Com muito pouco você
apoia a mídia independente
Opera Mundi
Opera Mundi APOIE
  • Política e Economia
  • Coronavírus
  • Diplomacia
  • Cultura
  • Análise
  • Opinião
  • Podcasts
Política e Economia

“Trayvon Martin podia ter sido eu”, diz Obama

Encaminhar Enviar por e-mail

Em discurso feito hoje na Casa Branca, o presidente norte-americano falou de questões raciais

Redação

2013-07-19T23:28:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

Em coletiva de imprensa surpresa na Casa Branca nesta sexta-feira (19/07), o presidente Barack Obama falou sobre o assassinato do jovem Trayvon Martin e o julgamento do segurança voluntário acusado de matá-lo, George Zimmerman, que foi inocentado no último sábado (13).

Leia mais: Obama pede "reflexão tranquila" à população após Zimmerman ser absolvido

“Quando Trayvon Martin foi morto, eu disse que poderia ter sido meu filho. Um outro jeito de dizer isso é falar que Trayvon Martin poderia ser eu 35 anos atrás”, afirmou Obama, no início do discurso.

Leia mais: Obama está se curvando à elite branca, diz jornalista sobre caso Trayvon Martin 

O presidente norte-americano, ao contrário do que houve no último domingo (14), quando pediu que os cidadãos de seu país fizessem uma “reflexão tranquila” após Zimmerman ter sido inocentado, desta vez se incluiu na comunidade afro-americana e falou diretamente da questão racial do ocorrido.

Agência Efe

Barack Obama em discurso desta sexta-feira (19/07) na Casa Branca, sobre o caso Trayvon Martin

“Há muito poucos homens afro-americanos neste país que não passaram pela experiência de ser seguido enquanto faziam compras em uma loja de departamento. Inclusive eu”, disse. Ele também se referiu a experiências de mulheres que se agarram às suas bolsas quando um negro entra no elevador e pessoas que trancam seus carros quando um afrodescendente passa pela rua, o que, segundo Obama, aconteceu com ele e “acontece frequentemente”.

Leia mais: Absolvição de acusado de matar jovem negro leva milhares às ruas dos EUA

Obama relembrou o histórico do que ele chamou de “disparidades raciais na aplicação de nossas leis criminais” e as estatísticas que mostram que meninos negros estão mais envolvidos com violência do que os brancos, tanto como vítimas quanto como agressores.

Leia mais: "Lei Beyoncé e Jay-Z” quer reforçar bloqueio turístico dos EUA a Cuba

“E tudo isso contribui, eu acho, para o senso de que, se um adolescente branco estivesse no mesmo cenário [da morte de Martin], do começo ao fim, tanto o desfecho quanto as consequências teriam sido diferentes”.

Mas o ponto, segundo Obama, não é discutir o que se passou. “Como retirar algumas lições desse caso e seguir numa direção positiva? A longo prazo, como estimulamos e apoiamos nossos jovens negros?”, questionou. Ele citou a existência de diversos programas de apoio por todo o país e a possibilidade de se criarem mais.

“E sermos capazes de juntar líderes empresariais, clérigos, celebridades e atletas para descobrir como fazer um trabalho melhor ajudando jovens afro-americanos a sentir que são parte dessa sociedade - e que eles têm meios para alcançar o sucesso -. Acho que seria um resultado bastante bom tirado de uma situação trágica”, declarou o presidente.

Por fim, Obama falou da importância de haver um debate nacional sobre a questão racial, embora tenha ressaltado que isso não foi “particularmente produtivo quando políticos tentaram organizar as conversas”, porque as pessoas continuam “presas nas posições que já tinham antes”.

Para ele, esses debates deveriam ser organizados “nas igrejas, nas famílias e nos locais de trabalho”, nos quais “as pessoas são um pouco mais honestas”. “Esse seria, eu acho, um exercício adequado na sequência desta tragédia”, disse.

O discurso de hoje foi o mais extenso sobre a questão racial feito por Obama desde que chegou à Casa Branca, em janeiro de 2009. 

Só o seu apoio pode garantir uma imprensa independente, capaz de combater o reacionarismo político, cultural e econômico estimulado pela grande mídia. Quando construímos uma mídia alternativa forte, abrimos caminhos para um mundo mais igualitário e um país mais democrático. A partir de R$ 20 reais por mês, você pode nos ajudar a fazer mais e melhor o nosso trabalho em várias plataformas: site, redes sociais, vídeos, podcast. Entre nessa batalha por informações verdadeiras e que ajudem a mudar o mundo. Apoie Opera Mundi.

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Notas internacionais

Notas internacionais: eleições no Equador e no Peru - 12 de abril de 2021

Encaminhar Enviar por e-mail

Equador e Peru foram às urnas eleger seus novos presidentes, com resultados que surpreenderam

Ana Prestes

Brasília (Brasil)
2021-04-12T22:11:48.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

EQUADOR: No Equador, o candidato da direita, Guilherme Lasso, do movimento Criando Oportunidades (CREO), em aliança com o Partido Social Cristão (PSC), venceu o segundo turno das eleições presidenciais com 52,5% dos votos contra 47,50 de Arauz. Havia muita expectativa em torno da candidatura do economista Andrés Arauz, que pontuava na dianteira nas pesquisas durante quase todo o período de campanha do segundo turno que durou dois meses. Nos dias que antecederam o domingo eleitoral (11) as pesquisas já apontavam perda de fôlego de Arauz e subida de Lasso. De todo modo, as pesquisas de boca de urna davam vitória apertada para Arauz. A Cedatos chegou a dar 53,2% a 46,7%. 

Lasso é um homem de 65 anos, historicamente vinculado ao setor financeiro, em especial ao Banco de Guayaquil, tendo sido ministro da economia do governo de Jamil Mahuad (1998-2000). Esta é a terceira vez que ele concorre à presidência do Equador (2013, 2017, 2021). Nas eleições anteriores ele ficou em segundo lugar. Um dos fatores que impactou muito no resultado eleitoral foi o fracionamento do movimento indígena. A Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE) decidiu em seu conselho ampliado, no dia 10 de março, pelo voto nulo. No entanto, uma parte das nacionalidades amazônicas divergiram e foram acompanhadas do presidente da Conaie, Jaime Vargas, na declaração de apoio a Arauz. Vargas chegou a dizer em um encontro no dia 3 de abril, em Sucumbíos, que “suas propostas (de Arauz) têm o respaldo absoluto do movimento indígena”. No dia 4 de abril veio a reação do conselho dirigente da Conaie ao dizer que ia “impulsionar o voto nulo” e que “não cai em jogo eleitoral”. A apuração está apontando para um milhão e seiscentos mil votos nulos. O universo de votantes é de 13 milhões. (Com infos de resumenlatinoamericano.org)

PERU: O domingo também foi de eleições no Peru. Uma eleição que era extremamente imprevisível, com 18 candidatos concorrendo, teve um resultado de primeiro turno surpreendente. O candidato Pedro Castillo, professor e sindicalista, do Partido Político Nacional Peru Livre, obteve a maior votação, com 16%. Seguido de três candidatos com pouco mais de 10%: Hernando de Soto (Avança País), Keiko Fujimori (Força Popular), Jonhy Lescano (Ação Popular) e Rafael López Aliaga (Renovação Popular). Veronika Mendoza (Juntos por Peru) pontua com 8,8%. Aquele que apontou por um tempo como primeiro colocado nas pesquisas, o jogador de futebol George Forsyth (Vitória Nacional) está com 6,4%. Esses ainda são dados preliminares da Ipsos Perú para a América Televisión. 

Pedro Castillo tem 51 anos e ganhou notoriedade no país ao encabeçar uma prolongada greve nacional do magistério em 2017 e ao longo da campanha nunca pontuou entre os prováveis mais votados nas pesquisas. Uma de suas propostas é trocar a atual Constituição do país convocando uma Assembleia Constituinte. Ele se posicionou nas eleições contra o recorte de gênero no currículo escolar e disse que em um eventual governo seu não se legalizaria o aborto, o casamento homoafetivo e a eutanásia. Pautas polêmicas no país. Propõe ainda 10% do PIB para saúde e educação. As últimas pesquisas apontavam para uma liderança de Lescano. O segundo turno será em 6 de junho e o novo presidente assume em 28 de julho. Os peruanos também votaram ontem (11) para renovar o Congresso, que é unicameral e possui 130 cadeiras. A tendência é de que a votação para o parlamento tenha sido fragmentada e atomizada tal como a presidencial. O Peru vive uma crise institucional prolongada, sendo que dos dez presidentes que o país teve desde os anos 80, sete foram presos nos últimos anos envolvidos em escândalos de corrupção.

Só o seu apoio pode garantir uma imprensa independente, capaz de combater o reacionarismo político, cultural e econômico estimulado pela grande mídia. Quando construímos uma mídia alternativa forte, abrimos caminhos para um mundo mais igualitário e um país mais democrático. A partir de R$ 20 reais por mês, você pode nos ajudar a fazer mais e melhor o nosso trabalho em várias plataformas: site, redes sociais, vídeos, podcast. Entre nessa batalha por informações verdadeiras e que ajudem a mudar o mundo. Apoie Opera Mundi.

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!
Opera Mundi

Rua Rui Barbosa, 381 - Sala 31
São Paulo - SP
CNPJ: 07.041.081.0001-17
Telefone: (11) 3012-2408

  • Contato
  • Política e Economia
  • Coronavírus
  • Diplomacia
  • Cultura
  • Análise
  • Opinião
  • Expediente
Siga-nos
  • YouTube
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Google News
  • RSS
Blogs
  • Breno Altman
  • Agora
  • Bidê
  • Blog do Piva
  • Quebrando Muros
Receba nossas publicações
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

© 2018 ArpaDesign | Todos os direitos reservados