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Política e Economia

Mujica aceita receber no Uruguai prisioneiros de Guantánamo a pedido de Obama

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Cinco detentos da prisão militar dos EUA serão transferidos ao país sul-americano, segundo imprensa uruguaia

Redação

2014-03-20T15:05:00.000Z

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Os Estados Unidos pediram a colaboração do governo uruguaio de José Mujica para que o país sul-americano receba cinco presos atualmente sob custódia na prisão de Guantánamo. Após consultas, o mandatário uruguaio aceitou colaborar com o presidente Barack Obama, que, em sua corrida à Casa Branca em 2008, tinha como uma de suas principais bandeiras políticas o fechamaento da polêmica penitenciária militar.

Leia: Maconha será cultivada 'em segurança' em terrenos das Forças Armadas, diz Mujica

WikiCommons

Após negociação entre Mujica e Obama, cinco detidos de Guantánamo serão transferidos por pelo menos dois anos ao Uruguai

Segundo a petição de Washington, difundida na imprensa uruguaia pela revista Búsqueda, os detidos permaneceriam no Uruguai por pelo menos dois anos. "Obama expressou, durante as última semanas a seu colega uruguaio José Mujica por meio de emissários, a vontade do governo de Washington de que o Uruguai seja um dos países a receber prisioneiros de Guantánamo", escreve a publicação, sem dar mais detalhes.

Leia também: Documentos: EUA usam vigilância digital da NSA para ordenar ataques com drones

A negociação teve a presença do secretário de Estado norte-americano, John Kerry. O chanceler conversou por telefone com Mujica para agradecer a colaboração de Montevidéu e confirmar que Obama o receberá na Casa Branca em uma visita presidencial ainda neste semestre.

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Em sua última visita a Cuba, na 2ª Cúpula da Celac (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos), Mujica confabulou com o presidente cubano, Raúl Castro, para informá-lo das intenções da Casa Branca. Segundo a publicação Búsqueda, houve consenso entre os dois chefes de Estado em apoiar o pedido de Obama.

Leia também: Mujica quer que cidadãos do Mercosul possam ter residência permanente no Uruguai

Carlos Latuff

Pesquisa indica que médicos violaram código de ética ao participar de torturas em Guantánamo

Tem sido mais frequente nos últimos meses a transferência de prisioneiros de Guantánamo. Dois sauditas, dois sudaneses e dois argelinos (estes, a contragosto) retornaram a seus países de origem. Ainda permanecem na prisão da baía de Guantánamo, território na ilha de Cuba sob controle norte-americano, 155 detentos na base militar criada por George W. Bush como consequência dos atentados de 11 de setembro de 2001.

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Política e Economia

Em 1º discurso após posse, Petro promete reforma na política contra as drogas na Colômbia

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Ao lado da espada de Simón Bolívar, novo presidente colombiano disse que a política antidrogas 'fracassou profundamente', afirmando que a 'paz é possível' no país

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-07T22:35:00.000Z

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Ao som ovacionado das milhares de pessoas reunidas na Praça Bolívar, em Bogotá, Gustavo Petro realizou seu primeiro discurso neste domingo (07/08) como novo presidente da Colômbia. Petro reafirmou o compromisso de uma reforma na política contra as drogas no país.

"A política contra as drogas fracassou profundamente. A guerra fortaleceu a máfia e debilitou Estados, levando-os a cometerem crimes e evaporou o horizonte da democracia. Chegou o momento de mudar a política antidrogas no mundo para que seja a vida ajudada e não a morte", disse.

Durante seu discurso, Petro pediu que a espada de Simón Bolívar fosse deixada no palco, ao seu lado. Para ele, o objeto significa "toda uma vida, uma existência" que o auxiliou no processo que culminou em sua eleição à Presidência.

Petro disse não querer que a espada esteja "enterrada", que ela seja a "espada do povo". "Chegar aqui implica recorrer uma vida, uma vida imensa que nunca é sozinha. Aqui estão todas a mulheres colombianas que lutam para superar o machismo e construir uma política do amor. As mãos humildes dos operários, dos campesinos, o coração dos trabalhadores que me apoiam sempre quando me sinto débil", declarou.

Segundo o novo mandatário, os colombianos, "muitas vezes", foram "condenados ao impossível e a falta de oportunidades". No entanto, Petro declarou a "todos que estão me escutando" que, agora, "começa nossa segunda oportunidade". 

"Nós ganhamos, vocês ganharam. O esforço de vocês valeu a pena. Agora é hora de mudança, nosso futuro não está escrito e podemos escrever juntos e em paz. Hoje começa a Colômbia do impossível", disse durante a posse, declarando que sua eleição é uma história contra aqueles que não acreditavam, "daqueles que nunca queriam soltar o poder. Porém o fizemos".

Redistribuição de riqueza

Petro afirmou que a "igualdade será possível" na Colômbia, para que a desigualdade e a pobreza não "sejam naturalizadas", já que, segundo o novo presidente, o país é uma das "sociedades mais desiguais em todo o mundo", afirmando ser necessário mudar este paradigma "se queremos ser uma nação e viver em paz". 

Reprodução/ @FranciaMarquezM
Petro e Márquez tomaram posse neste domingo como o primeiro governo de esquerda na Colômbia

"Vamos ser uma Colômbia mais igualitária e com mais oportunidades a todos. A igualdade é possível se formos capazes de gerar riqueza e capazes de distribuí-la. Para isso, é necessário uma reforma tributaria que gere justiça", afirmou durante o discurso.

O presidente reafirmou que seguirá os Acordos de Paz, assinados em 2016, e também as resoluções da Comissão da Verdade em relação à violência no país. Ele declarou que é preciso terminar "para sempre" com os conflitos armados, convocando "todos as pessoas armadas para buscar um caminho que permita a convivência, não importando os conflitos que existam".

"Encontrar soluções através da busca por mais democracia para terminar a violência. Convocamos todos os armados a deixarem as armas, aceitar jurisdições pela paz, a não repetição definitiva da violência, para que a paz seja possível. Precisamos dialogar, nos entender e buscar os caminhos comuns e produzir mudanças. A paz é possível", afirmou.

Posse de Petro

Petro tomou posse neste domingo em uma cerimônia na Praça Bolívar, em Bogotá. Aos 62 anos, ele é o primeiro mandatário de esquerda a assumir o poder na história do país.

O presidente do Senado colombiano, Roy Barreras, foi o encarregado de ler o juramento a Petro, que fala em "cumprir fielmente a Constituição e as leis" do país. Na sequência, a senadora María José Pizarro, filha de Carlos Pizarro assassinado em 1990 e que foi companheiro do agora presidente na guerrilha Movimento 19 de Abril (M-19), entregou a faixa presidencial ao novo chefe de Estado.

Também na posse, a vice-presidente eleita Francia Márquez realizou juramento, que foi lido pelo agora mandatário da Colômbia.

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