A Casa Branca pediu nesta terça-feira (12/11) ao Congresso norte-americano que não interfira nas negociações do país com o Irã sobre o programa nuclear, advertindo que a aprovação de novas sanções poderia deixar o presidente Barack Obama com poucas opções além de uma intervenção militar em Teerã.
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“Não se trata de estar a favor ou contra as sanções. Esta administração impôs as sanções mais asfixiantes da história contra o Irã. Apreciamos a influência dessas sanções e agradecemos ao Congresso a colaboração que nos deu nesse esforço”, declarou o porta-voz Jay Carney em sua entrevista coletiva diária.
Agência Efe
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Ele afirmou ainda que é “importante” que o Congresso “reserve sua capacidade de legislar para o momento em que seja mais eficaz” e não interfira assim nas negociações lideradas pelo Grupo 5+1 (EUA, Rússia, Grã-Bretanha, França, China e Alemanha).
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“O povo norte-americano não quer ir para a guerra”, apontou Carney, em um endurecimento significativo em relação à retórica utilizada com opositores de um acordo provisório com Teerã. Ele alertou que, se os esforços de Obama para resolver o problema diplomaticamente falharem ou forem bloqueados, haverá poucas opções, entre as quais uma ação militar.
Mais cedo, autoridades do país haviam afirmado que o tipo de sanção ponderada por senadores bipartidários no Congresso podia prejudicar as conversas realizadas entre o time de negociação de Obama e o de Hassan Rouhani, presidente do Irã. A porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, assegurou que o secretário de Estado, John Kerry, acredita firmemente que seria um “erro” os legisladores imporem sanções adicionais nesse momento.
“O povo dos Estados Unidos, justificada e compreensivelmente, prefere uma solução pacífica que previna o Irã de obter uma arma nuclear e esse acordo, se for atingido, tem o potencial para fazer isso”, concluiu Carney.