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Política e Economia

Honduras: oposição faz denúncias contra candidatura governista e TSE

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A dois dias do pleito, partido de Xiomara Castro reclama de irregularidades no processo eleitoral

Giorgio Trucchi

2013-11-22T21:00:00.000Z

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O ambiente de aparente tranquilidade que caracterizou as últimas semanas de campanha eleitoral em Honduras sofreu um acelerado processo de decomposição, acompanhado por uma crescente instabilidade entre as principais forças políticas que se enfrentam nas eleições gerais deste domingo (24/11).

Leia especial de Opera Mundi sobre eleições em Honduras

O partido Libre (Liberdade e Refundação), de Xiomara Castro, denunciou a crescente “campanha suja” promovida pelo partido governista (Partido Nacional) e seu candidato presidencial, Juan Orlando Hernández. Além disso, o Libre argumenta que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) estaria cometendo “graves irregularidades” poucos dias antes da votação.

Giorgio Trucchi/Opera Mundi

TSE, presidido por David Matamoros, tem sofrido muitas críticas na reta final da campanha


Em comunicado, o Libre, criado a partir dos movimentos de resistência ao golpe de Estado de 2009, repeliu a “propaganda massiva do partido do governo, saturada de ameaças, ataques e anúncios de forças militares cheios de violência”. Os partidários pediram que o TSE interviesse na campanha publicitária, sem sucesso.

A troca de acusações também chegou à imprensa, tanto nacional como internacional. O jornal El Heraldo acusou a Telesur de estar dando aval a um suposto plano do partido Libre “para intimidar os eleitores e declarar Xiomara Castro eleita com base em supostos resultados de boca de urna”.

A Radio Globo e o Cholusat Sur (Canal 36), dois dos meios que mais sofreram com o golpe de Estado, tendo sido fechados por alguns meses pelo então presidente de fato, Roberto Micheletti, se negaram a assinar um acordo pelo qual o TSE estaria impondo “não divulgar pesquisas de opinião nem de boca de urna”.

“Não vão nos calar nem nos parar. Vamos informar tendo por base a liberdade de expressão. E se tivermos de voltar a viver o que aconteceu em 2009, vamos voltar”, disse a organismos internacionais Esdras Amado López, diretor do Cholutsat Sur e candidato a deputado pelo Libre.

Desconfiança no TSE

Depois da denúncia feita pela candidata presidencial do Libre sobre “graves irregularidades nos testes funcionais e nos exercícios com o Sistema de Transmissão e Divulgação dos Resultados Eleitorais Preliminares via scanner”, o ex-presidente Manuel Zelaya, marido de Xiomara Castro, repudiou a decisão do TSE de divulgar um primeiro relatório às 18h45 de domingo, apenas uma hora e quarenta e cinco minutos depois do fim da votação, com uma porcentagem muito baixa da apuração realizada. Em declaração à imprensa internacional, Zelaya disse que, caso essa decisão não seja retificada nas próximas 24 horas, o partido Libre tornaria pública sua contagem interna de votos.

“Divulgar uma tendência baseada em uma quantidade mínima e insignificante de votos é muito perigoso. Poderia gerar desconfiança no processo eleitoral, ainda mais quando o presidente do TSE, David Matamoros, obedece ao Partido Nacional e ao seu candidato, Juan Orlando Hernández”, disse Enrique Reina, candidato à vice-presidente pelo Libre.

Segundo ele, os juízes eleitorais deveriam esperar pelo menos que 50% das urnas tenham sido apuradas e que o resultado seja irreversível. “Acreditamos que, por trás de tudo isso, está a intenção de favorecer o candidato governista, criando um clima de triunfalismo pouco depois do fechamento das urnas”, explicou Reyna.

O candidato governista, Juan Orlando Hernández, garantiu a Opera Mundi que, durante a sessão plenária dos juízes com os candidatos presidenciais, não escutou “o juiz presidente se referir a um horário mas, unicamente, que iriam divulgar relatórios. Tudo vai sair bem e, ao final, o resultado contundente será dado pela somatória das atas originais que serão computadas em Tegucigalpa”, disse Hernández.

Ele também minimizou a importância das irregularidades que aconteceram na simulação. “É como o efeito de uma curva de aprendizagem, que acontece com todos. Estou certo de que vai melhorar e que tudo vai ser desenvolver normal e tranquilamente”, garantiu.

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Política e Economia

União Europeia declara que texto de acordo nuclear é 'definitivo'; Irã nega finalização

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Negociações entre bloco econômico e Irã ocorrem para tentar salvar o acordo chamado Joint Comprehensive Plan of Action (JCPOA), assinado originalmente em 2015

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-08T22:30:00.000Z

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Fontes da União Europeia informaram nesta segunda-feira (08/08) que o bloco econômico apresentou um "texto final" para o acordo nuclear que é debatido em Viena, na Áustria, com o Irã e com os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"Nós trabalhamos por quatro dias e hoje o texto está na mesa. A tratativa terminou, o texto é definitivo e não será renegociado", disse um funcionário do bloco, em condição de anonimato, aos jornalistas que acompanham os debates.

Pouco tempo depois, porém, o governo do Irã negou a informação por meio da declaração de um diplomata à agência estatal iraniana Irna. "Não estamos em uma fase em que sequer podemos falar de finalização de texto", disse o representante, em condição de anonimato.

Segundo o iraniano, ainda há alguns pontos em "suspensão" e o resultado das conversas "dependerá da determinação dos outros participantes em tomar decisões políticas sobre as propostas já apresentadas por Teerã".

Em Viena, outro funcionário da União Europeia contou aos jornalistas que as delegações dos países e organizações envolvidos deixariam o local e que agora "tudo dependerá da resposta formal dos participantes", o que deve ocorrer nos próximos dias.

European External Action Service/Flickr
Bloco econômico apresentou um "texto final" para o acordo nuclear; para Irã ainda há alguns pontos em "suspensão"

As negociações entre as partes ocorrem para tentar salvar o acordo assinado em 2015, chamado de Joint Comprehensive Plan of Action (JCPOA), que inclui todos os membros do CS da ONU (Estados Unidos, França, China, Rússia e Reino Unido - mais a Alemanha), com intermediação da UE.

O pacto perdeu força em 2018, quando o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou o país do acordo e reimpôs sanções unilaterais contra o Irã. Como resposta, Teerã parou de respeitar diversos itens do pacto de maneira intensa, como o enriquecimento de urânio, o que poderia indicar a construção de armas nucleares. Na última semana, o governo do país chegou a dizer que já tinha essa capacidade, mas que não queria construir os armamentos.

No entanto, com a eleição de Joe Biden, que tomou posse em janeiro de 2021, voltou a ser aberta a possibilidade de que os EUA voltassem ao acordo para tentar apaziguar a situação.

E, desde o fim do ano passado, dezenas de reuniões entre delegações de todas as nações envolvidas foram realizadas para tentar a chegar a um novo acordo para a implementação das regras.

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