O Brasil preside a Conferência dos Doadores por um Novo Futuro do Haiti, que começou hoje (31) na sede da ONU, em Nova York, e tem como objetivo levantar 3,8 bilhões de dólares para a reconstrução do país, devastado pelo terremoto do dia 12 de janeiro.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, já anunciou que os EUA doarão 1,15 bilhão de dólares. O Banco Mundial também anunciou uma nova ajuda de 250 milhões de dólares, dentro de um pacote total de 479 milhões de dólares ao longo de 14 meses, incluindo o cancelamento da dívida externa haitiana.
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O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, anunciou que o Brasil vai doar 172 milhões de dólares para a recuperação, prevista para ser concluída em 10 anos. O montante inclui 9,45 milhões de dólares para projetos de saúde, 40 milhões de dólares pelo programa Brasil-Unasul e uma bolsa de 15 milhões de dólares em auxílio direto ao governo haitiano. O Brasil já havia investido 167 milhões de dólares em assistência emergencial no país, e, desde o terremoto, a FAB (Força Aérea Brasileira) operou mais de 130 voos entre os dois países para levar mais de mil toneladas em alimentos, água e remédios.
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A conferência foi convocada pela ONU e pelos Estados Unidos, ao lado de Canadá, França, Espanha e representantes da União Europeia. A reunião conta com a presença de representantes de 138 países, entre eles o presidente haitiano, René Préval, e de órgãos como Banco Mundial e o FMI (Fundo Monetário Internacional).
O evento marca a segunda fase da operação de auxílio ao Haiti. O país foi devastado após o tremor de 7.0 na escala Richter que deixou mais de 200 mil mortos. A primeira fase, de assistência emergencial, conseguiu arrecadar 1,2 bilhão de dólares e, desse valor, boa parte já foi repassada.
Pela manhã, o primeiro-ministro haitiano, Jean-Max Bellerive, apresentou o plano de ação para a recuperação e desenvolvimento do Haiti. Também foram expostos relatórios dos setores públicos, privados, não-governamentais e multilaterais. Com a documentação, a comunidade internacional – inclusive o Brasil – vai anunciar com quanto deve contribuir.
Segundo a BBC, a ONU e os EUA esperam que os doadores ofereçam “recursos significativos”.
Durante a tarde, Amorim se reúne com a alta representante da União Europeia para Relações Exteriores, Catherine Ashton, e com chanceleres do Japão, Katsuya Okaka, e do Canadá, Lawrence Cannon.
Gestão
Ao anunciar a doação, Hillary afirmou que os 1,15 bilhão de dólares serão destinados ao plano do governo haitiano nas áreas de agricultura, energia, saúde, segurança e governabilidade.
Já o coordenador de ajuda humanitária da ONU, John Holmes, disse que é um consenso que “bilhões de dólares em ajuda não resolveram os problemas do Haiti no passado”, e para que isso faça efeito, é necessário fortalecer as instituições do governo haitiano.
*Com agências internacionais
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