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Política e Economia

Após driblar crise, programa de intercâmbio europeu tenta descobrir como incluir estudantes pobres

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Erasmus recebeu financiamento adicional, mas problemas vão além do dinheiro, afirma professor

Augusto Gazir

2013-09-28T09:00:00.000Z

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Apesar de haver superado a crise financeira do final do ano passado, o Erasmus, programa de intercâmbio de estudantes da União Europeia, um dos mais conhecidos do mundo e com 26 anos de existência, enfrenta dilemas em relação ao seu futuro. Entre eles, como incluir estudantes de menor renda.

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“Hoje, ao mesmo tempo em que estamos satisfeitos de ver mais dinheiro [do orçamento da União Europeia] previsto para o Erasmus, há ainda um monte de coisas que precisam ser feitas para proporcionar a todos os estudantes a oportunidade de participar de um intercâmbio internacional”, afirma Rok Primožič, dirigente da ESU, sigla em inglês para União dos Estudantes Europeus.

Em outubro de 2012, a União Europeia, em crise econômica, se viu com um buraco no orçamento de 9 bilhões de euros - que, entre outros programas, afetaria as bolsas do Erasmus. Mas, seis meses depois, decidiu-se destinar 14,5 bilhões de euros para o programa no período 2014-2020, o que, segundo a Comissão Europeia, representa um aumento de 40% nos investimentos.

Reprodução/Facebook

Para Primožič, o aumento previsto de recursos não resolverá, porém, muitos dos problemas. “A bolsa não cobre todas as despesas do estudante. Temos que pensar como dar a estudantes mais pobres a chance de participar do Erasmus. Temos que avaliar quem são esses estudantes que entram no programa, e não só as estimativas quantitativas”, completa.

[Rok Primožic: só aumentar recursos não resolve]

“O Erasmus é mais importante do que nunca em tempos de dificuldades econômicas e desemprego entre os jovens”, disse a representante da Comissão Europeia para assuntos educacionais, Androulla Vassiliou, em julho passado, quando foi anunciado que o número total de estudantes beneficiados pelo programa havia passado dos 3 milhões.

Segundo Primožič, o mais preocupante é que a educação superior está deixando de ser considerada um bem público e se tornando algo pelo qual se tem que pagar. “A crise econômica europeia vem tendo um impacto muito negativo no financiamento público da educação universitária. Os países começam a cobrar pelos cursos, reduzir bolsas, mudar sistemas de bolsas para empréstimos.”

“Help Erasmus”

Simona Pronckutė, da campanha “Help Erasmus” (“Ajude o Erasmus”), afirma que, apesar do aumento de recursos para o programa, a proporção do orçamento da União Europeia destinado a esquemas de intercâmbio é de cerca de 1%. “Isso não é suficiente”, diz. “Oferecer aos cidadãos europeus a chance de trabalhar ou estudar fora torna a Europa mais competitiva num mundo globalizado.”

 

 

O “Help Erasmus” é um movimento organizado por jovens europeus que defende o investimento de 3% do orçamento da União Europeia em programas de intercâmbio. O grupo faz campanha nas redes sociais e coleta assinaturas para uma petição virtual. Ele conta com o apoio de acadêmicos, parlamentares europeus e organizações do continente.

“A gente acha que a União Europeia precisa focar os esforços de integração no cidadão, para construir uma verdadeira união de pessoas, e não de Estados. Isso levaria a resultados econômicos, sociais e culturais positivos e reduziria o desemprego, principalmente para os jovens”, diz Simona.

Divulgação

“O Erasmus é mais importante do que nunca em tempos de dificuldades econômicas”, diz Androulla Vassiliou


Ela foi bolsista do Erasmus e afirma que o programa abriu seus horizontes e proporcionou oportunidades. “Se não fosse pelos programas de intercâmbio da União Europeia, eu não teria tido a chance de falar quatro línguas e trabalhar em Bruxelas”, resumiu.

“Exercício burocrático”

Para o professor Hans de Wit, diretor do Centro sobre Internacionalização da Educação Superior da Universidade Católica de Milão, o problema do Erasmus vai além da falta de recursos.

Em artigo publicado em janeiro passado, no site University World News, ele citou as conquistas do Erasmus, mencionou a contribuição do programa para a integração europeia, mas disse que o esquema se tornava um “exercício burocrático, no qual apenas os números contam”.

“Como eu disse na minha palestra em Copenhague [no ano passado], na celebração de 25 anos do programa, há uma preocupação crescente com números e porcentagens, e não com conteúdo e com qualidade. Nos primeiros anos do Erasmus, o entusiasmo das faculdades levou o programa ao sucesso”, escreveu o especialista.

“Em 2012, o Erasmus completou 25 anos em meio a temores de que poderia se tornar vítima do seu próprio sucesso, devido ao crescimento de seus números (como quantidade de participantes) e redução dos seus recursos”, afirma, no artigo.

“Se o Erasmus pudesse redescobrir o seu foco em currículo e aprendizado, ele iria não somente melhorar a qualidade da experiência, como também aumentar o interesse de alunos e faculdades, e, como resultado, seus números cresceriam”, acrescentou.

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Política e Economia

FBI investiga Trump por violar lei de espionagem e recupera documentos dos EUA

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Arquivos 'ultrassecretos' e de 'informação sensível' foram apreendidos na casa do ex-presidente

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-12T21:40:00.000Z

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O FBI está investigando o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump por violação do "Ato de Espionagem", por obstrução de justiça e por remoção ou destruição de registros, informam os documentos tornados públicos nesta sexta-feira (12/08).

Ao todo, 20 caixas de documentos, fotos e outros itens foram retirados da mansão de Mar-a-Lago na operação da última terça-feira (08/08). A informação foi divulgada pelo pelo jornal estadunidense The Wall Street Journal. Entre as páginas estavam documentos com a marcação de "TS/SCI", o mais alto nível de classificação secreta do governo norte-americano.

Foram quatro caixas de documentos "ultrassecreto", três de "secretos" e três de "confidencial". Também foi confirmado que, durante a operação, foi recuperado um material sobre o "presidente da França", Emmanuel Macron.

O Washington Post afirmou que, segundo fontes ligadas à investigação, o FBI também buscava documentos secretos sobre armas nucleares. "Especialistas em informação confidencial disseram que a busca incomum levanta grave preocupação em autoridades do governo sobre o tipo de informação que eles pensavam que poderia ser encontrada [na residência] de Trump em Mar-a-Lago e potencialmente em risco de caírem em mãos erradas", afirmou o periódico.

Palácio do Planalto/Flickr
Arquivos 'ultrassecretos' e de 'informação sensível' foram apreendidos na casa do ex-presidente

O mandado de busca e apreensão ainda autorizou a investigação no escritório de Trump na residência e em qualquer "sala de armazenamento e outras salas dentro da premissa de uso ou possível uso por [Trump] e sua equipe e em caixas ou documentos que podem ter sido armazenados, incluindo todas as estruturas ou prédios do local".

Após a divulgação das informações oficiais, Trump se manifestou por meio de sua rede social, a Truth, se defendendo das acusações.

"Número um, era tudo material desclassificado. Número dois, não tinham a necessidade de sequestrar nada. Poderiam ter obtido isso quando quisessem sem fazer política e entrar em Mar-a-Lago. Estavam em um lugar seguro, com um cadeado a mais depois que me pediram", escreveu.

Trump tenta fazer com que a operação do FBI se torne política e vem conseguindo apoio dos seus pares republicanos nisso. Já a Casa Branca se manifestou apenas uma vez sobre o caso, dizendo que o presidente Joe Biden ou qualquer membro do alto escalão não sabiam da ação.

(*) Com Ansa e Brasil de Fato.

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