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Política e Economia

Avós da Praça de Maio recuperam 101º neto sequestrado durante a ditadura

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Avós da Praça de Maio recuperam 101º neto sequestrado durante a ditadura

Daniella Fernandes

2010-02-23T17:17:00.000Z

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Francisco Madariaga Quintela é o 101º argentino sequestrado durante a última ditadura no país (1976-1983) a encontrar a verdadeira identidade. O processo de investigação, feito pela associação das Avós da Praça de Maio, que há 32 anos busca revelar a real origem de centenas de crianças seqüestradas nos anos de repressão, provou que o rapaz é filho de Silvia Mónica Quintela, detida em 1977, grávida de quatro meses. O pai, Abel Pedro Madariaga, voltou do exílio em 1983 e desde então, não parou de procurar o filho – ele é secretário na associação das Avós. 

Leo la Valle/Efe (23/02/2010)

Pai e filho, reunidos após 32 anos, falam a jornalistas na sede das Avós da Praça de Maio, em Buenos Aires

Leia mais:
Perfil: Roubada por militares na ditadura, deputada argentina luta pelos direitos humanos

Silvia Mónica Quintela foi levada da estação de trens em Flórida, região norte da província de Buenos Aires e mantida na prisão clandestina conhecida como "El Campito", que funcionava em Campo de Mayo, segundo o jornal argentino Crítica Digital. Em julho daquele ano, ela, médica formada, deu a luz Francisco no Hospital Militar de Campo de Mayo, e nunca mais voltou a vê-lo.

Os responsáveis pela prisão da mãe, Reynaldo Benito Bignone e Santiago Riveros, foram julgados pelos crimes cometidos em “El Campito”, entre eles sequestro, torturas e o assassinato de Silvia.

Leia mais:
Argentina julga repressores que agiram em centros clandestinos

O pai conseguiu na época asilo político no México e Suécia. Em 1983, ao voltar para a Argentina após a restauração da democracia, Madariaga começou a procurar o filho e passou a integrar a associação. Na última sexta-feira (19), houve o reencontro com o filho, hoje com 32 anos. 

"Foram 32 anos de angústia, de maus-tratos e violência. É uma história obscura", afirmou Madariaga ao jornal Página 12 ao comentar os anos de ditadura. Francisco, por sua vez, disse que durante esses anos viveu "como um fantasma", com "um vazio interior inexplicável".

Madariaga e Silvia eram militantes da extinta organização guerrilheira Montoneros, que empreendeu uma luta armada, na forma de guerrilha urbana, entre 1970 e 1979.

Sequestros

Por iniciativa das Avós da Praça de Maio, cerca de 3,3 mil jovens argentinos apelaram junto à Conadi (Comissão Nacional pelo Direito a Identidade) para investigar suas origens verdadeiras.

Centenas de mulheres grávidas, sequestradas e detidas durante a ditadura deram à luz em maternidades clandestinas antes de desaparecerem. Os bebês eram roubados e, na maioria dos casos, entregues a repressores ou a cúmplices para a adoção ilegal. Estima-se que cerca de 500 bebês foram roubados dos pais durante a ditadura militar, e 100 pessoas já recuperaram a identidade graças ao trabalho da associação.

Segundo dados oficiais, cerca de 18 mil pessoas desapareceram durante a última ditadura na Argentina, mas entidades de direitos humanos afirmam que esse número pode chegar a 30 mil.

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Política e Economia

Elon Musk é processado por acionistas do Twitter

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Ação nos EUA acusa bilionário de fazer postagens em redes sociais com objetivo de manipular o mercado

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-05-27T18:56:00.000Z

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Acionistas do Twitter abriram um processo contra o empresário Elon Musk por manipulação de mercado, acusando o bilionário de agir para baixar o preço das ações da empresa de mídia social a fim de possivelmente negociar um desconto em sua oferta para comprar a companhia ou mesmo abandonar o negócio.

A ação, apresentada na quarta-feira (25/05), alega que o fundador das empresas Tesla e SpaceX fez uma série de declarações públicas destinadas a criar dúvidas sobre o acordo de compra do Twitter, o que vem provocando alvoroço na rede social há semanas.

O processo pede a um tribunal federal de São Francisco que apoie a validade do acordo de compra, no valor de 44 bilhões de dólares, e compense os acionistas por quaisquer danos.

O imbróglio

No fim de abril, o conselho de administração do Twitter aprovou a oferta pública de compra da empresa feita por Musk, que assumiria a companhia integralmente e fecharia seu capital. O Twitter é uma empresa aberta, com ações negociadas em bolsa, desde 2013.

O empresário, que é o homem mais rico do mundo, disse que pretendia pagar aos acionistas 54,20 dólares por ação – o equivalente a cerca de 44 bilhões de dólares.

Mas em 13 de maio, Musk anunciou que suspendeu temporariamente o acordo de compra, citando detalhes pendentes sobre a proporção de contas falsas na rede social.

"O acordo sobre o Twitter está temporariamente suspenso à espera de detalhes pendentes que respaldem o cálculo de que as contas spam/fake representam de fato menos de 5% dos usuários", escreveu o bilionário no próprio Twitter.

Após o anúncio, as ações da plataforma caíram mais de 17%, para 37,10 dólares, o nível mais baixo desde que Musk anunciou que pretendia comprar a rede social.

Dado Ruvic/REUTERS
Com preço das ações mais baixo, Musk poderia negociar um desconto em sua oferta para comprar a empresa ou mesmo abandonar o negócio

De acordo com o processo apresentado nesta semana, o tuíte de Musk dizendo que o negócio estava "temporariamente suspenso" ignora o fato de que não há nada no contrato de compra que permita que isso aconteça.

Além disso, Musk negociou a compra do Twitter no final de abril sem realizar a devida diligência esperada em tais meganegócios, afirma a ação, acrescentando que o contrato precisava apenas ser aprovado pelos acionistas e reguladores do Twitter e deveria ser fechado em 24 de outubro.

"Musk já sabia das contas falsas"

Sobre os motivos alegados por Musk para a suspensão, os acionistas argumentam que o bilionário estava ciente de que algumas contas do Twitter eram controladas por robôs, e não por pessoas reais, e até tuitou sobre isso antes de fazer sua oferta para comprar a empresa.

"Musk passou a fazer declarações, enviar tuítes e se envolver em condutas destinadas a criar dúvidas sobre o acordo e reduzir substancialmente as ações do Twitter", diz a denúncia.

Segundo a ação, o objetivo do empresário era ganhar vantagem para adquirir o Twitter a um preço muito mais baixo, ou desistir do acordo sem sofrer nenhuma penalidade.

"A manipulação de mercado de Musk funcionou – o Twitter perdeu 8 bilhões de dólares em avaliação desde que a compra foi anunciada", afirma o texto.

As ações do Twitter na quinta-feira fecharam ligeiramente em alta a 39,52 dólares, em um sinal de dúvida dos investidores de que a compra será consumada ao valor de 54,20 dólares por ação que Musk originalmente ofereceu.

"O desrespeito de Musk pelas leis de valores mobiliários demonstra como alguém pode ostentar a lei e o código tributário para construir sua riqueza às custas dos outros americanos", afirma a ação.

O Twitter disse em documentos regulatórios que está comprometido em concluir a aquisição sem demora no preço e nos termos acordados. Musk ainda não se pronunciou.

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