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Política e Economia

De revolucionário a ícone da paz: imagem de Mandela se transformou ao longo das décadas

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Iconografia mostra como líder deixou de ser chamado de "terrorista" no Ocidente para se tornar unanimidade mundial

João Novaes

2013-12-07T20:10:00.000Z

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Carlos Andrade (Venezuela)
Nelson Mandela dedicou pelo menos sete décadas de sua vida à luta pela liberdade. A dedicação com que combateu a crueldade do regime do apartheid sul-africano e os 27 anos em que ficou preso despertaram comoção de boa parte do mundo. Após sua libertação, em 1990, e eleição como presidente (1994), conduziu uma política de reconciliação entre brancos e negros e a refundação da África do Sul, o que o tornou, posteriormente, um ícone da paz.

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Todos os países, em algum momento de sua história, sofreram com períodos de desigualdade, repressão e racismo. Não à toa, a forma como “Madiba” (como é popularmente conhecido na África do Sul) superou esses problemas em sua vida acabaram por sensibilizar multidões e líderes políticos para além das fronteiras da África do Sul até que ele se tornasse uma figura de admiração quase unânime ao fim dos anos 1980.

Foi quando começou a ocorrer uma transformação universal em torno de sua imagem. E muito dessa mudança pode ser explicada através da icononografia.

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Atualmente, sua imagem positiva perante a opinião pública internacional é quase inquestionável, só se comparando a outras duas unanimidades no século passado, não por acaso, dois pacifistas: Martin Luther King e Mahatma Gandhi.

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É comum para muitos que a imagem que venha à cabeça quando se pensa em Mandela seja muito semelhante às mesmas exibidas pelo Google no topo de sua página de busca de fotos quando simplesmente clicamos seu nome: um homem quase sempre sorridente, eventualmente de braço levantado cerrando o punho. Não é coincidência.

Veja abaixo algumas imagens do líder sul-africano na cultura, na mídia e na arte.

Assim como ocorreu com outros personagens históricos influentes, essa imagem alegre e serena ficou atrelada a conceitos e ideologias - nesse caso, o pacifismo e a luta pela igualdade racial. Efeito simbólico parecido, por exemplo, à icônica foto de Che Guevara tirada por Alberto Korda. Para milhões de admiradores do ativista argentino, aquele retrato simboliza a juventude e luta por um mundo melhor.

Esse lado "pacifista" de Mandela é referência em todos os continentes, nas mais variadas culturas. Pode ser encontrado em livros, revistas em quadrinhos, pôsteres, selos, sempre de maneira reverenciosa e, ao contrário de Che e de outros, inconteste.

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No entanto, é preciso lembrar que, antes de tudo, Mandela foi um revolucionário – totalmente influenciado pelo comunismo do pós-guerra. E não se encaixa como um pacifista - pois, apesar de ter tentado trilhar inicialmente o caminho da não violência inspirado por Gandhi no início dos anos de 1950, mudou de  ideia radicalmente cerca de dez anos depois, não vendo outra alternativa a não ser a resistência armada. Chegou a pedir ajuda militar clandestina à China; estudou e treinou táticas de guerrilha; organizou um braço armado de seu grupo político que realizava atos de sabotagem. Até os anos 1980, muitos grupos políticos conservadores, que hoje lhe prestam homenagens, o classificaram como “terrorista” durante décadas.

Reprodução

Topo da página de imagens do Google tirada em 7 de dezembro com o termo "Mandela": predominância do pacifista sereno e sorridente 

Resta saber se, após sua morte, a imagem do Mandela "pacifista", sorridente e conciliador, tantas vezes repetida na mídia e na cultura global e tão mais palatável ao mundo dos mercados, vai se sobrepor e colocar para escanteio o aliado de Fidel, Kadafi e Arafat e, para o incômodo de muitos, um homem disposto a morrer por uma causa.

Veja a íntegra do projeto "Mandela Poster Project Collective", que ilustra o fim da galeria,  aqui.

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Política e Economia

China mandará tropas para exercícios militares na Rússia

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Em nota, Ministério da Defesa de Pequim afirmou que atividade 'não está ligada à atual situação internacional e regional'

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-17T15:35:00.000Z

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O Ministério da Defesa de Pequim informou nesta quarta-feira (17/08), por meio de uma nota, que a China enviará tropas à Rússia para um ciclo de exercícios militares que também incluirá Belarus, Índia e Tajiquistão. No documento, país afirmou que a atividade "não está ligada à atual situação internacional e regional".

"O objetivo é aprofundar a cooperação prática e amigável com os exércitos dos países participantes, melhorar o nível de colaboração estratégica entre as partes e reforçar a capacidade de resposta a ameaças à segurança", diz o comunicado.

O anúncio chega após a escalada da tensão entre China e Estados Unidos,  causada pela visita da presidente da Câmara dos Representantes americana, Nancy Pelosi, a ilha de Taiwan.

A viagem de Pelosi desencadeou os maiores exercícios militares da história da China no Estreito de Taiwan, incluindo o lançamento de mísseis balísticos e um bloqueio aéreo e naval à ilha.

kremlin.ru
Ministério das Relações Exteriores da China também agradeceu ao presidente Vladimir Putin

As tropas chinesas participarão dos exercícios militares Vostok, marcados para 30 de agosto a 5 de setembro. As atividades serão comandadas pelo distrito militar oriental russo, que tem seu quartel-general em Khabarovsk, a poucos quilômetros da fronteira chinesa.

O Ministério das Relações Exteriores da China também agradeceu ao presidente Vladimir Putin por ter definido a visita de Pelosi a Taiwan como uma "provocação bem planejada" dos Estados Unidos. 

(*) Com Ansa.

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