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Política e Economia

Exército egípcio anuncia deposição de Mursi e criação de governo interino

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General das Forças Armadas fez o comunicado oficial, informando também a suspensão da Constituição

Redação

2013-07-03T19:28:00.000Z

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Atualizada às 19h20

As Forças Armadas do Egito, por meio do general Abdel Fattah el-Sisi, anunciaram nesta quarta-feira (03/07) que Mohamed Mursi não é mais o presidente do país. Foi anunciado também que haverá um governo de transição, comandado por Maher El-Beheiry, presidente do Tribunal Constitucional, e responsável pela convocação de novas eleições, que serão antecipadas.

A Constituição do Egito foi suspensa e os militares apoiarão o governo interino até que as novas eleições sejam realizadas, disse Sisi. Ele acrescentou que o Exército não quer tomar o poder, mas apenas auxiliar o povo, que pedia ajuda. Após o término do anúncio, milhares de pessoas começaram a comemorar na Praça Tahrir pela saída de Mursi do poder.

De acordo com a agência de notícias estatal Mena, donos de emissoras e apresentadores de televisões religiosas islâmicas foram detidos no Cairo por forças de segurança egípcias depois do pronunciamento de Sisi. Além disso, algumas emissoras foram tiradas do ar, como a Al Jazeera.

Fontes das televisões religiosas, citadas pela agência, destacaram que a polícia lhes comunicou que as prisões são medidas de precaução para impedir provocações aos manifestantes em favor de Mursi.

Vários veículos das forças de segurança percorreram as dependências do centro midiático, já que diversos desses canais recebem dirigentes das correntes que apoiam o presidente deposto. 

Agência Efe


Centenas de milhares de pessoas comemoraram nas ruas o pronunciamento do Exército 


Por meio de uma breve declaração em sua página do Facebook, o presidente egípcio, Mohamed Mursi, havia dito poucos minutos antes que "não aceitará nunca renunciar de forma humilhante a sua pátria, sua legitimidade e sua religião".

"Que saibam nossos filhos que seus pais e avôs foram homens que não aceitam a injustiça e que não aceitarão nunca renunciar de forma humilhante", dizia a mensagem. 


Leia mais: Temor de guerra civil ronda Egito às vésperas do aniversário da posse de Mursi

As Forças Armadas do Egito tomaram hoje as ruas do país e cercaram o palácio presidencial logo que expirou o prazo do ultimato de 48 horas que haviam dado ao presidente Mursi para que negociasse com a oposição. Milhares de pessoas pró e contra o governo também saíram às ruas e se concentraram em praças.

Leia mais: Brasil condena ameaça de golpe de Estado no Egito


Agência Efe

Milhares de opositores de Mursi se concentram na Praça Tahrir, que, segundo fontes militares, foi cercada por tanques

 

Pela manhã, um dos assessores de Mursi, Esam Haddad, afirmou que estava acontecendo um "golpe de Estado" no país, que gerará muita violência. "Centenas de milhares de pessoas se reuniram em apoio à democracia e ao presidente. E não o abandonarão por esse ataque. Para impedi-los, terá que haver violência, seja do exército, da polícia ou de mercenários. Em qualquer caso, haverá um derramamento de sangue considerável", escreveu Haddad em sua página no Facebook. Ele também pediu que se chame o que está havendo no Egito agora "por seu verdadeiro nome: golpe militar".

Além disso, defendeu as tentativas do presidente nas últimas semanas de convocar um diálogo nacional, apesar da rejeição da oposição, que, por sua vez, "convidava os militares a serem os guardiões do governo no Egito". "A oposição negou categoricamente todas as opções que implicavam uma volta às urnas", destacou.

Uma fonte militar afirmou que o Exército teria fechado, com tanques, todos os acessos à Praça Rabea al Adauiya, situada no leste do Cairo, onde se concentravam partidários do regime. Entretanto, a agência estatal Mena, citando uma outra fonte militar, garantiu que as Forças Armadas estavam cercando também a Praça Tahrir e os arredores do Palácio Presidencial de Itihadiya, onde os opositores geralmente se reúnem. Segundo essa fonte, o objetivo dos militares é "garantir o máximo grau de proteção aos manifestantes nesta etapa crítica da história do Egito".

Fontes de segurança egípcia afirmam que tanto Mursi quanto os principais líderes da Irmandade Muçulmana, seu partido, estariam impedidos de sair do país. Algumas fontes declararam também que Mursi estaria em prisão domiciliar, mas não houve confirmação quanto a esse fato.

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Meio Ambiente

Desmatamento na Amazônia Legal é o maior em 15 anos, aponta Imazon

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De agosto de 2021 a julho de 2022 foi destruída uma área equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-17T22:12:00.000Z

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Nos últimos 12 meses, a Amazônia Legal teve o maior índice de desmatamento em 15 anos. De agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 quilômetros quadrados de floresta, o equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo e 3% a mais do que nos 12 meses diretamente anteriores. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (17/08), são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

É a segunda vez consecutiva em que o desmatamento na região ultrapassa os 10 mil quilômetros quadrados no período. Somadas, as áreas destruídas nos últimos dois calendários (ou seja, de agosto a julho) chegaram a 21.257 quilômetros quadrados, quase o tamanho do estado do Sergipe.

Ao analisar apenas o desmatamento em 2022, o índice de destruição é ainda maior. No período de janeiro a julho, a área de floresta perdida cresceu 7% em relação a 2021, passando de 6.109 quilômetros quadrados para 6.528 quilômetros quadrados. Isso significa que, somente em 2022, a região já teve destruída uma área de aproximadamente cinco vezes a cidade do Rio de Janeiro. E esse também foi o maior desmatamento para o período dos últimos 15 anos.

"O aumento do desmatamento ameaça diretamente a vida dos povos e comunidades tradicionais e a manutenção da biodiversidade na Amazônia. Além de contribuir para a maior emissão de carbono em um período de crise climática. Relatórios da ONU já alertaram que, se não reduzirmos as emissões, fenômenos extremos como ondas de calor, secas e tempestades ficarão ainda mais frequentes e intensos. Isso causará graves perdas tanto no campo, gerando prejuízos para o agronegócio, quanto para as cidades", alerta Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.

Pará no topo do ranking de desmatamento

Levando em conta o desmatamento ocorrido nos últimos 12 meses, 36% ocorreu apenas na região conhecida como Amacro, onde se concentram 32 municípios na divisa entre Amazonas, Acre e Rondônia. Nessa área, há um processo de expansão do agronegócio, que derrubou quase 4 mil quilômetros de florestas entre agosto de 2021 e julho de 2022. A destruição na Amacro também atingiu o maior patamar dos últimos 15 anos para o período, com alta de 29%.

O Pará é o estado que mais desmata na Amazônia Legal. Nos últimos 12 meses, foram derrubados 3.858 quilômetros quadrados de floresta -  36% do destruído na Amazônia. A segunda maior área desmatada no período foi registrada no Amazonas: 2.738 km² (25%).

O que é a Amazônia Legal

A Amazônia Legal é um conceito criado ainda na década de 1950 para promover uma agenda de desenvolvimento para a região. Sua delimitação não é baseada exclusivamente na vegetação, mas inclui conceitos geopolíticos. Por isso que, além da Floresta Amazônica, há uma parte de Cerrado e do Pantanal em seu mapa.2:42

Segundo dados atualizados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a região tem uma área de 5,2 milhões de km², o que corresponde a 59% do território brasileiro. Ela engloba os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima,Tocantins e parte do Maranhão, onde vivem atualmente cerca de 28 milhões de habitantes.

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