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Política e Economia

Pinochet possuía depósito secreto de armas químicas

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Arsenal, com capacidade de matar metade de Santiago, permaneceu escondido por 27 anos, até ser incinerado em 2008

Marina Castro

2013-08-23T22:43:00.000Z

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A ex-diretora do ISP (Instituto de Saúde Pública) do Chile Ingrid Heitman revelou nesta quinta-feira (22/08) que o ditador Augusto Pinochet possuía um depósito de armas químicas escondidas no subterrâneo, ao lado do Estádio Nacional de Santiago. O arsenal permaneceu oculto por 27 anos e foi descoberto e incinerado em 2008, sem conhecimento da Justiça.

Wikicommons
“Eram duas caixas cheias de ampolas com toxina botulínica, suficientes para matar metade de Santiago”, disse a ex-funcionária, que logo corrigiu sua declaração: “Poderia matar muitos, mas não sei quantos”. Ela disse ainda que a polícia chilena foi muitas vezes ao ISP, mas nunca encontrou as armas químicas. “Nunca revistaram o subterrâneo”, afirmou.

A toxina botulínica é uma neurotoxina que causa paralisia muscular progressiva e, como arma de destruição em massa, é proibida pelas Convenções de Genebra e pela Convenção sobre Armas Químicas.

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Ingrid se disse “espantada” quando seus subalternos encontraram as armas. No início da ditadura, ela foi presa e torturada duas vezes pela polícia de repressão. “Fiquei assustada”, declarou.

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A notícia causou comoção em todo o Chile, especialmente entre os ex-presidentes Michelle Bachelet e Eduardo Frei, os quais exigiram ao Exército que forneça a informação necessária para que possa ser avaliada pela Justiça. 

Frei, cujo pai também foi presidente e morreu em 1982 supostamente envenenado por armas químicas, se manifestou indignado com o fato. “Por que os comandantes-em-chefe [do Exército] não falam a verdade? Por que continuam escondendo informação? Vão me dizer que o Exército - como tantas vezes nos disseram - não sabem de nada?”, disse à rádio Cooperativa.

O ex-presidente ainda acusou os militares, dizendo que “sabem perfeitamente onde estavam os  laboratórios, quem os operava, conheciam a Clínica London [da polícia secreta] e todos os antecedentes”.

Bachelet, por sua vez, manifestou surpresa pelo fato de as armas terem permanecido escondidas até 2008, quando governava. “Primeira notícia, efetivamente, que escuto sobre isso. Não conheço a história a fundo para poder opinar”, disse. “Se essa informação for real, verdadeira e confirmada, eu imagino que vai ser muito importante para os juízes”.

“Passaram-se 40 anos e ainda nos falta como país um ‘cara a cara’ mais aberto sobre o que aconteceu em nosso país. Todavia, há atores e setores que, na minha opinião, não têm demonstrado nenhum remorso e nem fizeram uma avaliação sobre o que aconteceu, frente a tanta dor e crimes”, lamentou Bachelet.

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Política e Economia

Organizações da Sociedade Civil tiveram direitos violados no governo Bolsonaro, diz associação

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Pesquisa feita com 135 organizações sociais de todas as regiões do país foi apresentada no Fórum Político de Alto Nível da ONU

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-07-05T21:50:00.000Z

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A Associação Brasileira de ONGs afirmou, por meio de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (05/07) no Fórum Político de Alto Nível da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, que as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) foram submetidas a violações sistemáticas de direitos pelo Estado brasileiro no período entre 2019 e 2021.

O estudo, intitulado Criminalização Burocrática, foi feito a partir do levantamento do perfil de 135 organizações sociais de todas as regiões do Brasil, combinando abordagens qualitativa e quantitativa, incluindo ainda grupos focais e entrevistas entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022. Para conferir o relatório completo, clique aqui. 

“Desde o início do governo de Jair Bolsonaro, o que se observa é um aumento de desconfiança sobre o campo da sociedade civil organizada. Há uma escalada nas tentativas de criminalização das OSCs, com projetos de lei e outras medidas legais destinadas ao controle e restrição do espaço de atuação dessas organizações”, apontam os pesquisadores da pesquisa. 

Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo que “visam dificultar a captação de recursos, impor pagamentos indevidos e, de forma geral, inviabilizar o trabalho das entidades”. 

Flickr
Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo

“As informações também apontam que as OSCs têm sofrido, com o governo federal como agente, crimes de calúnia, difamação ou injúria, todos previstos no Código Penal”, diz a associação.

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