A Casa Blanca apoiou oficialmente nesta segunda-feira (15/08) a recontagem dos votos da eleição presidencial venezuelana, na qual Nicolás Maduro, do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) derrotou Henrique Capriles, da coalizão opositora MUD (Mesa da Unidade Democrática) por uma diferença de 1,6 ponto percentual. O pedido já havia sido feito por Capriles, que não reconheceu a derrota.
O porta-voz da Presidência dos Estados Unidos, Jay Carner, se absteve de reconhecer a vitória chavista no domingo, enquanto o Departamento de Estado foi mais além, dizendo que a revisão do resultado eleitoral deveria ser comprovada antes que qualquer um dos candidatos seja declarado vencedor.
“A recontagem dos votos seria um passo importante e prudente”, assegurou Carney durante a coletiva de imprensa diária. Carney evitou fazer maiores comentários, assim como procedeu durante a última semana, para evitar dar margens a acusações de intervencionismo por parte dos EUA. Ele apenas reiterou que, independente do resultado, “pretende manter a atual cooperação entre os dois países” na luta contra o terrorismo e os vínculos comerciais.
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O porta-voz do Departamento de Estado, Patrick Ventrell, também afirmou que “o mais prudente é satisfazer as expectativas democráticas dos venezuelanos”. Sem ter contestado a vitória de Maduro, ele reforçou o apoio à recontagem. “É necessário deixar que o processo siga e ver o que ocorre”, disse o funcionário ao ser perguntado sobre uma eventual proclamação de Maduro sem a recontagem.
O Departamento de Estado evitou fazer qualquer pronunciamento sobre as declarações da oposição a respeito de supostas irregularidades no processo eleitoral.