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Política e Economia

Saiba como sete países regulamentam meios de comunicação

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"No mundo inteiro há regulação, mas no Brasil tentam interditar o debate", afirma Franklin Martins na Aula Pública Opera Mundi

Dodô Calixto

2014-04-14T21:00:00.000Z

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O primeiro programa da segunda temporada da Aula Pública Opera Mundi discute a regulamentação da mídia. Conheça sete países - incluindo o Brasil - e suas respectivas leis e marcos regulatórios para radiodifusão:

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FRANÇA - A regulamentação de TV e rádio é feita pelo CSA (Conselho Superior do Audiovisual). Nenhum grupo de mídia pode controlar mais de 30% da imprensa diária. A CSA exige pluralismo de opiniões e diversidade cultural e pode punir com multas quem não seguir o marco regulatório. Qualquer incitação de discriminação, ódio ou violência é considerada crime.

Na Aula Pública Opera Mundi, Franklin Martins critica grupos de comunicação: "querem interditar o debate"

REINO UNIDO - Ofcom (Agência de Comunicação, na sigla em inglês) regulamenta o setor de radiodifusão, trabalhando na proteção de jovens, padrões para exibição de cenas ofensivas, proibição de incitação a crime ou violência, imparcialidade e respeito às religiões. O mercado é influenciado pela estatal BBC, que controla a audiência de forma estratégica a fim de promover igualitariamente as emissoras e democratizar a informação.

EUA - A regulamentação é feita pela FCC (Comissão Federal de Comunicações, na sigla em inglês), órgão do governo constituído por comissões parlamentares. Há um amplo conjunto de normas para exibição de cenas “indecentes” e exigência de programas educativos para crianças. A FCC regulamenta o cumprimento de leis e outorga de concessões. No entanto, não influencia ou intervém no conteúdo das emissoras. Mercado e opinião pública, segundo o governo, regulam automaticamente o conteúdo.

Clique aqui e assista à primeira temporada da Aula Pública Opera Mundi

MÉXICO - Cofetel (Comissão Federal de Telecomunicações) regulamenta rádios e TVs. Concessões para TVs e rádios podem chegar a 20 anos. Um dos países com maior concentração dos meios de comunicação do mundo, o México tem 62% dos mais de 800 canais em propriedade da Televisa ou da TV Azteca. Juntas, elas detêm 90% da audiência.

PORTUGAL - Criou em 2005 a ERC (Entidade Reguladora para Comunicação Social), que regulamenta, além da radiodifusão, jornais impressos, blogs e sites independentes. Com modelo estratégico, assegura isenção e transparência no conteúdo, pluralismo cultural e diversidade de expressão. Além disso, ajuda na elaboração de políticas públicas para o setor, concedendo e fiscalizando concessões de rádio e televisão, telefonia e telecomunicações.

ITÁLIA - Grupos RAI (estatal) e Mediaset (que pertence ao ex-primeiro ministro Silvio Berlusconi) concentram 76% da audiência. Berlusconi aprovou leis que aumentaram a concentração, dificultando a pluralidade da mídia. Embora a legislação garanta o direito de livre competição, o alto nível de concentração dos meios de comunicação dificulta que outras emissoras consigam alcance nacional.

BRASIL - A lei que regula a radiodifusão, o Código Brasileiro de Telecomunicações, data de 1962. Todo serviço de radiodifusão, para ser executado, precisa ser outorgado pelo Ministério das Comunicações e depois autorizado a fazer uso do espectro radioelétrico pela Agência Nacional de Telecomunicações. Para Franklin Martins, a mídia brasileira intimida quem tenta trabalhar na regulamentação dos meios de comunicação.



(*) Com informações da Revista Samuel n° 5

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Meio Ambiente

Desmatamento na Amazônia Legal é o maior em 15 anos, aponta Imazon

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De agosto de 2021 a julho de 2022 foi destruída uma área equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-17T22:12:00.000Z

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Nos últimos 12 meses, a Amazônia Legal teve o maior índice de desmatamento em 15 anos. De agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 quilômetros quadrados de floresta, o equivalente a sete vezes a cidade de São Paulo e 3% a mais do que nos 12 meses diretamente anteriores. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (17/08), são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

É a segunda vez consecutiva em que o desmatamento na região ultrapassa os 10 mil quilômetros quadrados no período. Somadas, as áreas destruídas nos últimos dois calendários (ou seja, de agosto a julho) chegaram a 21.257 quilômetros quadrados, quase o tamanho do estado do Sergipe.

Ao analisar apenas o desmatamento em 2022, o índice de destruição é ainda maior. No período de janeiro a julho, a área de floresta perdida cresceu 7% em relação a 2021, passando de 6.109 quilômetros quadrados para 6.528 quilômetros quadrados. Isso significa que, somente em 2022, a região já teve destruída uma área de aproximadamente cinco vezes a cidade do Rio de Janeiro. E esse também foi o maior desmatamento para o período dos últimos 15 anos.

"O aumento do desmatamento ameaça diretamente a vida dos povos e comunidades tradicionais e a manutenção da biodiversidade na Amazônia. Além de contribuir para a maior emissão de carbono em um período de crise climática. Relatórios da ONU já alertaram que, se não reduzirmos as emissões, fenômenos extremos como ondas de calor, secas e tempestades ficarão ainda mais frequentes e intensos. Isso causará graves perdas tanto no campo, gerando prejuízos para o agronegócio, quanto para as cidades", alerta Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.

Pará no topo do ranking de desmatamento

Levando em conta o desmatamento ocorrido nos últimos 12 meses, 36% ocorreu apenas na região conhecida como Amacro, onde se concentram 32 municípios na divisa entre Amazonas, Acre e Rondônia. Nessa área, há um processo de expansão do agronegócio, que derrubou quase 4 mil quilômetros de florestas entre agosto de 2021 e julho de 2022. A destruição na Amacro também atingiu o maior patamar dos últimos 15 anos para o período, com alta de 29%.

O Pará é o estado que mais desmata na Amazônia Legal. Nos últimos 12 meses, foram derrubados 3.858 quilômetros quadrados de floresta -  36% do destruído na Amazônia. A segunda maior área desmatada no período foi registrada no Amazonas: 2.738 km² (25%).

O que é a Amazônia Legal

A Amazônia Legal é um conceito criado ainda na década de 1950 para promover uma agenda de desenvolvimento para a região. Sua delimitação não é baseada exclusivamente na vegetação, mas inclui conceitos geopolíticos. Por isso que, além da Floresta Amazônica, há uma parte de Cerrado e do Pantanal em seu mapa.2:42

Segundo dados atualizados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a região tem uma área de 5,2 milhões de km², o que corresponde a 59% do território brasileiro. Ela engloba os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima,Tocantins e parte do Maranhão, onde vivem atualmente cerca de 28 milhões de habitantes.

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