O ministro do Interior da Alemanha, Hans-Peter Friedrich, afirmou na manhã desta segunda-feira (28/10) que o país não aceitará que Washington não sofra consequências pelo escândalo de espionagem. “Espionar é um delito e os responsáveis devem responder por isso”, disse em entrevista à imprensa local.
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Além disso, a Alemanha alertou ontem (27) os EUA que “em solo alemão, rege a lei alemã” e deixou claro que essa máxima é válida para todos, “para alemães e estrangeiros, para cidadãos e empresas e também para diplomatas e embaixadas”. “Nós queremos saber exatamente o que aconteceu”, reiterou Friedrich.
Agência Efe
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As declarações fazem com que Berlim suba o tom do discurso contra as denúncias de espionagem de Washington. Até então, Angela Merkel adotou postura parecida com a de Dilma Rousseff: repreender veementemente os norte-americanos pela prática de vigilância. Com o anúncio de acordo com a França para frear a NSA (sigla em inglês para Agência Nacional de Segurança) e as declarações Friedrich, o governo alemão dá agora mostras que deseja retaliar a administração Obama.
Espanha também critica EUA
O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, declarou hoje (28) que disse ao embaixador dos Estados Unidos em Madri, James Costos, sua “séria preocupação” em torno da suposta espionagem norte-americana, um fato que, “se for confirmado”, poderia supor “a ruptura do clima de confiança” entre ambos os países.
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Segundo informações da Agência Efe, García-Margallo afirmou, no entanto, que a Espanha “não tem confirmação oficial” da suposta espionagem. Washington vigiou mais de 60 milhões chamadas telefônicas na Espanha em apenas um mês, entre o fim do ano passado e o início de 2013, de acordo com documentos citados hoje (28) pelo jornal espanhol El Mundo.
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