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Política e Economia

Uruguaias fizeram 5.000 abortos no primeiro ano após descriminalização

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Número é de estimativas oficiais e estudos da organização Mulher e Saúde do Uruguai (MYSU); total definitivo será conhecido em 2014

Agência Efe

2013-12-03T18:49:00.000Z

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Cerca de cinco mil abortos foram realizados no Uruguai desde a descriminalização, mas ainda há "dificuldades" para a interrupção da gravidez, de acordo com estimativas oficiais e estudos da organização Mulher e Saúde do Uruguai (MYSU).

Nesta terça-feira (03/12), completa-se um ano desde que entrou em vigor a nova lei que não legaliza tecnicamente o aborto, mas o descriminaliza sempre que seguidos os procedimentos regulados pelo Estado.

O governo anunciou recentemente que, nos primeiros meses de 2014, poderá ser divulgado o "número oficial" de abortos realizados em instituições médicas no primeiro ano de aplicação da lei. No entanto, o vice-ministro de Saúde Pública, Leonel Briozzo, estimou na segunda-feira (02/12) que "se mantém a tendência" do primeiro semestre da nova legislação.

Em julho deste ano, Briozzo informou que foram registrados 2.550 abortos nos primeiros seis meses de descriminalização, com uma média de 456 mensais. Neste período, não foram registradas mortes maternas por interrupções da gravidez praticadas em situações de risco.

O vice-ministro de Saúde Pública destacou ainda que estes dados representam dez abortos a cada mil mulheres em idade reprodutiva. Isso contrasta com os mais de 40 a cada mil que se estima que foram realizados no país entre os 1995 e 2002, quando o aborto era ilegal e não existiam políticas educativas sobre sexualidade.

A diretora da MYSU, Lilián Abracinskas, disse à Agência Efe que os abortos no Uruguai eram 16 mil anuais em 1.978 e houve uma "explosão" de até 33 mil em 2003 "em plena crise econômica".

Se as autoridades estimam que, na atualidade, são 5.000 os abortos anuais no país, "há um incompatibilidade grande com os números históricos e terão que estudar os motivos", assinalou.

A organização advertiu também sobre um "número significativo" de abortos que, "por diferentes razões seguem sendo realizados de forma clandestina".

Com a aprovação da Lei de Interrupção Voluntária da Gravidez, se materializaram "progressos" na defesa dos direitos da mulher, mas, ao mesmo tempo, "existem dificuldades" para "poder concretizar" os abortos, acrescentou.

A solicitação da interrupção voluntária da gravidez pode ser feita até a 12ª semana de gestação. O período se amplia a 14 semanas em caso de estupro e não há restrições nos caso de má-formação do feto ou risco de vida para a mãe.

Antes, as pacientes devem passar por uma comissão formada por um ginecologista, um psicólogo e um assistente social. Entre outras ações, eles conversam sobre a possibilidade de concluir a gravidez e dar a criança para adoção.

Posteriormente, há cinco dias para a reflexão. Depois, se decidir por confirmar sua vontade, é feito o aborto que é farmacológico e seguindo os critérios recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A diretora da MYSU destacou que "ainda há muita desinformação" entre as uruguaias sobre seus direitos e pediu às autoridades sanitárias "uma campanha ampla e clara" para que os conheçam.

A organização reivindica uma campanha de informação para "evitar a gravidez não desejada" após assinalar que, segundo uma recente pesquisa, 25% das uruguaias entre 15 e 49 anos "não utilizam qualquer método anticoncepcional". 

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Hoje na História

Hoje na História: 1742 – Estreia o famoso oratório 'O Messias', do compositor alemão Georg Händel

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Atualmente ligada às festividades natalinas, a monumental peça clássica deu grande fama ao músico

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2021-04-13T15:28:00.000Z

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Em 13 de abril de 1742, estreou em Dublin, na Irlanda, o mundialmente famoso oratório O Messias, do celebrado compositor Georg Friedrich Händel. A monumental obra do músico alemão, naturalizado cidadão britânico, conta com com 51 movimentos, divididos em três partes e mais de duas horas de duração.

A peça foi escrita em apenas 24 dias, evidenciando o gênio e o brilhantismo do músico. Entre seus admiradores, estava o próprio Ludwig van Beethoven, que dele dizia: "É o maior compositor que já conheci. Tiraria meu chapéu e me ajoelharia diante de sua sepultura”.

A execução do oratório O Messias de Händel na época do Natal é uma tradição tão arraigada quanto as árvores decoradas e a meia dependurada para receber os presentes. Nas igrejas e nas salas de concerto de todo o planeta, a mais famosa peça de música sacra é executada em toda a sua extensão ou resumidamente, com ou sem a participação da plateia, porém quase sempre e exclusivamente nas semanas que antecedem a celebração do Natal. 



Bíblia inspirou música de Natal

Entretanto, é surpreendente saber que o autor, ao compor O Messias, não teve a intenção de marcá-la como obra natalina.

A inspiração para compor O Messias foi provocada por um editor chamado Charles Jennens, devoto e cristão protestante profundamente preocupado com a crescente influência do deísmo e das linhas de pensamento nascidas com o Iluminismo, que ele e outros viam como antirreligiosas.

Servindo-se de fontes como a Bíblia do Rei James e o Livro de Orações Usuais, Jennens compilou e editou uma síntese concisa da doutrina cristã, das profecias do Antigo Testamento quanto à vinda do Messias através do nascimento, crucificação e ressurreição de Jesus Cristo e também da prometida Segunda Vinda e do Dia do Juízo Final.

Jennens levou seu libreto ao amigo Händel e lhe propôs que seu trabalho fosse a base de um oratório, com a expressa intenção de ser apresentado num local secular durante a semana que precedesse imediatamente à Páscoa.

"O Messias seria dirigida diretamente ao público que compareceria ao teatro em vez da igreja, durante a Semana Santa”, segundo a estudiosa do instituto Cambridge Händel, Ruth Smith, "para lembrá-lo de sua suposta fé e seu possível destino."

Esta didática missão pode ter inspirado Jennens a escrever o Messias, mas é de justiça dizer-se que a música transcendental de Händel é o que fez dessa obra-prima ser atemporal e inspiradora.

A obra O Messias somente conquistou ampla popularidade durante os últimos anos da vida do compositor, no final da década de 1750, todavia permanece como uma das obras musicais mais conhecidas do período barroco.

Wikipedia Commons
Tido como mestre barroco, sua maior obra musical tornou-se tema natalino

Quem foi George Händel ?

Händel desde muito cedo mostrou notável talento musical e, a despeito da oposição de seu pai, que o queria advogado, conseguiu receber treinamento qualificado na arte da música. 

A primeira parte de sua carreira foi passada em Hamburgo, como violinista e maestro da orquestra da ópera local. Posteriormente, viajou para a Itália, onde conheceu a fama pela primeira vez, estreando várias obras com grande sucesso e entrando em contato com músicos importantes. Em seguida foi indicado mestre-capela do Eleitor de Hanover, apesar de passar grande parte de seu tempo em Londres.

Na Inglaterra, seu chefe se tornou mais tarde rei como George I, para quem continuou compondo. Fixou-se definitivamente em Londres e ali desenvolveu a parte mais importante de sua carreira, como autor de óperas, oratórios e música instrumental. Quando adquiriu cidadania britânica, adotou uma versão anglicizada de seu nome, George Frideric Handel.

Tinha grande facilidade para compor e sua vasta produção compreende mais de 600 obras, muitas de grandes proporções, entre elas dezenas de óperas e oratórios em vários movimentos. Sua fama em vida foi enorme, tanto como compositor quanto como instrumentista, e, em mais de uma vez, foi chamado de "divino" pelos contemporâneos. 

Sua música se tornou conhecida em muitas partes do mundo, foi de especial importância para a formação da cultura musical britânica moderna. Hoje ele é considerado um dos grandes mestres do Barroco musical europeu.

 

Também nesta data:

1695 - Morre fabulista francês Jean de La Fontaine
1943 - Milhares de corpos de soldados poloneses são encontrados na floresta de Katyn

1961 - ONU condena apartheid sul-africano
1964 - Sidney Poitier é o primeiro ator negro a ganhar o Oscar de Melhor Ator
1975 - Eclode a Guerra Civil no Líbano 

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