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Política e Economia

Manning é condenado pela maioria das acusações, mas não por "ajuda ao inimigo"

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Pena máxima a qual o soldado norte-americano pode ser submetido é de 136 anos. Sentença deve ser divulgada amanhã

Redação

2013-07-30T18:14:00.000Z

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A juíza militar Denise Lind anunciou nesta terça-feira (30/07) o veredicto do soldado norte-americano Bradley Manning, responsável por vazar centenas de milhares de documentos secretos dos Estados Unidos para o Wikileaks, considerando-o inocente da acusação mais grave, de “ajuda ao inimigo”. Entretanto, ele foi condenado por inúmeras violações à lei de espionagem, podendo ser sentenciado a uma pena máxima de 136 anos na prisão.

Agência Efe

O soldado Bradley Manning durante o anúncio de seu veredicto na tarde de hoje (30/07)

Entre as 17 acusações pelas quais Manning foi considerado culpado estão as de espionagem e de roubo de documentos sigilosos.  Ele forneceu ao Wikileaks vídeos de ataques aéreos em que civis foram mortos, centenas de milhares de informações sobre incidentes nos fronts das guerras do Iraque e do Afeganistão, dossiês de homens presos sem julgamento em Guantánamo e cerca de 250 mil despachos diplomáticos.

Leia mais: Condenar Manning por ajuda ao inimigo destruirá jornalismo investigativo, diz Assange

Durante todo o julgamento, que durou oito semanas, a promotoria insistiu em acusar Manning de ter colaborado com inimigos dos EUA, como a rede terrorista Al Qaeda, enquanto a defesa argumentava que seu objetivo era apenas mostrar à sociedade os bastidores do Exército norte-americano e das guerras em que o país se envolveu. Se fosse condenado por essa acusação, o soldado poderia ser sentenciado à prisão perpétua, sem possibilidade de redução.

Leia mais: "Vão surgir mais Snowdens e Mannings", diz ex-candidata à presidência dos EUA  

Apesar de ter sido inocentado da acusação mais grave, Manning ainda pode encarar muitos anos de prisão, considerando-se a soma das penas máximas de suas condenações, que chegam a mais de 130 anos. Sua sentença deve ser anunciada amanhã (31/07) pela manhã. 

Bradley Manning, de 25 anos, está preso desde os 22, quando foi detido no Iraque, onde presta serviços de inteligência aos Estados Unidos. A jornalista Alexa O’Brien, que esteve presente em todos os dias do julgamento do soldado, escreveu em sua conta no Twitter as acusações individuais pelas quais ele foi condenado e afirmou que está “voltando para o funeral de um homem jovem”.

A família de Manning fez uma declaração, publicada pelo jornal The Guardian, em que se diz “obviamente desapontada com o veredicto de hoje”, mas contente porque a juíza Lind concordou que “Brad nunca quis ajudar os inimigos da América de nenhum jeito. Ele ama seu país e estava orgulhoso de usar seu uniforme”. Os familiares também agradeceram o apoio da equipe de defesa de Manning e das pessoas que se manifestaram a favor dele, sem as quais ele não poderia se defender “do poder completo do Exército e do governo norte-americanos”.

O Wikileaks, de quem Manning foi fonte confessa, se manifestou através do Twitter, dizendo que as condenações são uma amostra de um “extremismo de segurança nacional perigoso por parte do governo Obama”. O portal também afirmou que a condenação por cinco acusações de espionagem é “um novo precedente muito grave para o fornecimento de informações à imprensa”.

A Anistia Internacional também se pronunciou, apontando que "é difícil não chegar à conclusão de que o julgamento de Manning teve o objetivo de enviar uma mensagem a todos: o governo dos EUA está atrás de você". Em comunicado, a instituição afirmou que "as prioridades dos EUA estão de cabeça para baixo", já que julgaram o soldado, mas se recusaram a investigar denúncias de tortura e outros crimes que violam leis internacionais. 

*Com informações do Guardian e do New York Times

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Maioria dos católicos alemães rejeita condenação do aborto

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Declarações do papa e da Igreja contra a interrupção da gravidez são rechaçadas por 58% dos católicos, indica pesquisa

Darko Janjevic

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-09T21:59:00.000Z

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Uma pesquisa de opinião realizada na Alemanha revelou uma grande distância entre a os fiéis católicos e a os líderes da Igreja Católica, em relação ao aborto.

O levantamento, realizado pela INSA Consulere a pedido do jornal Die Tagespost, perguntou aos entrevistados: "É bom que o papa e a Igreja se manifestem contra o aborto?"

Somente 17% dos respondentes católicos responderam que sim. Outros 58% disseram que não. Entre os protestantes, apenas 13% eram favoráveis às declarações contra o aborto. Mais de dois terços discordaram dos posicionamentos do papa Francisco ou da Igreja Católica sobre o aborto.

Para a pesquisa foram entrevistados 2.099 cidadãos no fim de julho e início de agosto.

Igreja progride, mas só até certo ponto

O papa Francisco reorientou a Igreja Católica para um caminho mais liberal desde que assumiu o cargo de pontífice, em 2013. Ele tomou posições contundentes sobre padres envolvidos no abuso sexual de crianças, condenou governos de países do Ocidente por deportarem imigrantes, pediu mais ajuda para os pobres e mais esforços para preservar o meio ambiente. Publicamente, ele também agiu para reduzir o preconceito contra pessoas LGBTQ, afirmando que Deus "não renega nenhum de seus filhos" e endossando as uniões civis entre homossexuais.

Papa Francisco conduziu iniciativas para modernizar a Igreja Católica, mas mantém sua firme condenação ao aborto
Eric Gay/dpa/AP/picture alliance

No entanto, o papa Francisco também decepcionou alguns de seus apoiadores mais liberais ao rejeitar a benção católica para os casamentos gays. Ele também recusou-se a abandonar a posição tradicional da Igreja sobre o celibato de sacerdotes, assim como sobre o aborto, que o Vaticano vê como um ato de assassinato.

Francisco sobre o aborto: "É correto contratar um assassino?"

Em entrevista à agência de notícias Reuters em julho, Francisco reafirmou a sua opinião de que fazer um aborto seria semelhante a contratar um assassino.

"A questão moral é se é correto matar uma vida humana para resolver um problema. De fato, é correto contratar um assassino para resolver um problema?" questionou.

A questão do aborto não é a única em que o Vaticano enfrenta perda de apoio na Alemanha. Há menos de três semanas, a Igreja Católica pronunciou-se contrária ao movimento católico progressista alemão Caminho Sinodal, advertindo-o que não tem autoridade para instruir bispos sobre questões de moralidade e doutrina.

O movimento vem fazendo pressão para que os padres sejam autorizados a casar, mulheres possam tornar-se diáconos e que a Igreja dê sua benção a casais do mesmo sexo.

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