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Política e Economia

Governo filipino teme epidemia inédita decorrente de exposição a corpos

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Não há casos documentados de infecção pós-desastre atribuída a contato com cadáveres, segundo OMS

Redação

2013-11-12T20:15:00.000Z

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Diversos corpos estão entrando em decomposição na cidade filipina de Tacloban, após o forte tufão que atingiu a área na última sexta-feira (08/11). Com isso, o governo teme que uma epidemia se alastre pela população sobrevivente, segundo informou uma fonte oficial à Agência Efe nesta terça-feira (12).

A autoridade que falou à agência não quis se identificar, mas afirmou que o governo está preocupado com a possibilidade de que uma epidemia seja gerada pelos cadáveres, uma vez que estão “por todas as partes”.

Agência Efe

Centenas de sobreviventes em Tacloban sofrem com falta de saneamento e alimentos em uma das regiões mais afetadas pelo tufão

Segundo a BBC, entretanto, a OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma que o surgimento ou não de uma epidemia depende mais do estado dos vivos que dos mortos e, até hoje, não há registro de um surto epidêmico iniciado após um desastre natural que possa ter se originado devido à exposição a cadáveres.

Ainda assim, a situação nas regiões afetadas pelo supertufão Haiyan é precária. De acordo com a Efe, as provisões estão chegando muito lentamente às províncias centrais de Samar, Leyte e ao norte de Cebu, as mais prejudicadas pelo desastre natural. Além disso, praticamente nada da ajuda internacional chegou a Tacloban, na ilha de Leyte, onde menos de um terço das construções ficou de pé, a maioria em situação crítica. 

As forças de segurança enviaram 500 soldados a Tacloban para zelar pela segurança da cidade e evitar crimes ou atos de desespero. Resta pouco para saquear nas lojas e nos colégios, mas, segundo o secretário do Interior, Max Roxas, os agentes circulam pela cidade em veículos blindados “para mostrar ao povo, sobretudo aos que têm más intenções, que as autoridades voltaram”. Controles policiais também foram enviados para evitar que a multidão assedie os caminhões com ajuda.

Saúde

A questão sanitária é uma das maiores preocupações de autoridades nacionais e internacionais em relação às zonas afetadas nas Filipinas. Segundo a BBC, 12 mil partos estão previstos para esse mês nessas áreas. Pessoas com doenças cardíacas ou diabetes precisarão de seus remédios regularmente, mas muitas das rotas de transporte foram destruídas.

Com milhares de pessoas agora desabrigadas, vivendo em condições críticas, existe o perigo de surtos de doenças infecciosas adquiridas por meio da convivência com multidões e da água contaminada. Segundo a OMS, o pico de risco para contaminações e epidemias nessas situações é de dez dias a um mês após o desastre.

Outra tempestade tropical deve atingir as Filipinas neste final de semana e abrigo, água potável e saneamento são essenciais.

O presidente das Filipinas, Benigno Aquino, decretou hoje estado de calamidade em todo o país em função da devastação provocada pelo tufão Haiyan. A ONU estima que mais de 10 mil pessoas morreram, advertindo, no entanto, que o mundo deve “esperar pelo pior” em relação ao número final de vítimas.

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Política e Economia

Argentina promulga lei que regula cannabis medicinal e cânhamo industrial

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'Um triunfo da sociedade contra a hipocrisia', assegurou o presidente Alberto Fernández sobre a nova legislação

Fernanda Paixão

Brasil de Fato Brasil de Fato

Buenos Aires (Argentina)
2022-05-27T21:20:00.000Z

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Nesta sexta-feira (27/05), o governo argentino promulgou oficialmente a lei 27.669 que regulariza a cannabis medicinal e o cânhamo industrial no país, conforme publicado no Boletim Oficial. A nova legislação estabelece a criação da Agência Reguladora da Indústria do Cânhamo e da Cannabis Medicinal (Ariccame) e será responsável por "regulamentar, controlar e emitir as autorizações administrativas com respeito ao uso de sementes da planta de cannabis, da cannabis e seus produtos derivados".

A Lei do Marco Regulatório para o Desenvolvimento da Indústria da Cannabis Medicinal e o Cânhamo Industrial também prevê a criação do Conselho Federal para o Desenvolvimento da Indústria do Cânhamo e Cannabis Medicinal, que contará com um representante do governo nacional e um por cada província do país. O já existente Instituto Nacional de Sementes (Inase) ditará as normas complementares.

"Este é um passo para o acesso ao direito à saúde", alegou o presidente Alberto Fernández durante o ato de promulgação da lei na última terça-feira (24/05) na Casa Rosada, sede do governo argentino. "Começamos a escutar as mães que, com a cannabis, faziam com que seus filhos pudessem ter uma vida melhor. Começamos a prestar atenção e hoje estamos ganhando uma batalha contra a hipocrisia", disse o mandatário.

"Por trás dessa lei, há uma indústria que produz, que dá trabalho, que trará dólares mas que, fundamentalmente, cure", agregou o presidente.

Também presente na cerimônia, o ministro de Ciência e Tecnologia, Daniel Filmus, ressaltou que a lei representa uma alternativa produtiva, e estima que levará à criação de pelo menos 10 mil postos de trabalho em três anos.

Twitter/Alberto Fernández
'Este é um passo para o acesso ao direito à saúde', alegou o presidente Alberto Fernández

Luta das mães contra o tabu da cannabis

O projeto de lei foi aprovado no dia 5 de maio na Câmara dos Deputados, com 155 votos a favor e apenas 56 contra. O projeto define um marco legal para o investimento público e privado em toda a cadeia da cannabis medicinal e do cânhamo industrial.

A conquista de uma lei para regularizar o uso medicinal da maconha foi resultado da luta de mães cujos filhos padecem alguma doença tratável com cannabis. Diante do tabu e da penalização sobre o cultivo e o uso da maconha, essas mães conformaram uma rede de troca de conhecimentos e produtos para o tratamento de seus filhos. A organização Mamá Cultiva esteve na linha de frente dessa militância.

O cânhamo, apesar de altamente estratégico industrialmente, também padece do tabu por ser também uma planta da família Cannabis. Neste caso, consiste em uma variedade da planta, a espécie Cannabis ruderalis, cujas fibras possuem alto valor industrial, sendo matéria-prima sustentável para a produção têxtil, como algodão, de alimentos, remédios, produtos de beleza e óleos.

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