A presidente do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela, Tibisay Lucena, repudiou neste domingo (17/03) as declarações da subsecretária de Estado dos Estados Unidos, Roberta Jacobson, as quais classificou como “ingerencistas e infelizes” a respeito da transparência e segurança do sistema eleitoral venezuelano.
“Vimos as declarações infelizes da senhora Roberta Jacobson, cometendo uma ingerência que repudiamos contundentemente”, disse Lucena.
Jacobson afirmou que, na Venezuela “as eleições devem ser justas e críveis”, o que “dá a entender que essas obrigações fundamentais não são cumpridas”, diz a presidente do CNE.
Lucena destacou que o sistema eleitoral venezuelano “tem reconhecimento nacional e internacional. “Nacional pela confiança dos eleitores e eleitoras e internacional pela fortaleza e robustez que se reconhece internacionalmente, incluindo o ex-presidente [dos EUA], Jimmy Carter, que disse que Venezuela conta com o melhor sistema eleitoral do mundo”.
“São temerárias as declarações vindo de onde vêm, quando sabemos que o sistema eleitoral dos Estados Unidos é frágil, inseguro e excludente das minorias populares”, enfatizou Lucena.
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Na Venezuela “temos um sistema que garante a decisão soberana das eleitoras e eleitores porque é auditado em toda e cada uma de suas fases”, reiterou a presidente do CNE. “[O sistema eleitoral norte-americano] não somente não é auditado, mas durante muito tempo, grupos de cidadãos têm lutado para que ele possa ser fiscalizado após a votação”, explicou Lucena, lembrando que o resultado final da última eleição norte-americana (novembro de 2012) só foram conhecidos dois meses depois.
Lucena agregou que a solidez e integridade do sistema eleitoral venezuelano se audita 52% das urnas de votação, enquanto que, nos Estados Unidos que dificilmente esse número chega a 5%.
Também lembrou que o poder eleitoral na Venezuela forma parte de uma política institucional que expandiu os direitos políticos dos cidadãos e acabou com a brecha de exclusão que havia no registro eleitoral, em contraste com o país norte-americano, onde 25% dos maiores de 18 anos estão excluídos do registro.
A funcionária ainda lembrou que, em 2012, por mais de 40 Estados norte-americanos se tentou aprovar uma lei que restringe o acesso ao registro eleitoral e a oportunidade do ato de votação a um grande número de cidadãos.
“Esta foi uma decisão do poder eleitoral de desenvolver uma política soberana de respeito, que supera a tutela e a subordinação de alguns países frente a outros. Nosso sistema é um dos mais abertos do mundo”.