Cresce tensão nas Filipinas com atraso de ajuda humanitária e previsão de tempestade
Corpos estendidos no chão e difícil acesso às áreas devastadas pelo tufão Haiyan faz com que equipes de resgate lancem alerta global
O clima é de desespero e tensão nas Filipinas, afirmaram nesta quarta-feira (13/11) as equipes de resgate que trabalham no socorro e atendimento às vítimas do tufão Haiyan. Além da falta de água, alimentos e abrigo, a dificuldade de acesso faz com que a ajuda humanitária - organizada por diversos países nos últimos dias - não chegue ao destino final, os locais mais atingidos pelo desastre.
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Agência Efe
Rastro da devastação nas Filipinas leva ao desespero equipes de resgate, que não conseguem chegar às vítimas
Segundo relatos da imprensa internacional, milhares de pessoas estão neste momento “desidratadas, exaustas, desesperadas e furiosas”, esperando que a ajuda internacional chegue em Tacloban, a capital da província de Leyte.
Outro fator preocupante para as autoridades locais é a possibilidade da tempestade Zoraida, cuja trajetória pode cruzar exatamente o mesmo percurso do tufão Haiyan, atinja a região onde as equipes de resgate trabalham para encontrar mortos e feridos.
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De acordo com a Agência Efe, o Conselho para a Gestão e Redução de Desastres das Filipinas elevou para 2.275 o balanço provisório de mortos após a passagem do "Haiyan”. A ONU (Organização das Nações Unidas), no entanto, estima que mais de 10 mil pessoas morreram.
Com esses dados oficiais, o tufão Haiyan se situa como o terceiro desastre natural que mais matou na história das Filipinas, superado apenas por um tsunami de 1975 que deixou entre 5 mil e 8 mil mortos no sul da ilha de Mindanao e pelas inundações originadas em 1991 pela tempestade "Thelma" que matou 5.100 habitantes na cidade de Ormoc, na ilha de Leyte.
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O balanço do Conselho coincide com o número divulgado pelo presidente filipino, Benigno Aquino, que em entrevista à rede "CNN" estabeleceu o possível número de falecidos entre 2 mil e 2.500.
(*) Com informações da Agência Efe