulli, uma das vinte pessoas que celebravam o retorno de Chávez em frente ao hospital militar de Caracas, onde o governante foi internado para continuar o seu tratamento contra um câncer.

Herminia Martinez, de 67 anos, também se juntou à festa logo cedo ao ir para o hospital para uma consulta médica. "Esta foi a maior bênção de nosso Senhor Jesus Cristo, trazê-lo de volta para a Venezuela, porque presidente como Hugo Chávez não teremos nunca mais", disse a mulher com lágrimas nos olhos, antes de se juntar a um grupo que gritava "Voltou, voltou!".

Tratamento

O presidente, de 58 anos e desde 1999 no poder, viajou em 10 de dezembro para Cuba para a quarta cirurgia contra o câncer. O governo venezuelano havia divulgado na sexta-feira as primeiras imagens de Chávez durante a recuperação, nas quais aparecia sorridente no hospital ao lado das duas filhas mais velhas.

Durante mais de dois meses, o governo venezuelano divulgou frequentemente boletins curtos sobre seu estado de saúde. Na última informação divulgada, sexta-feira, o governo destacava que Chávez respirava por uma cânula traqueal que dificultava temporariamente a fala. Chávez foi reeleito em 7 de outubro de 2012 para um terceiro mandato de seis anos.

Devido ao tratamento, Chávez recebeu no início do ano, antes da data da posse -- marcada para 10 de janeiro --, autorização da Assembleia Nacional para permanecer quanto tempo fosse necessário em Cuba. O TSJ (Tribunal Superior de Justiça) venezuelano corroborou a decisão dos deputados. Agora, a expectativa é a de que Chávez formalize em breve seu segundo mandato.

Se optar por seguir à frente da Presidência, como até agora tem feito, o vice-presidente Nicolás Maduro é quem continuará liderando o governo, assumindo funções que podem ser delegadas por Chávez. Se decidir renunciar para continuar com o tratamento médico, novas eleições devem ser convocadas num prazo de 30 dias.

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Política e Economia

Para chegar a acordo nuclear, Irã exige novas concessões dos Estados Unidos

Encaminhar Enviar por e-mail

Governo iraniano quer garantias de que Washington não sairia novamente, como fez em maio de 2018, do acordo nuclear firmado em 2015

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2022-08-16T12:33:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

O Irã enviou na noite desta segunda-feira (15/08) sua resposta sobre a questão nuclear ao chefe da diplomacia europeia, Josep Borell, em que estabelece suas condições. A decisão acontece quando a União Europeia afirma que este seria um “texto final”, a ser adotado ou abandonado em definitivo.

A resposta de Teerã, enviada antes da meia-noite, exige mais concessões dos Estados Unidos. “O Irã expressou preocupação com diversos pontos pendentes. Essas não são questões que os ocidentais não possam resolver. Estamos mais próximos de um acordo, mas até que esses problemas sejam resolvidos, o trabalho não será concluído”, afirmou à RFI Seyed Mohammad Marandi, assessor da equipe de negociação iraniana.

Até então, o chefe da diplomacia iraniana, Hossein Amir Abdollahian, havia especificado que os norte-americanos haviam demonstrado “oralmente” flexibilidade em duas das três questões pendentes, mas que o Irã queria garantias de que Washington não sairia novamente - como fez em maio de 2018 - do acordo nuclear firmado em julho de 2015.

Isso significa que nada é definitivo ainda. Especialmente desde que o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, reagiu dizendo que Teerã deveria abandonar suas exigências "supérfluas".

Wikimedia Commons
Resposta de Teerã exige mais concessões dos norte-americanos

A União Europeia, por sua vez, "estuda" a resposta do Irã ao "texto final" elaborado pelo bloco para salvar o acordo de 2015 sobre a questão nuclear iraniana "em consulta com seus parceiros", anunciou nesta terça-feira (16/08) uma porta-voz da Comissão Europeia.

Posição de vantagem

Com a guerra na Ucrânia, a crise energética às vésperas do inverno no hemisfério norte e com os avanços consideráveis em seu programa nuclear, Teerã acredita estar em posição de vantagem e quer obter o máximo de concessões dos Estados Unidos e dos países europeus antes de qualquer acordo.

Após meses de impasse, as discussões foram retomadas em 4 de agosto na capital austríaca para mais uma tentativa de salvar, sob a égide da UE, o acordo internacional concluído em 2015 entre Irã, Estados Unidos, Grã-Bretanha, China, França, Alemanha e Rússia.

Em 26 de julho, o chefe da diplomacia europeia e coordenador do acordo nuclear iraniano, Josep Borrell, apresentou um projeto de compromisso e incentivou as partes envolvidas nas negociações a aceitá-lo para evitar uma “perigosa crise”.

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!
Opera Mundi

Endereço: Avenida Paulista, nº 1842, TORRE NORTE CONJ 155 – 15º andar São Paulo - SP
CNPJ: 07.041.081.0001-17
Telefone: (11) 4118-6591

  • Contato
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Expediente
  • Política de privacidade
Siga-nos
  • YouTube
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Google News
  • RSS
Blogs
  • Breno Altman
  • Agora
  • Bidê
  • Blog do Piva
  • Quebrando Muros
Receba nossas publicações
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

© 2018 ArpaDesign | Todos os direitos reservados