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Política e Economia

Versão pinochetista do golpe agradece soldados por livrar Chile da “bruxa vermelha”

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Corporação 11 de Setembro já fez documentário em favor de Augusto Pinochet e defende legado do regime militar

Victor Farinelli

2013-09-08T09:16:00.000Z

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Apesar de serem cada vez menos numerosos, os pinochetistas não deixam de criar polêmica toda vez que se manifestam. Desde 2012, o representante político desse setor tem sido a Corporação 11 de Setembro, organização criada para “defender o legado do governo das Forças Armadas e dos Carabineros (polícia militarizada chilena), que salvou o país do marxismo”, segundo seus fundadores.

No ano passado, a Corporação 11 de Setembro causou polêmica no Chile, ao lançar um documentário para homenagear Pinochet (veja abaixo) e por tentar relançar o partido ultranacionalista Avançada Nacional.




Nesta quarta-feira (4/11), a corporação divulgou uma carta aberta ao país, na qual conta, de forma épica, sua versão da história, abordando desde a crise de abastecimento no governo de Salvador Allende até o plebiscito que levou o Chile a retomar a democracia. Entre outras coisas, o texto ironiza o “arco-íris”, símbolo do “Não a Pinochet”naquela votação, e defende os militares que foram condenados por crimes contra os direitos humanos, dizendo que foram injustiçados “por um povo sem memória”..

Leia aqui, na íntegra, a carta aberta da Corporação 11 de Setembro:

“Há muitos anos, havia um longo e largo país que vivia com medo, com fome e cansado de se humilhar dia após dia para obter um pedaço de carne ou de pão, que deveria ser o nosso de cada dia.

As mães madrugavam e faziam enormes filas, arriscando suas vidas para conseguir um pouco de leite, açúcar ou algum alimento para seus filhos. Era um povo que caminhava e caminhava porque haviam desaparecido os meios de locomoção coletiva, devido à falta de combustível.

Pouco a pouco, o país foi ficando paralisado; os colégios, o transporte, as empresas produtivas, os campos... e muitas pessoas começaram a abandonar suas casas e terras, para buscar outros lugares onde tivessem uma vida digna para suas famílias.

Durante a noite, se escutava o ruído das panelas vazias, que seus habitantes golpeavam sem parar. Se escutavam bombas, cada vez mais frequentes, e pouco a pouco começou uma guerra entre seus habitantes atemorizados, cansados e frustrados, que sofriam com impotência os abusos do seu governante, que se rodeava de uma milícia guerrilheira e estrangeira, com a qual pensava em submeter todos aqueles que tentassem resistir aos seus pensamentos políticos.

O governante rasgou a constituição do país de tal maneira que os parlamentares solicitavam auxílio, da mesma forma que todo o povo daquele país.

Até que um dia, surgiram quatro valentes soldados
(aqui, o texto dos pinochetistas faz referência aos quatro membros originais da Junta Militar de governo: os generais Augusto Pinochet - comandante-chefe do Exército -, José Toribio Merino - comandante-chefe da Marinha- , Gustavo Leigh - comandante-chefe da Aeronáutica - e Cesar Mendoza - comandante-chefe dos Carabineros, polícia militarizada. Veja foto abaixo), de brilhante armadura, que lideraram seus heroicos homens na missão de resgatar aquele país que vivia apagado e triste.


Foi em uma manhã de setembro, quando finalmente venceram os bons, e o cruel governante, diante da derrota, decidiu por fim à sua vida, abandonando assim, e para sempre, todos aqueles que lhe foram fiéis até o último dos seus equívocos.

Reprodução

Da direita para esquerda: Mendoza, Merino, Pinochet e Leigh - os "quatro valentes soldados", segundo os pinochetistas


Logo chegou a primavera ao país, o povo se encheu de aromas de liberdade e as pessoas saíram às ruas, para poder obter seus alimentos, acender as luzes e as crianças voltaram aos seus colégios. Os campos e as indústrias começaram a produzir e o país se encheu de cores e de tranquilidade.

Os habitantes do longo e largo país caminharam tranquilos pelas ruas e foram livres para estudar e trabalhar. O país cresceu e passou a ser respeitado por outros países. Seus habitantes conviveram em paz, até que uma malvada bruxa lhes mostrou um arco-íris... e caíram em sua armadilha. A maligna se apoderou de suas almas, de sua dignidade, de suas esperanças, de seu entendimento, de seus valores pátrios, de seus espíritos.

O povo, já sem memória, se voltou contra seus soldados, os levou a presídios e os condenou por terem libertado o país de tanto horror.

E a bruxa vermelha se apoderou do povo, de sua segurança, de sua tranquilidade, de sua memória e seu destino... mas neste largo e longo país, ainda restam pessoas que amam seus valores pátrios e respeitam seus soldados. E, sobretudo, agradece a eles pela heroica façanha libertadora, que salvou o país do marxismo, naquele 11 de setembro de 1973.

QUANDO A PÁTRIA ESTÁ EM PERIGO, ELES CLAMAM POR DEUS E PELOS SOLDADOS. QUANDO O PERIGO PASSA, DEUS É ESQUECIDO E O SOLDADO, REPUDIADO.”

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Coronavírus

Primeiro carregamento de oxigênio sai nesta sexta da Venezuela e deve chegar a Manaus até domingo

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Serão enviados dois caminhões com cilindros de oxigênio acompanhados por escolta militar até a fronteira entre os dois países

Fania Rodrigues

Caracas (Venezuela)
2021-01-15T23:07:00.000Z

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O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, informou com exclusividade a Opera Mundi na noite desta sexta (15/01) que o primeiro carregamento de oxigênio para o Amazonas já foi autorizado e será despachado ainda hoje para o Brasil.

A carga vai sair da cidade de Puerto Ordaz, Estado de Bolívar e viajará 1.500 km, por aproximadamente dois dias, até a capital amazonense. Essa primeira leva será transportada por via terrestre em dois caminhões e deverá chegar à cidade até domingo.

As formalidades do acordo de cooperação foram negociadas entre os governadores do Amazonas, Wilson Lima (PSC-AM), e o governador do estado venezuelano de Bolívar, Justo Nogueira.

Segundo Arreaza, a logística desse primeiro envio será fornecida pelo governo venezuelano. Mas, depois o governo amazonense deverá assumir a tarefa enviando mais caminhões do Brasil para buscar oxigênio na Venezuela.

O governo da Venezuela vai ofereceu ainda uma escolta militar para as cargas, que será acompanhada até a fronteira a cidade de Santa Helena de Uairén, na fronteira, e depois por militares brasileiros.

O ministro venezuelano informou ainda que o governo de Nicolás Maduro “vai fornecer oxigênio enquanto durar a situação de emergência do estado Amazonas”, o que impede, segundo ele, de precisar a quantidade fornecida da substância, tampouco o tempo da duração do convênio.

Dhyeizo Lemos/Fotos Públicas
Carregamento de oxigênio da Venezuela sai nesta sexta do país e deve chegar a Manaus até domingo

A produção de oxigênio na cidade de Puerto Ordaz faz parte de um plano de nacional para atender a pandemia do covid-19 na Venezuela. Essa planta industrial estava desativada e foi retomada no ano passado com esse objetivo. “O oxigênio que produzimos nessa fábrica é suficiente para atender essa região da Venezuela e ainda contribuir para aliviar a emergência do Brasil”, disse.

De acordo com Arreaza, a ação de solidariedade da Venezuela com o estado Amazonas está acima das diferenças ideológicas que possam existir entre os dois países. “Oferecemos ajuda ao governador do Amazonas porque os bolivarianos somos solidários, essa é uma ação humanitária que tem que estar acima das diferenças políticas. O que nos une é o objetivo de salvar vidas. Espero que o governo brasileiro entenda que é importante ter boa relação com os seus vizinhos”.

A Venezuela possui uma das menores taxas de contágios e mortes por covid-19 da América Latina, portando a assistência ao Brasil não afeta sua situação interna. O país investiu em ações preventivas e criou centros de diagnósticos rápidos, desafogando hospitais e clínicas.

Além disso, decidiu isolar todos os pacientes que testam positivo para o covid-19, evitando assim a propagação da doença. Atualmente, os hospitais e centros de atendimento de saúde operam com uma ocupação de leitos que varia entre 50 a 60% de sua capacidade.

Além disso, o país já assinou contrato com a Rússia para o fornecimento da vacina Sputnik V e deve começar a vacinação em fevereiro, segundo informações oficiais. Na primeira etapa serão vacinadas 10 milhões de pessoas, um terço da população de 30 milhões de habitantes.

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