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Política e Economia

Protestos na Venezuela: web é usada para difundir imagens falsas ou descontextualizadas

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A partir da internet, saber o que de fato acontece nas ruas da capital e de outras cidades do país é impossível

Marina Terra

2014-02-17T09:00:00.000Z

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Em abril de 2002, a atuação dos principais veículos de comunicação privados na Venezuela foi decisiva para a derrubada – apesar de breve – de Hugo Chávez. Conforme depois o documentário A revolução não será televisionada demonstrou, a manipulação de imagens e informação armou o cenário e legitimou o golpe de Estado contra o presidente venezuelano, dentro e fora do país.

Leia também: Quem é Leopoldo López, acusado pelo chavismo de planejar atos de violência

Agora, em 2014, as recentes manifestações contra Nicolás Maduro, eleito após a morte de Chávez, ano passado, também teriam sido manipuladas somente por televisões e jornais, de acordo com denúncias do atual governo, mas igualmente na web – espaço que há 12 anos não tinha o mesmo potencial informativo e político.

Leia também: Diante de milhares, Maduro diz que não vai renunciar ao poder dado pelo povo

Na Venezuela, as redes sociais, com destaque para o Twitter, são amplamente usadas por ambos os lados, tanto que o próprio presidente e políticos da oposição o usam para fazer anúncios e se comunicar com seus seguidores. Desde quarta-feira (12/02), quando uma marcha opositora culminou em violência no centro de Caracas, diversas montagens e imagens falsas contra Maduro e o governo foram disseminadas, inclusive por jornalistas de redes como a CNN.

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A partir da internet, saber o que de fato acontecia nas ruas da capital e de outras cidades do país foi impossível. No entanto, logo, a origem real de algumas imagens que eram compartilhadas, mostrando repressão policial e demonstrações multitudinais de apoio à oposição, foram reveladas. Fotos de protestos no Chile, Egito, Tailândia e até Brasil foram usadas "como prova" de que a polícia venezuelana reprimia violentamente, enquanto imagens de atos pró-independência da Catalunha foram apresentadas como marchas oposicionistas em Caracas.

Veja alguns exemplos encontrados no Twitter:

Tida como venezuelana, a imagem abaixo foi feita em junho de 2013, no Brasil:


Nesta foto, guardas usando um felpudo chapéu de inverno na Caracas caribenha?


"Eu e você somos venezuelanos, amigo". Mas a frase deveria ter sido escrita em búlgaro:


Era pra ser da repressão na Venezuela, mas o site da Al Jazeera comprova a origem da imagem:


Nesta, a foto de um chavista ferido em abril do ano passado é usada por opositores:


Só não prestaram atenção à data:


Uma procissão religiosa foi retratada como protesto contra o governo:


Imagem de apoio à independência da Catalunha, na Espanha:

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Diplomacia

Javier Milei nomeia ‘rabino pessoal’ como embaixador da Argentina em Israel

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Shimon Axel Wahnish foi responsável por apresentar a Torá ao novo presidente argentino, que não é judeu; sem experiência diplomática, o religioso desembarcará no Oriente Médio em meio à intensa guerra israelo-palestina

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2023-12-11T22:10:00.000Z

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O presidente da Argentina, Javier Milei, nomeou seu “rabino pessoal”, Shimon Axel Wahnish, como o embaixador do país em Israel que desembarcará no Oriente Médio em meio à intensa guerra do Estado israelense contra o povo palestino.

No último domingo (10/12), dia da posse, Wahnish foi apresentado ao ministro das Relações Exteriores israelense, Eli Cohen, que também esteve presente no evento, em Buenos Aires.

À noite, durante a cerimônia inter-religiosa que aconteceu na Catedral Metropolitana, Wahnish confirmou a notícia ao entregar sua mensagem a Milei, diante de representantes de outras religiões. O rabino citou os Salmos. “A coragem humana consiste na capacidade de cair e levantar-se. E, como argentinos, sabemos disso. É preciso levantar e começar de novo”, afirmou.

O novo embaixador, sem experiência diplomática, foi o responsável por apresentar o estudo da Torá ao novo mandatário argentino e é membro reconhecido da comunidade judaico-marroquina no país sul-americano.

Milei não é judeu, mas estuda o livro sagrado do judaísmo desde 2021.

Twitter/Urgente24.com
Shimon Axel Wahnish, "rabino pessoal" de Milei, é o nomeado embaixador da Argentina em Israel

Após vencer as eleições presidenciais, no final de novembro, o presidente argentino visitou o túmulo de um rabino em um cemitério no bairro do Queens, em Nova York, em forma de “agradecimento” pelo triunfo. O local é onde estão enterrados os restos mortais do rabino de origem ucraniana Menachem Mendel Schneerson.

A embaixada da Argentina em Israel estava vaga desde que o ex-governador de Entre Ríos, Sergio Urribarri, foi condenado por corrupção e renunciou ao cargo em abril de 2022.. Agora Wahnish assumirá a função em um momento delicado em virtude da guerra de Israel contra o povo palestino.

Durante a campanha eleitoral, Milei havia anunciado planos para declarar o Hamas como uma "organização terrorista" e transferir a embaixada argentina para Jerusalém. No último debate realizado antes das eleições presidenciais, o novo mandatário havia também  manifestado “solidariedade com Israel e seu pleno direito de proteger seu território dos terroristas”.

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