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Política e Economia

Minuto a Minuto: chilenos escolhem seu novo presidente neste domingo

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Sede de campanha de Bachelet foi invadida; adversária da socialista deverá ser Evelyn Matthei

Victor Farinelli, Paola Cornejo, Leandro Osorio e Catalina Portales

2013-11-17T16:12:00.000Z

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23h05 - Caro internauta, nossa transmissão minuto a minuto se encerra por aqui. Nas próximas horas, nas notícias regulares, estaremos divulgando novos dados da eleição chilena com os números definitivos, os resultados da manifestação "CA", que pede a realização de uma Assembleia Legislativa e os resultados das legislativas. Boa noite.

Leandro Osorio/Opera Mundi



22h50 -
Com 89,99% dos votos apurados, o segundo turno é uma realidade: Bachelet, com 46,77% e Matthei, com 25,05%, voltam a se enfrentar em 15 de dezembro. Em terceiro lugar ficou o progressistar Marco Ominami, com 10,88%, seguido de perto pelo independente "apolítico" Franco Parisi, com 10,13%. Os demais: 5º) Claude - 2,78%; 6º) Sfeir - 2,33%; 7º) Miranda - 1,26%; 8º) Israel - 0,57%; 9º) Jocelyn-Holt - 0,19%.

22h30 - O presidente Sebastián Piñera, apoiador de Matthei, comentou o pleito eleitoral: "a cidadania mostrou a solidez da nossa democracia, e que valoriza essa solidez. Este governo colaborou enormemente para cumprir com essa expectativa da nossa sociedade".

22h25 - Matthei: "ganhamos novamente das pesquisas, que fizeram um esforço em mostrar uma falsa vitória no primeirto turno, e esconderam essa parte do país que está com medo de que a esquerda impulse seu projeto de desestabilização do país".

22h06 - Matthei: "Enquanto a esquerda propõe destruir o modelo de país que construimos neste anos com tanto esforço, nós queremos avançar com o país que tem estabilidade e crescido muito mais no governo de Piñera do nos governos da Concertação (histórica aliança de centro e esquerda contra os pinochetistas)".

Paola Cornejo/Opera Mundi

Michelle Bachelet fez um discurso sorridente perante os partidários ao reconhecer que disputará o 2.º turno

22h02 - Bachelet :"Que não tentem ocultar a verdade desse resultado. Mesmo não sendo uma vitória no 1º turno, foi uma ampla vitória, que mostra que os chilenos estão do lado das nossas ideias".

22h00 - Michelle Bachelet admite segundo turno: "Hoje os chilenos votaram por educação gratuita, um país mais integrado e mais justo, uma reforma tributária que combata a desigualdade. Hoje os chilenos disseram que querem uma nova constituição que nasça em democracia", afirma em discurso a militantes.

21h58 - Com apenas 10.411 votos, o independente Tomás Jocelyn-Holt, é o candidato à Presidencia do Chile com menor quantidade de votos desde 1938.

21h20 - Servel anuncia que dará declaração oficial em aproximadamente meia-hora.

21h11 - Com 69,51% dos votos apurados, Bachelet começa a se distanciar da vitória no primeiro turno. Ela soma 46,69%, contra 25,24% de Matthei. Ominami passou Parisi, mas a disputa pelo terceiro lugar continua acirrada: 10,76% e 10,21% respectivamente. Seguem: Claude, com 2,76%, Sfeir, com 2,30%, Roxana Miranda com 1,24%, Israel com 0,57% e Jocelyn-Holt com 0,19%.

21h00 - A candidata do Partido Igualdade, Roxana Miranda, obteve um só voto na mesa eleitoral em que depositou sua cédula.

Victor Osorio/Opera Mundi


20h20 - Com 13,40% dos votos apurados: Bachelet - 46,11%; Matthei - 25,02%; Parisi - 11,07%; Ominami - 10,73%; Claude - 2,89%;Sfeir - 2,19%; Roxane - 1,21%; Israel - 0,56%; Jocelyn-Holt - 0,18%. (Servel)

20h18 - Terminou a votação simbólica dos chilenos que estão no exterior, com a participação de 12.424 votantes em 105 países. Os resultados foram: Michelle Bachelet 34,9%; Marcel Claude 16%; MEO 14,2%; Evelyn Matthei 12,2%, Alfredo Sfeir 10,8%; Franco Parisi 5,8%; Roxana Miranda 5,3%; e Tomás Jocelyn-Holt 0,3%.

20h00 - Primeira contagem parcial - Bachelet: 44,01%; Matthei: 24,42%; Parisi: 12,63%; Marco Enriquez-Ominami: 11,47%; Claude: 3,38%; Sfeir: 2,13%; Miranda 1.22%; Israel: 0,52%; Jocelyn-Holt: 0,19% (Fonte: Servel). 

19h20 - Matthei está a frente de Bachelet na contagem atual de uma das mesas do Estádio Nacional, na comuna de Ñuñoa, em Santiago.


19h19 - Números começam a sair antes do esperado. Bachelet 52%, Matthei, 22% - contagem da primeira mesa em San Carlos, na cidade de Ñuble, sul do país.

19h15 - Divulgado o primeiro comunicado oficial, dizendo que a contagem dos votos começará às 19h30 se todas as mesas de votação estiverem fechadas.

19h12 - Michelle Bachelet está ganhando por ampla maioria em quase todas as mesas que já estão contando os votos, segundo a CNN Chile.

19h09 - “Haverá segundo turno. Essa é sensação que temos com as pessoas e nos locais de votação”, disse Lily Pérez, chefe da campanha de Evelyn Matthei (segundo Twitter do site de notícias Emol.com).

19h07 - O ministro do interior, Andrés Chadwick, manifestou-se sobre as eleições descrevendo-as como “exemplares”. Da CNN Chile.


Reprodução - Canal 13


18h59 - As primeiras mesas de votação começam a se encerrar. Se ainda houver gente na fila, os mesários devem esperar.

18h55 - A porta-voz do governo, Cecília Pérez, manifestou no Palácio de la Moneda, dizendo: “tomara que haja segundo turno”. Isso enquanto transmite o balanço da jornada eleitoral (segundo o Twitter do site de notícias Emol.com)

18h41 - A porta-voz do governo, Cecilia Perez, faz balanço da jornada eleitoral no Palácio de La Moneda

18h03 - Eloísa González, porta-voz da ACES: “atingimos nosso objetivo, que era fazer com que Bachelet, se for eleita, entenda que os estudantes não vão aceitar as soluções tapa-buraco que não sejam a educação pública gratuita que nós queremos e que ela prometeu.”

18h01 - Estudantes da ACES que tinham invadido a sede da campanha de Michelle Bachelet saem do local de forma voluntária e pacífica.

Marca Tu Voto

Eleitores fazem fila no Estádio Nacional de Santiago

17h30 - Patricio Santa María, presidente do Servel (Serviço Eleitoral do Chile), esclarece que, às 18h, todos os colégios eleitorais serão fechados mas que, nas zonas eleitorais onde ainda existam filas, a votação se estenderá até que o último da fila vote.

17h22 - A Organização Voto Ciudadano [Organização Voto Cidadão], responsável por uma eleição simbólica (não oficial) de chilenos no exterior, divulga números de votação de chilenos em Paris: Michelle Bachelet (Partido Socialista) 29%, Alfredo Sfeir (Partido Ecologista) 22%, Marcel Claude (Partido Humanista) 20%,Roxana Miranda (Partido da Igualdade) 18%, Marco Enríquez-Ominami (Partido Prograssista) 4%. Também informa que 56% das cédulas estavam marcadas com AC (que significa que a pessoa é favorável a uma Assembleia Constituinte).

17h14 - Em breve coletiva de imprensa, Javiera Blanco, porta-voz da sede da campanha de Bachelet, garante que não tomarão nenhuma medida de força contra os estudantes que ocuparam a sede da campanha da candidata.

Leia mais:
Os nove rostos que concorrem ao Palácio de La Moneda

17h02 - Imprensa chilena informa que algumas zonas eleitorais em Santiago registram filas de até 3 horas, faltando apenas 2 horas para o fechamentos dos colégios eleitorais.

16h48 - Jornalista do Canal 13 do Chile garante que os funcionários da campanha de Bachelet pediram que a polícia não retire as pessoas do local para que não sejam produzidas imagens de repressão que possam ser posteriormente vinculadas à candidata.


16h01 - Eloísa González, porta-voz da ACES, diz: “A ocupação será mantida, estamos mobilizados e não aceitamos intermediários”, indicando que querem negociar sua saída com representantes da campanha de Bachelet e não com policiais.

Leandro Osorio/Opera Mundi


17h02 - Imprensa chilena informa que algumas zonas eleitorais em Santiago registram filas de até 3 horas, faltando apenas 2 horas para o fechamentos dos colégios eleitorais.

16h48 - Jornalista do Canal 13 do Chile garante que os funcionários da campanha de Bachelet pediram que a polícia não retire as pessoas do local para que não sejam produzidas imagens de repressão que possam ser posteriormente vinculadas à candidata

16h01 - Eloísa González, porta-voz da ACES, diz: “A ocupação será mantida, estamos mobilizados e não aceitamos intermediários”, indicando que querem negociar sua saída com representantes da campanha de Bachelet e não com policiais.

15h20 - Veículos de polícia chegam às imediações da sede da campanha de Michelle Bachelet, mas ainda não está sendo negociada a retirada dos manifestantes. Por enquanto, estão apenas protegendo o perímetro. Durante a semana, os dirigentes da ACES defenderam o boicote às eleições.

15h27 - Grupo de estudantes da ACES (Assembleia Coordenadora de Estudantes Secundários) invade a sede da campanha da candidata da Nova Maioria, Michelle Bachelet.

ACES/divulgação

Faixa na sede da campanha tem os seguintes dizeres:"mudança não está em La Moneda, e sim nas grandes alamedas"

Leia mais:
Chile escolhe sucessor de Sebastián Piñera de olho em possível reforma constitucional


15h11 - O site do Partido pela Democracia (PPD), integrante da coalização Nova Maioria, de Michelle Bachelet, foi hackeado. Nele, aparece uma mensagem dirigida à candidata. O hacker responsável se identifica como “A3RCR3A”.

Reprodução


Ele diz o seguinte:

“Querido governo:

Nós sabemos o que vocês fazem, como roubam e como mentem para o povo chileno. Apenas dizemos que isso (a invasão do site) é só o começo. Bachelet já se esqueceu do 27F (o terremoto de 27 de fevereiro de 2010), das mais de 40 usinas termoelétricas que aprovou, do reforço que pediu aos Estados Unidos para a opressão do povo mapuche?

Salário dos políticos: entre 9.000.000 e 7.000.000 [pesos chilenos – cerca de R$ 40 a 30 mil]
Salário da presidente:  14 000 000 [pesos chilenos – cerca de R$ 62 mil]
Salário do povo: 210 000 [pesos chilenos – cerca de R$ 900]

Isso sem contar todas as empresas que eles têm.

Injusto?

14h50 - Serviço Eleitoral chileno informa que 100% das mesas de votação foram instaladas

14h46 - Sobre o colégio onde votou Roxana Miranda. Fidel Pinochet Le-Brun foi um educador chileno e autor de importantes textos de ensino de castelhano feitos para o Ensino Médio. Foi o fundador do colégio que leva seu nome, onde votou a candidata do Partido Igualdade.


14h39 -  Protesto artístico em boca de urna de Santiago, com imagens dos assassinados pela repressão. Os manifestantes pedem para não votar.

14h28  - Alfredo Sfeir, presidenciável do Partido Ecologista Verde, é o último a votar e o único fora de Santiago, na Escola Glorias Navales, na cidade de Ninhue, no sul do país. Sua chegada também foi atrasada porque o avião que o trasladou teve problemas para aterrissar, devido a uma greve dos controladores do aeroporto. Ao sair do avião, o candidato expressou seu apoio à greve.

14h05 - Diferentes analistas políticos chilenos que comentam na imprensa local concordam em que essas eleições registrarão muito mais votos que o que se viu nas municipais de 2012. No ano passado, o Chile teve o seu primeiro pleito com o sistema de voto voluntário, que registrou uma abstenção de 55%.

13h21 - Mulher que trabalharia como mesária denuncia que foi estuprada em um ponto de ônibus, quando se dirigia para o local onde trabalharia, no bairro de Peñalolén, em Santiago. Carabineiros (polícia militar chilena) confirmam a informação.


13h18 - Também independente, o candidato Tomás Jocelyn-Holt votou no campus oriente da Universidade Católica.

13h06 - O independente Franco Parisi chega para votar no Complexo Técnico Profissional, da região de La Reina.

12h19  - O candidato do Partido Progressista Marco Enríquez-Ominami votou no colégio Carmela Carvajal, em Santiago, depois de fazer a fila, ignorando a oferta dos fiscais de mesa para que pudesse passar adiante dos demais eleitores. O candidato esperou cerca de 40 minutos até a sua vez.

12h02 - O candidato do PRI (Partido Regionalista Independente) Ricardo Israel, votou no Colégio Juan Pablo II, no setor de Las Condes, na capital chilena.

11h29 - Mesas eleitorais já constituídas apresentam lentidão, sobretudo na região de Santiago, onde o eleitor demora até uma hora para poder votar.

11h15 - Diversos lugares em Santiago, Valparaíso, Concepción e outras grandes cidades do país apresentam montanhas de lixo próximas aos locais de votação, devido à greve dos servidores municipais, que já dura 28 dias.

Leandro Osorio/Opera Mundi



10h37 - Michelle Bachelet e Sebastián Piñera chegaram a votar praticamente na mesma hora. A ex-presidente e candidata favorita votou no colégio Teresiano de Osso, na região de La Reina, em Santiago, e disse esperar “que esta seja a última vez que os chilenos no exterior não possam votar”. O atual presidente o fez na escola República da Alemanha, no setor de Las Condes, também na capital.

Paola Cornejo/Opera Mundi


10h31 - Javiera Parada, porta-voz da campanha Marca Tu Voto AC, votou pela manhã e deu entrevista falando sobre a importância de alcançar os 10% dos votos marcados. Também falou sobre um ataque hacker sofrido pela página da campanha, e o roubo de alguns equipamentos na sede da organização, mas disse que os problemas já foram resolvidos e o equipamento recuperado.

10h13 - Evelyn Matthei votou no colégio Salvador Sanfuentes, no Centro de Santiago. Minutos antes, o vencedor das primárias governistas, Pablo Longueira também apareceu para votar, no que foi sua primeira aparição pública depois da vitória nas primárias. Em julho, dias depois de vencer as primárias, os filhos de Longueira anunciaram sua renunciou à candidatura, devido a um quadro de depressão.

9h41 - Roxana Miranda foi a primeira candidata a votar, em um colégio do bairro de San Bernardo chamado Liceu Fidel Pinochet Le-Brun. #FidelPinochet foi trending topic no microblog Twitter chileno durante algumas horas da manhã.
 

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Política e Economia

Governo dos EUA libera venda de mísseis Javelin ao Brasil

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Sinal verde foi confirmado pelo Pentágono um dia após agência de notícias informar que parlamentares democratas vinham travando processo. Congresso norte-americano deve analisar o negócio, mas não é necessária nova aprovação

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-10T15:10:00.000Z

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O Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou a possível venda de lançadores de mísseis antiblindado Javelin e equipamentos relacionados ao Brasil, por um custo estimado de 74 milhões de dólares (R$ 379 milhões).

A decisão foi comunicada pelo Pentágono ao Congresso norte-americano nesta terça-feira (09/08), um dia depois de a agência de notícias Reuters informar que parlamentares democratas vêm tentando bloquear a venda devido a preocupações sobre o presidente Jair Bolsonaro e seus ataques ao sistema eleitoral brasileiro.

Agora, o Congresso norte-americano tem 30 dias para analisar o pedido e tirar dúvidas sobre o tema, mas não há necessidade de aprovação. A Câmara e o Senado podem editar uma resolução para se opor à venda, o que é improvável que ocorra, segundo um representante do Departamento de Estado. Em seguida, o governo brasileiro deve confirmar se procede com a compra.

O Pentágono afirmou que o Brasil solicitou autorização para comprar 33 lançadores e 222 mísseis do sistema Javelin. Fabricado pelas gigantes da defesa Lockheed Martin Corp e Raytheon Technologies Corp, o Javelin tornou-se uma das armas mais conhecidas do mundo devido ao seu sucesso contra tanques russos na guerra da Ucrânia.

O pacote aprovado inclui treinamento, simulações de uso do sistema e assistência técnica. "A proposta de venda melhorará a capacidade do Exército brasileiro de enfrentar futuras ameaças, ao elevar sua capacidade antiblindados. O Brasil não terá nenhuma dificuldade em absorver essa armas em suas Forças Armadas. A proposta de venda desses equipamentos e suporte não alterará o equilíbrio militar básico da região", afirmou o Pentágono.

Segundo a nota, a venda também contribui para apoiar a política externa dos Estados Unidos e seus objetivos de segurança, considerando o Brasil como "uma importante força para estabilidade política e progresso econômico na América do Sul".

Processo iniciado sob Trump

O pedido de compra dos Javelins ocorreu em 2020, em um momento de estreitamento dos laços entre os Estados Unidos e o Brasil sob então presidente Donald Trump e Bolsonaro. Em 2019, Trump designou o Brasil como um aliado de primeiro nível dos EUA fora da Otan, permitindo maior acesso a armas fabricadas por empresas norte-americanas.

O acordo atravessou a era Trump e foi herdado por Biden, menos amigável com Bolsonaro do que seu antecessor republicano. Ainda assim, o Departamento de Estado de Biden havia dado no ano passado um aceno preliminar positivo à compra.

Ukrainian Defense Ministry Press Service/AP/picture alliance
Brasil solicitou autorização para comprar 33 lançadores e 222 mísseis do sistema Javelin

"Há aqueles dentro dos níveis de trabalho do Departamento de Estado que expressaram ressalvas a respeito desta venda, dadas as ações e a retórica de Bolsonaro e a certas ações dos serviços militares e de segurança do Brasil no passado", havia dito uma fonte do governo dos EUA à Reuters. "Tais preocupações não são compartilhadas entre autoridades do Departamento de Defesa nem pela liderança do Departamento de Estado."

O Departamento de Estado então enviou a proposta de venda para uma revisão "informal" pelos dois democratas que presidem as comissões de Relações Exteriores do Congresso e os dois principais membros republicanos dos colegiados. Fontes do Congresso dizem que a questão não havia avançado até esta terça-feira devido às preocupações dos legisladores, incluindo o senador Bob Menendez e o deputado Gregory Meeks, colegas democratas de Biden.

Eles fizeram várias perguntas ao Departamento de Estado dos EUA, desde o histórico de direitos humanos de Bolsonaro até se o Brasil precisa de tais armas, de acordo com uma fonte do Congresso, sugerindo que querem pelo menos adiar a venda até depois das eleições de outubro no Brasil.

Em resposta aos parlamentares, o Departamento de Estado reconheceu que os mísseis Javelin não protegem contra qualquer ameaça específica que o Brasil enfrenta, disse à Reuters uma autoridade dos EUA. Mas o departamento argumentou que a tentativa do Brasil de atualizar sua capacidade antiblindados é legítima, acrescentou essa fonte.

A demanda por Javelins disparou desde o início da guerra na Ucrânia. Dessa forma, mesmo que o acordo seja aprovado pelo Congresso norte-americano, pode levar anos para que Brasil receba os mísseis devido à lista de pedidos, com prioridade para outros parceiros dos EUA.

Preocupação com eleições

O governo Biden, ainda em alerta pela invasão do Capitólio por apoiadores de Trump em 6 de janeiro de 2021, ficou incomodado com os comentários de Bolsonaro sobre a eleição e enviados norte-americanos a Brasília pediram cautela.

Em julho, em viagem ao Brasil, o secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin, pediu respeito à democracia em uma reunião com ministros de todo o continente. Antes disso, no ano passado, em uma visita ao Brasil, o diretor da CIA, William Burns, disse a assessores de Bolsonaro que o presidente deveria parar de minar a confiança no processo eleitoral brasileiro.

Represetantes de ONGs brasileira também se reuniram em julho com diplomatas do Departamento de Estado dos EUA e membros do Congresso norte-americano para pedir que Washington reconheça rapidamente o vencedor das eleições presidenciais brasileiras em outubro.

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