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Política e Economia

Hoje na História: George Kennan envia longo telegrama que incentivou a Guerra Fria

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Hoje na História: George Kennan envia longo telegrama que incentivou a Guerra Fria

Max Altman

2010-02-22T09:16:00.000Z

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George Kennan, o encarregado de negócios norte-americano em Moscou, enviou no dia 22 de fevereiro de 1946 um longo telegrama ao Departamento de Estado dos EUA detalhando sua visão sobre a União Soviética no imediato pós-guerra e sobre a política que o país deveria praticar em relação ao Estado socialista. A análise de Kennan, de oito mil palavras, proporcionou uma das mais influentes indicações quanto à política de contenção do país no decurso da Guerra Fria. Este documento é também o que melhor ilustrou o anti-comunismo norte-americano.

Kennan estava entre os diplomatas norte-americanos que ajudaram a estabelecer a primeira embaixada de Washington na União Soviética em 1933. Embora expressasse respeito pelo povo russo, sua avaliação sobre a liderança soviética tornou-se crescentemente negativa e dura.

Ao longo da Segunda Guerra Mundial, Kennan esteve convencido de que o espírito amistoso e de cooperação com Joseph Stalin não deveria existir. Menos de um ano após a morte de Franklin Roosevelt, Kennan, então servindo como encarregado de negócios em Moscou, tornou público suas opiniões valendo-se daquilo que passou a ser historicamente conhecido como “o longo telegrama”.

O extenso memorando começa com a asserção de que, com a União Soviética, não se poderia pressagiar uma “coexistência pacífica permanente” com o Ocidente. Essa “neurótica visão dos negócios mundiais” era uma manifestação da “instintiva sensação de insegurança russa." Como resultado, os russos nutriam profundas suspeitas de todas as demais nações e acreditavam que sua segurança só poderia estar alicerçada numa “paciente, porém, mortal luta pela total destruição da potência rival”.

Kennan estava convencido de que a União Soviética tentaria expandir sua esfera de influência e apontou o Irã e Turquia como as mais prováveis áreas de imediata preocupação. Kennan também acreditava que os soviéticos fariam de tudo para “debilitar o poder e a influência das potências ocidentais sobre suas colônias ou povos dependentes." Afortunadamente, embora a União Soviética fosse “impenetrável à lógica da razão" era altamente “sensível à lógica da força." Por conseguinte, cederia “quando encontrasse forte resistência em qualquer ponto." Os EUA e seus aliados, concluiu, terão de oferecer esta resistência.

Reações

O telegrama de Kennan causou comoção em Washington. Segundo a Casa Branca, os discursos ameaçadores de Stalin em relação ao Irã e à Turquia em 1945 e 1946, levaram o presidente a decidir por uma postura mais rígida e confiar na musculatura militar e econômica das nações em vez da diplomacia no relacionamento com a União Soviética.

A cálida recepção à análise de Kennan levou os EUA a levarem em conta esses fatores. A opinião de que o expansionismo soviético precisaria ser contido mediante uma política de “forte resistência” propiciou as bases da diplomacia da Guerra Fria de Washington no curso das duas décadas subseqüentes, A carreira diplomática de Kennan certamente recebeu um empurrão – ele foi nomeado embaixador norte-americano em Moscou em 1952.

Após ter deixado o serviço diplomático, Kennan atuou como consultor do Instituto de Estudos Avançados até sua morte em 2005, aos 101 anos.

Wikicommons

Cópia do telegrama enviado por Kennan ao Departamento de Estado

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Eleições 2021 no Equador

Arauz: ‘Este é um revés eleitoral, mas, de maneira alguma, uma derrota política ou moral’

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Candidato progressista pediu união e disse que os quase 4 milhões de votos que recebeu são um “mandato” para defender políticas que promovam justiça social

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-04-12T02:48:00.000Z

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O candidato progressista à Presidência do Equador, Andrés Arauz, reconheceu na noite deste domingo (11/04) a derrota no segundo turno das eleições no país para o direitista Guillermo Lasso. Para ele, no entanto, o resultado – uma diferença de cinco pontos percentuais – não é uma “derrota política ou moral”.

“Este é um revés eleitoral, mas de maneira alguma, é uma derrota política ou moral. Porque nosso projeto é de vida, é uma luta pela construção de um futuro mais justo e solidário para todos os equatorianos”, disse. “Hoje, não é um final, é o começo de uma nova etapa de reconstrução do poder popular.”

Ele pediu união dos equatorianos. “A partir de hoje, temos que voltar a ser só um Equador. Que viva o Equador. Nas campanhas, discutimos e propusemos com convicção, e buscamos nos diferenciar. Claro que lutamos por valores distintos, mas, hoje, chegou o momento de avançar. Temos que ter pontes e construir consensos”, afirmou.

Arauz disse que os quase 4 milhões de votos que recebeu são um “mandato”. “São um mandato, um compromisso de defender políticas que acompanham e promovam justiça social, a dignidade e a saúde pública e, em definitivo, o futuro dos equatorianos”, disse.

Reprodução
Arauz agracedeu o apoio dos equatorianos e pediu união ao país

O candidato, que era apoiado pelo ex-presidente Rafael Correa, lembrou que sua coalizão política, a União pela Esperança (Unes), é a mais forte do país. “Estaremos atentos ante qualquer tentativa de usar o estado para benefício de poucos privilegiados. Estaremos, como sempre fizemos, defendendo as grandes maiorias, o povo digno, o povo equatoriano.”

Arauz disse que ligaria para o presidente eleito, a fim de cumprimentá-lo pelo sucesso eleitoral, e falou que é um “ator responsável e democrático” no Equador.

“Após estas declarações, realizarei uma chamada telefônica ao senhor Guillermo Lasso, o felicitarei pelo triunfo eleitoral obtido no dia de hoje e o mostrarei nossas convicções democráticas, de poder seguir aportando ao desenvolvimento do país quando se trata de beneficiar a maioria do nosso povo e de nos opor, construtiva e responsavelmente, quando se busque simplesmente atender a privilégios. Nós somos um ator responsável e democrático no Equador”, afirmou.

Assista, na íntegra, ao discurso de Arauz:

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