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Política e Economia

Mais de cem mil saem às ruas na Coreia do Sul contra privatização da malha ferroviária

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Governo promove prisões de sindicalistas e ameaça multar trabalhadores que participem de paralisações

Redação

2013-12-29T12:50:00.000Z

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Cerca de cem mil pessoas participaram neste sábado (28/12) em Seul de uma manifestação contra a privatização da rede ferroviária e a repressão do governo contra os sindicalistas. As informações são do site esquerda.net e do jornal francês Le Monde.

O protesto foi promovido pela poderosa federação sindical KCTU. Uma paralisação parcial teve início em 9 de dezembro em razão de um anúncio do governo sobre a intenção de conceder a gestão de uma grande linha de trens de grande velocidade, que compreende Sueso-dong (ao sul de Seul) a Busan, principal vila portuária ao sudeste do país, à sociedade privada, e não à Korail, empresa pública ferroviária. Os sindicalistas acreditam que este é o primeiro passo para privatizar todo o setor. A própria Korail já foi alvo de dois estudos para privatização, em 2003 e 2009, impedidos pela intensiva ação dos sindicatos.

Agência Efe (22/12)

Polícia sul-coreana tenta invadir sede do principal sindicato do país; 148 sindicalistas foram presos 

A paralisação tem afetado as linhas de alta velocidade, bem como o metrô e o transporte de mercadorias. Os atrasos e cancelamentos de viagens têm sido uma constante e o serviço ferroviário tem funcionado a cerca de metade da sua capacidade nas últimas semanas.

O governo do premiê Chung Hong-won, que justificou o projeto  para “melhorar a competitividade da empresa” reagiu duramente à paralisação e deu início à perseguição dos sindicalistas. Cerca de 30 dirigentes foram acusados de desestabilizar a economia e são procurados pela polícia. A administração da Korail disse que irá penalizar 490 de seus  pedindo indenizações pelos prejuízos causados pela paralisação.

Depois das rusgas policiais às sedes do sindicato dos ferroviários, 600 policiais de choque tentaram, no último domingo (22), invadir a sede da KCTU com mandados de prisão, mas enfrentaram resistência dos sindicalistas, que conseguiram bloquear a entrada do edifício, mas não evitaram a prisão de 148 trabalhadores. Alguns deles conseguiram se refugiar em templos, onde a polícia raramente costuma entrar.
 


A oposição apela ao governo e à presidente Park Geun-Hye para que recuem no seu plano de desmembrar a empresa, tendo em vista sua privatização. Os trabalhadores afirmam que a luta irá continuar pelo menos até 25 de janeiro, data do primeiro aniversário da posse da presidente do país.

Flash-mobs

Para além da manifestação , muitos outros protestos foram realizados este sábado. O mais original terá sido o das flash-mobs em Seul, Gwangju, Daejeon and Daegu, onde centenas de pessoas, sobretudo jovens, se juntaram para cantar um hino revolucionário do musical "Os Miseráveis" (veja vídeo abaixo).



Advogados defensores dos direitos civis organizaram concentrações em prol da democracia sob o lema “Não há injustiça que vença a justiça” e grupos de estudantes em Seul, Daejeon, Changwon e Busan juntaram-se em tribunas livres para exporem as razões do descontentamento social que alastra no país, informa o portal Global Voices.

Além da tensão social causada pela greve dos ferroviários, a presidente do país também está envolvida em um escândalo sobre o envolvimento do serviço secreto a seu favor na campanha presidencial de 2012.
 

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Notas internacionais

Notas internacionais: eleições no Equador e no Peru - 12 de abril de 2021

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Equador e Peru foram às urnas eleger seus novos presidentes, com resultados que surpreenderam

Ana Prestes

Brasília (Brasil)
2021-04-12T22:11:48.000Z

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EQUADOR: No Equador, o candidato da direita, Guilherme Lasso, do movimento Criando Oportunidades (CREO), em aliança com o Partido Social Cristão (PSC), venceu o segundo turno das eleições presidenciais com 52,5% dos votos contra 47,50 de Arauz. Havia muita expectativa em torno da candidatura do economista Andrés Arauz, que pontuava na dianteira nas pesquisas durante quase todo o período de campanha do segundo turno que durou dois meses. Nos dias que antecederam o domingo eleitoral (11) as pesquisas já apontavam perda de fôlego de Arauz e subida de Lasso. De todo modo, as pesquisas de boca de urna davam vitória apertada para Arauz. A Cedatos chegou a dar 53,2% a 46,7%. 

Lasso é um homem de 65 anos, historicamente vinculado ao setor financeiro, em especial ao Banco de Guayaquil, tendo sido ministro da economia do governo de Jamil Mahuad (1998-2000). Esta é a terceira vez que ele concorre à presidência do Equador (2013, 2017, 2021). Nas eleições anteriores ele ficou em segundo lugar. Um dos fatores que impactou muito no resultado eleitoral foi o fracionamento do movimento indígena. A Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE) decidiu em seu conselho ampliado, no dia 10 de março, pelo voto nulo. No entanto, uma parte das nacionalidades amazônicas divergiram e foram acompanhadas do presidente da Conaie, Jaime Vargas, na declaração de apoio a Arauz. Vargas chegou a dizer em um encontro no dia 3 de abril, em Sucumbíos, que “suas propostas (de Arauz) têm o respaldo absoluto do movimento indígena”. No dia 4 de abril veio a reação do conselho dirigente da Conaie ao dizer que ia “impulsionar o voto nulo” e que “não cai em jogo eleitoral”. A apuração está apontando para um milhão e seiscentos mil votos nulos. O universo de votantes é de 13 milhões. (Com infos de resumenlatinoamericano.org)

PERU: O domingo também foi de eleições no Peru. Uma eleição que era extremamente imprevisível, com 18 candidatos concorrendo, teve um resultado de primeiro turno surpreendente. O candidato Pedro Castillo, professor e sindicalista, do Partido Político Nacional Peru Livre, obteve a maior votação, com 16%. Seguido de três candidatos com pouco mais de 10%: Hernando de Soto (Avança País), Keiko Fujimori (Força Popular), Jonhy Lescano (Ação Popular) e Rafael López Aliaga (Renovação Popular). Veronika Mendoza (Juntos por Peru) pontua com 8,8%. Aquele que apontou por um tempo como primeiro colocado nas pesquisas, o jogador de futebol George Forsyth (Vitória Nacional) está com 6,4%. Esses ainda são dados preliminares da Ipsos Perú para a América Televisión. 

Pedro Castillo tem 51 anos e ganhou notoriedade no país ao encabeçar uma prolongada greve nacional do magistério em 2017 e ao longo da campanha nunca pontuou entre os prováveis mais votados nas pesquisas. Uma de suas propostas é trocar a atual Constituição do país convocando uma Assembleia Constituinte. Ele se posicionou nas eleições contra o recorte de gênero no currículo escolar e disse que em um eventual governo seu não se legalizaria o aborto, o casamento homoafetivo e a eutanásia. Pautas polêmicas no país. Propõe ainda 10% do PIB para saúde e educação. As últimas pesquisas apontavam para uma liderança de Lescano. O segundo turno será em 6 de junho e o novo presidente assume em 28 de julho. Os peruanos também votaram ontem (11) para renovar o Congresso, que é unicameral e possui 130 cadeiras. A tendência é de que a votação para o parlamento tenha sido fragmentada e atomizada tal como a presidencial. O Peru vive uma crise institucional prolongada, sendo que dos dez presidentes que o país teve desde os anos 80, sete foram presos nos últimos anos envolvidos em escândalos de corrupção.

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