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Política e Economia

Justiça colombiana condena 4 militares por morte de civis no caso dos falsos positivos

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Policiais responderam por homicídio, desaparecimento forçado e falsidade ideológica em documento público

Redação

2014-04-14T22:28:00.000Z

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Quatro policiais foram condenados, na Colômbia, a mais de 38 anos de prisão pela morte, tortura e desaparecimento de sete pessoas, entre elas uma garota de seis anos. A decisão foi proferida na última terça-feira (08/04) pelo Juizado Penal do Circuito Especializado de Santa Marta, e divulgada nesta segunda (14/04) por jornais colombianos.

O fato se insere no caso dos chamados “falsos positivos”, escândalo revelado em 2008 e que consiste na prática, por parte do exército, de execuções de civis para fazê-los passar por guerrilheiros mortos em combate.

Aula Pública Opera Mundi: No Brasil, tentam demonizar regulamentação da mídia, diz Franklin Martins 

O primeiro sargento, Harold Cuarán, foi condenado a 40 anos de prisão e os soldados Hernesto Murillo Fontalvo, Carlos Díaz Valdés e Giovani Quintero, do Batalhão Córdoba de Santa Marta, a 38 anos cada um pelos crimes de “homicídio de pessoa protegida, desaparecimento forçado, concerto para delinquir agravado e falsidade ideológica em documento público”.

O crime

Entre fevereiro e março de 2006, paramilitares do Bloco Norte sequestraram onze pessoas na zona rural de Magdalena, sendo cinco homens, quatro mulheres e uma menina de seis anos, como relata a decisão proferida no dia 8. A 11ª pessoa segue desaparecida. Os civis foram torturados, e quatro deles assassinados, incluindo a garota.

De acordo com o relato, o grupo armado entregou os seis sequestrados vivos e os corpos dos que foram assassinados para o exército. Tempos depois, os que haviam sobrevivido ao sequestro teriam sido mortos pelos militares, que registraram o fato como "morte durante combate". As investigações começaram em agosto de 2006, mas o julgamento só teve início em 2012. A sentença foi possível porque alguns paramilitares que participaram dos atos denunciaram o envolvimento de membros do exército.

A prática dos “falsos positivos” foi adotada pelos militares para aumentar o número de supostos mortos em batalha contra os membros das guerrilhas que atuam no país.

Em todo o país, estima-se que haja 1.989 casos relacionados com os “falsos positivos”. Mas a maior parte dos militares envolvidos não foi julgada. De acordo com um relatório da ONU de 2010, há “um padrão de execuções extrajudiciais” e a impunidade abarca 98,5% dos casos na Colômbia.

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Sociedade

Número de vítimas de pedofilia dentro da Igreja pode chegar a 10 mil na França

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Em parceria com o Ministério da Justiça, uma linha telefônica foi colocada à disposição em 2019 para receber testemunhos de vítimas de todo o país

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2021-03-02T22:41:00.000Z

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Desde 1950, 10.000 crianças e adolescentes podem ter sido vítimas de violências sexuais cometidas por membros da Igreja Católica na França. Essa é a estimativa do presidente da comissão independente que investiga a pedofilia dentro da maior instituição religiosa no país. 

A comissão foi criada em 2018 pelo episcopado francês e institutos religiosos após diversos escândalos no país. Em parceria com o Ministério da Justiça, uma linha telefônica foi colocada à disposição em 2019 para receber testemunhos de vítimas de todo o país. A estimativa foi feita a partir dos relatos recolhidos.

O número de crianças e adolescentes sexualmente abusados, no entanto, ainda pode mudar. “Nossa campanha está pedindo testemunhos, certamente não reuniu a totalidade [de vítimas]”, afirmou o presidente da comissão Jean-Marc Sauvé nesta terça-feira (02/03). “A grande pergunta neste momento é qual o percentual de vítimas que atingimos. 25%? 10%? 5%?”, completou.

O presidente da comissão não informou quantos são os possíveis agressores envolvidos. Segundo ele, no entanto, "em várias instituições católicas ou comunidades religiosas, tem havido um verdadeiro sistema de abuso, mas esta situação representa uma minoria muito pequena dos casos de que ouvimos falar".

Pxhere
Cerca de 10.000 possíveis vítimas de pedofilia cometida por membros da Igreja Católica na França foram identificadas desde 1950

O relatório final com recomendações de práticas de combate à pedofilia na Igreja deve ser divulgado em setembro. 

Responsabilidade pelo passado

Em fevereiro, a Conferência de Bispos da França reuniu 120 representantes ao longo de três dias para discutir a responsabilidade nos casos de pedofilia do passado. A discussão terminou sem nenhuma decisão prática.

"Nós concordamos todos que, no passado, houve falhas na gestão das coisas, sem falar dos crimes cometidos", afirmou o Monsenhor Luc Ravel. "Mas ainda estamos divididos sobre a noção de responsabilidade coletiva em relação ao passado. Alguns acreditam que é preciso solidariedade em relação às gerações precedentes", disse na ocasião da conferência.

Os 120 bispos devem se encontrar novamente no final deste mês para votar um dispositivo de reconhecimento do sofrimento vivido pelas vítimas que, se aprovado, pode prever medidas financeiras, criação de monumentos e políticas de prevenção à pedofilia.

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