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Política e Economia

Espionagem da Abin não se compara aos casos revelados por Snowden, diz embaixador

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Para Rubens Barbosa, episódio não deverá causar complicações diplomáticas para governo brasileiro

João Novaes

2013-11-04T18:38:00.000Z

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A revelação sobre ações de espionagem da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) contra diplomatas estrangeiros não pode ser comparada, tanto em escala, quanto em natureza, ao esquema global de vigilância organizado pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos), recentemente revelada pelo ex-agente da CIA Edward Snowden. A opinião é do embaixador brasileiro Rubens Barbosa, que também acredita que o caso não deverá causar nenhum incômodo diplomático ao Itamaraty.

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“O procedimento da Abin é normal e todo mundo faz. O problema é quando ele é revelado [publicamente]. Todos os países fazem e sabem que isso acontece com os outros”, afirmou o diplomata em entrevista a Opera Mundi. Barbosa foi representante do Brasil em Londres (1994-1999) e Washington (1999-2004).

Agência Senado

Segundo o embaixador Rubens Barbosa, prática da Abin é usual e difere da investigação a chefes de Estado

Para ele, o episódio se justifica como um caso de segurança nacional, versão defendida oficialmente pelo governo brasileiro. Os procedimentos realizados pela agência também foram normais, já que, em alguns casos, investigavam a possibilidade de espionagem em território nacional.

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“Em um dos casos, envolvendo diplomatas iranianos [a “Operação Xá”], a reportagem afirma que a ação teria sido realizada a pedido de outro país. Isso mostra apenas um entrosamento grande entre essas agências de segurança, que possuem acordos bilaterais para casos como lavagem de dinheiro, por exemplo. Trata-se de um acompanhamento não ostensivo, é uma prática muito usual”, explicou.

Estados Unidos

Já o escândalo que revelou a rede organizada pela NSA para espionar diversos países e alguns de seus líderes, de acordo com Barbosa, “atingiu um nível em que não se esperava chegar, surpreendendo a todos”.

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“Snowden era analista de uma agência de inteligência, saiu dela portando dados e divulgou informações envolvendo diversos países, envolvendo até o monitoramento de chefes de Estado. A escala é bem diferente, a natureza é diferente. Agora, em ambos os casos, é tudo espionagem”, lembra.

Uma das consequências do escândalo envolvendo a NSA é que alguns países foram obrigados a reconhecer que estão vulneráveis. “Por essa razão se discute agora um novo código de conduta, com o objetivo de deixar essas ações dentro de limites. Mas, estes não chegarão a ser divulgados”, e só daqui a alguns anos será possível saber se ele foi de fato respeitado, acredita o diplomata. Para Barbosa, a dificuldade nessa negociação é que, enquanto alguns países [Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia] compartilham as mesmas informações porque oferecem total cooperação aos Estados Unidos em matéria de política externa e segurança, outros como França, Brasil e Alemanha nunca atingiram o mesmo status, porque têm políticas independentes”.
 

Segundo o embaixador, a revelação das ações da Abin também não deverá causar qualquer constrangimento ao governo brasileiro, que tem sido um dos críticos mais ferozes às ações da NSA, especialmente no caso em que foi revelado que a agência norte-americana espionava a presidente ilma Rousseff e alguns de seus principais assessores.

O caso

Nesta segunda-feira (04/11), o jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem em que afirma ter obtido documentos que revelavam que a Abin monitorou diplomatas de diversos países entre os anos de 2003 a 2004 em território nacional. Entre eles estariam funcionários da Rússia, Irã e Iraque, além de uma sala alugada pela embaixada dos Estados Unidos em Brasília.

Os alvos foram seguidos e fotografados por agentes da agência. O governo brasileiro defendeu o procedimento, alegando se tratarem de “operações de contrainteligência” visando proteger o interesse nacional, e que sempre estiveram amparados pela lei.

O GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República), órgão ao qual a Abin é subordinada, afirmou que não tem como validar a autenticidade dos documentos, já que a Folha não lhe enviou cópias dos papéis obtidos. No entanto, o órgão reconheceu a existência das operações citadas.

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Política e Economia

China mandará tropas para exercícios militares na Rússia

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Em nota, Ministério da Defesa de Pequim afirmou que atividade 'não está ligada à atual situação internacional e regional'

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-17T15:35:00.000Z

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O Ministério da Defesa de Pequim informou nesta quarta-feira (17/08), por meio de uma nota, que a China enviará tropas à Rússia para um ciclo de exercícios militares que também incluirá Belarus, Índia e Tajiquistão. No documento, país afirmou que a atividade "não está ligada à atual situação internacional e regional".

"O objetivo é aprofundar a cooperação prática e amigável com os exércitos dos países participantes, melhorar o nível de colaboração estratégica entre as partes e reforçar a capacidade de resposta a ameaças à segurança", diz o comunicado.

O anúncio chega após a escalada da tensão entre China e Estados Unidos,  causada pela visita da presidente da Câmara dos Representantes americana, Nancy Pelosi, a ilha de Taiwan.

A viagem de Pelosi desencadeou os maiores exercícios militares da história da China no Estreito de Taiwan, incluindo o lançamento de mísseis balísticos e um bloqueio aéreo e naval à ilha.

kremlin.ru
Ministério das Relações Exteriores da China também agradeceu ao presidente Vladimir Putin

As tropas chinesas participarão dos exercícios militares Vostok, marcados para 30 de agosto a 5 de setembro. As atividades serão comandadas pelo distrito militar oriental russo, que tem seu quartel-general em Khabarovsk, a poucos quilômetros da fronteira chinesa.

O Ministério das Relações Exteriores da China também agradeceu ao presidente Vladimir Putin por ter definido a visita de Pelosi a Taiwan como uma "provocação bem planejada" dos Estados Unidos. 

(*) Com Ansa.

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