O jornal norte-coreano Rodong Sinmun criticou nesta quarta-feira (05/03) a falsidade do discurso anti-bélico norte-americano que, "por um lado fala de paz, e por outro, desenvolve armas das mais mortíferas e letais", diz o editorial.

A publicação refere-se à implantação de um canhão de laser em navios de guerra com o objetivo de manter afastados e submeter os menos desenvolvidos diante de uma absoluta e incomparável superioridade militar e técnica.

"Washington costuma falar de paz e redução de armamentos, uma artimanha, assim qualifica o diário, para encobrir uma natureza agressiva e hostil, verificável na história de agressões norte-americanas em quase todo mundo. Se a Casa Branca continua por esse caminho, o mundo se submergirá no turbilhão da carreira armamentista e se complicará ainda mais o panorama internacional", reitera o Rodong Sinmun

De qualquer maneira, conclui o jornal, os fatos desbaratam os argumentos falsos de Washington, pois não ocultam esse espírito de promotor da guerra e de instigador dos conflitos que tornam inseguro o mundo.

O governo dos Estados Unidos respondeu nesta sexta-feira (16/04) à carta enviada na véspera pelo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. O principal representante da Casa Branca sobre questões ambientais saudou as promessas de luta contra o desmatamento ilegal da Amazônia até 2030, mas pediu que iniciativas com resultados concretos sejam implementadas imediatamente.

"O fato de o presidente Bolsonaro ter confirmado o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal é importante", disse o enviado especial de Joe Biden para a diplomacia climática, John Kerry. “Esperamos medidas imediatas e um diálogo com as populações indígenas e a sociedade civil para fazer com que esse anúncio se traduza em resultados concretos”, insistiu o representante de Washington em uma postagem nas redes sociais.

Na quinta-feira (15/04), a Presidência brasileira divulgou uma carta de sete páginas, antes da cúpula dos Chefes de Estado sobre a mudança climática que acontecerá em 22 de abril, na qual Bolsonaro diz estar disposto a trabalhar para cumprir as metas ambientais do país no Acordo de Paris e, para isso, pede recursos da comunidade internacional. "Queremos reafirmar nesse ato (...) o nosso inequívoco compromisso em eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030", dizia a texto.

O cacique Raoni, internacionalmente conhecido pela sua luta em defesa da preservação da Amazônia, chegou a reagir publicamente à carta de Brasília pediu ao presidente dos Estados Unidos para ignorar a promessa de Bolsonaro.

"Ele tem dito muitas mentiras", disse o líder indígena no vídeo divulgado pelo Instituto Raoni nesta sexta-feira. "Se este presidente ruim falar alguma coisa para o senhor, ignore-o (...). Ele [Bolsonaro] está querendo liberar o desmatamento nas nossas florestas, incentivando invasões nas nossas terras", acrescentou.