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Política e Economia

Nelson Mandela e Fidel Castro: revoluções distintas, admiração mútua

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Em 2004, líder sul-africano agradeceu envio de médicos cubanos ao seu país

Dodô Calixto

2013-12-05T23:34:00.000Z

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Foram quase três décadas na prisão. Quando Nelson Mandela, enfim, conseguiu sua liberdade, uma das prioridades foi visitar outro revolucionário, só que da América Latina: Fidel Castro.  O encontro aconteceu em Havana, em 1991, quando o líder sul-africano fez questão de ressaltar sua admiração e respeito pelo cubano.

“Você ainda não veio para o nosso país. Quando virá?”, perguntou Madiba, em tom de brincadeira.

Agência Efe

Fidel e Mandela em 1998, na África do Sul


Quando Mandela desembarcou em Cuba nessa ocasião, os cubanos saíram às ruas, maciçamente, para receber o líder sul-africano. Alías, Madiba recebeu das mãos de Fidel o título de honra do estado cubano, que é considerada uma das maiores condecorações do país. "Se você perguntar para qualquer cubano quem Mandela é, ele provavelmente vai te colocar ele como um dos mais importantes homens da história da humanidade."



Em Cuba, se comemora no dia 18 de julho o "Dia Internacional de Nelson Mandela". A revolução cubana em 1959, dizem historiadores, foi inspiração para o jovem Mandela. Mais tarde, em 1970, quando o exército cubano treinou e deu suporte às Forças Armadas Populares de Libertação de Angola durante a guerra civil local, os revolucionários se aproximaram, estreitando laços - de admiração sobretudo -, que até o último dia do líder africano permaneceram intactos.

Em 1994, como primeiro presidente negro da história da África do Sul, Madiba recebeu Fidel e retribiu as gentilezas dos anos anteriores. "O que Fidel Castro fez por nós é difícil descrever em palavras", disse Mandela na cerimônia de posse. "Na luta contra o Apartheid, ele não hesitou em nos dar toda a ajuda necessária. Agora que estamos livres, temos muitos médicos cubanos trabalhando aqui no nosso país", disse, agora emocionado pela ajuda cubana.

Logo após a posse de Mandela em 1994, Cuba e África do Sul assinaram o primeiro tratado entre os países, estabelecendo formais relações diplomáticas. 

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Hoje na História

Hoje na História: 1742 – Estreia o famoso oratório 'O Messias', do compositor alemão Georg Händel

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Atualmente ligada às festividades natalinas, a monumental peça clássica deu grande fama ao músico

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2021-04-13T15:28:00.000Z

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Em 13 de abril de 1742, estreou em Dublin, na Irlanda, o mundialmente famoso oratório O Messias, do celebrado compositor Georg Friedrich Händel. A monumental obra do músico alemão, naturalizado cidadão britânico, conta com com 51 movimentos, divididos em três partes e mais de duas horas de duração.

A peça foi escrita em apenas 24 dias, evidenciando o gênio e o brilhantismo do músico. Entre seus admiradores, estava o próprio Ludwig van Beethoven, que dele dizia: "É o maior compositor que já conheci. Tiraria meu chapéu e me ajoelharia diante de sua sepultura”.

A execução do oratório O Messias de Händel na época do Natal é uma tradição tão arraigada quanto as árvores decoradas e a meia dependurada para receber os presentes. Nas igrejas e nas salas de concerto de todo o planeta, a mais famosa peça de música sacra é executada em toda a sua extensão ou resumidamente, com ou sem a participação da plateia, porém quase sempre e exclusivamente nas semanas que antecedem a celebração do Natal. 



Bíblia inspirou música de Natal

Entretanto, é surpreendente saber que o autor, ao compor O Messias, não teve a intenção de marcá-la como obra natalina.

A inspiração para compor O Messias foi provocada por um editor chamado Charles Jennens, devoto e cristão protestante profundamente preocupado com a crescente influência do deísmo e das linhas de pensamento nascidas com o Iluminismo, que ele e outros viam como antirreligiosas.

Servindo-se de fontes como a Bíblia do Rei James e o Livro de Orações Usuais, Jennens compilou e editou uma síntese concisa da doutrina cristã, das profecias do Antigo Testamento quanto à vinda do Messias através do nascimento, crucificação e ressurreição de Jesus Cristo e também da prometida Segunda Vinda e do Dia do Juízo Final.

Jennens levou seu libreto ao amigo Händel e lhe propôs que seu trabalho fosse a base de um oratório, com a expressa intenção de ser apresentado num local secular durante a semana que precedesse imediatamente à Páscoa.

"O Messias seria dirigida diretamente ao público que compareceria ao teatro em vez da igreja, durante a Semana Santa”, segundo a estudiosa do instituto Cambridge Händel, Ruth Smith, "para lembrá-lo de sua suposta fé e seu possível destino."

Esta didática missão pode ter inspirado Jennens a escrever o Messias, mas é de justiça dizer-se que a música transcendental de Händel é o que fez dessa obra-prima ser atemporal e inspiradora.

A obra O Messias somente conquistou ampla popularidade durante os últimos anos da vida do compositor, no final da década de 1750, todavia permanece como uma das obras musicais mais conhecidas do período barroco.

Wikipedia Commons
Tido como mestre barroco, sua maior obra musical tornou-se tema natalino

Quem foi George Händel ?

Händel desde muito cedo mostrou notável talento musical e, a despeito da oposição de seu pai, que o queria advogado, conseguiu receber treinamento qualificado na arte da música. 

A primeira parte de sua carreira foi passada em Hamburgo, como violinista e maestro da orquestra da ópera local. Posteriormente, viajou para a Itália, onde conheceu a fama pela primeira vez, estreando várias obras com grande sucesso e entrando em contato com músicos importantes. Em seguida foi indicado mestre-capela do Eleitor de Hanover, apesar de passar grande parte de seu tempo em Londres.

Na Inglaterra, seu chefe se tornou mais tarde rei como George I, para quem continuou compondo. Fixou-se definitivamente em Londres e ali desenvolveu a parte mais importante de sua carreira, como autor de óperas, oratórios e música instrumental. Quando adquiriu cidadania britânica, adotou uma versão anglicizada de seu nome, George Frideric Handel.

Tinha grande facilidade para compor e sua vasta produção compreende mais de 600 obras, muitas de grandes proporções, entre elas dezenas de óperas e oratórios em vários movimentos. Sua fama em vida foi enorme, tanto como compositor quanto como instrumentista, e, em mais de uma vez, foi chamado de "divino" pelos contemporâneos. 

Sua música se tornou conhecida em muitas partes do mundo, foi de especial importância para a formação da cultura musical britânica moderna. Hoje ele é considerado um dos grandes mestres do Barroco musical europeu.

 

Também nesta data:

1695 - Morre fabulista francês Jean de La Fontaine
1943 - Milhares de corpos de soldados poloneses são encontrados na floresta de Katyn

1961 - ONU condena apartheid sul-africano
1964 - Sidney Poitier é o primeiro ator negro a ganhar o Oscar de Melhor Ator
1975 - Eclode a Guerra Civil no Líbano 

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