Há dois dias, parte dos funcionários públicos na Alemanha interrompeu suas atividades para exigir um reajuste nos salários da categoria, devido ao aumento no preço do combustível e dos alimentos. Hoje (4), cinco mil trabalhadores se uniram aos 22 mil que não trabalhavam desde ontem. O sindicato Verdi, que representa mais de 1,3 milhão de pessoas, aumentou a demanda por reajuste no salário, passando de 5% para 8%. No entanto, os empregadores consideram a porcentagem muito alta.
Grevistas carregavam hoje em diversas cidades da Alemanha cartazes com os dizeres: “Nos dê 8% de aumento. É nossa vez agora!” e gritavam slogans contra o governo. O último aumento concedido à categoria foi no início de 2009, de 2,8%. As horas semanais de trabalho foram aumentadas em julho de 2008, de 38,5 para 39.
Oliver Berg/EFE
Grevistas em Colônia, oeste da Alemanha, fazem apitaço em exigência por melhores salários
Hermann Groehe, secretário-geral do partido Democrata Cristão, da chanceler alemã Angela Merkel, disse que as exigências são muito altas, considerando a situação econômica atual. “Estamos saindo de um ano de colapso econômico massivo e só estamos nos recuperando agora”, disse Groehe ao jornal Berliner Zeitung.
“Muitas pessoas que estão lutando com uma situação de trabalho incerta e precisam se contentar com baixos aumentos de salário”.
A economia alemã foi abalada pela crise econômica, mas começa lentamente a se recuperar. O PIB (Produto Interno Bruto) contraiu 5% em 2009, depois de expandir-se 1,3% em 2008. O Banco Central alemão prevê crescimento de até 0,2% nos primeiros três meses de 2009.
Impactos
Motoristas de ônibus e trens em diversas cidades dos estados de Baden-Wuerttemberg e North Rhine-Westphalia pararam de trabalhar às quatro horas da madrugada de hoje, enquanto trabalhadores do aeroporto de Duesseldorf interromperam as atividades entre 4 e 8 da manhã. Uma porta-voz do aeroporto disse que o serviço não foi afetado de imediato. Greves também são esperadas no aeroporto de Cologne-Bonn.
As paralizações já afetam a coleta de lixo, serviços de utilidades municipais, creches, asilos, teatros e centros de empregos em North Rhine-Westphalia. O sindicato também anunciou greves em Saarbruecken, no estado de Saarland
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