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Política e Economia

Ucrânia perdeu Crimeia por lentidão de governo interino, diz ex-premiê da península

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Para Serhiy Kunitsyn, recuperação do território agora controlado pela Rússia só será possível após o fim do governo Putin

Vitor Sion

2014-04-27T09:00:00.000Z

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Atulizada às 21h26

Representante do governo interino da Ucrânia na Crimeia na época do referendo que definiu a anexação do território à Rússia, Serhiy Kunitsyn é uma das pessoas quem mais tem a dizer sobre a situação política da península.

Ao assumir o cargo quase duas semanas antes da consulta separatista de 16 de março, Kunitsyn falou que o objetivo de seu trabalho era dialogar com todas as partes. Deixou o poder dias após o referendo com o argumento de que “o poder estava sem poder” na Crimeia.

Na entrevista que concedeu a Opera Mundi em Kiev, o político argumentou que foi indicado tarde demais para evitar que a Ucrânia perdesse o controle sobre a Crimeia e que todas as decisões relacionadas ao referendo foram tomadas na Rússia.

“Erros foram cometidos, nós [governo interino da Ucrânia] agimos lentamente e sem resultados. Se tivessem me convocado quatro dias antes, poderíamos, quando ocuparam o Parlamento da Crimeia, acionar as tropas que existiam em números adequados para que isso não se agravasse”, lamentou.

Ex-premiê da República Autônoma da Crimeia por duas vezes, entre maio de 1998 e julho de 2001 e de 2002 a 2005, o político defende que Estados Unidos e Europa aumentem as sanções contra Moscou, como deve ser implementado nesta semana. 

 

De acordo com Kunitsyn, “levará anos” para que a Ucrânia tente recuperar a península, ao menos até o final do governo de Vladimir Putin.

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“Conheço Putin pessoalmente e conheço seu trabalho, sei que agora, neste exato momento, isso não será possível. Penso que isso será possível somente quando, em primeiro lugar, houver uma mudança no governo russo, tendo como vencedora uma força mais democrática, e, em segundo, se caso acontecer do território ucraniano entrar na União Europeia e o nível de vida se tornar bem melhor do que na Crimeia. Somente aí podemos colocar essa pergunta novamente.”  

O político da Crimeia está atualmente no partido UDAR, do boxeador Vitaly Klitschko, que apoia o candidato Petro Poroshenko nas eleições presidenciais de 25 de maio. Rico empresário do setor de confeitaria e dono do canal de notícias de maior audiência na Ucrânia, Poroshenko divide o favoritismo no pleito com a ex-premiê do país Yulia Timoshenko, do partido Fatherland.

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Os dois principais postulantes à Presidência defendem uma aproximação com a União Europeia, algo raro na política do país, que costuma ter eleições contrapondo as influências ocidental e russa.

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Política e Economia

Argentina promulga lei que regula cannabis medicinal e cânhamo industrial

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'Um triunfo da sociedade contra a hipocrisia', assegurou o presidente Alberto Fernández sobre a nova legislação

Fernanda Paixão

Brasil de Fato Brasil de Fato

Buenos Aires (Argentina)
2022-05-27T21:20:00.000Z

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Nesta sexta-feira (27/05), o governo argentino promulgou oficialmente a lei 27.669 que regulariza a cannabis medicinal e o cânhamo industrial no país, conforme publicado no Boletim Oficial. A nova legislação estabelece a criação da Agência Reguladora da Indústria do Cânhamo e da Cannabis Medicinal (Ariccame) e será responsável por "regulamentar, controlar e emitir as autorizações administrativas com respeito ao uso de sementes da planta de cannabis, da cannabis e seus produtos derivados".

A Lei do Marco Regulatório para o Desenvolvimento da Indústria da Cannabis Medicinal e o Cânhamo Industrial também prevê a criação do Conselho Federal para o Desenvolvimento da Indústria do Cânhamo e Cannabis Medicinal, que contará com um representante do governo nacional e um por cada província do país. O já existente Instituto Nacional de Sementes (Inase) ditará as normas complementares.

"Este é um passo para o acesso ao direito à saúde", alegou o presidente Alberto Fernández durante o ato de promulgação da lei na última terça-feira (24/05) na Casa Rosada, sede do governo argentino. "Começamos a escutar as mães que, com a cannabis, faziam com que seus filhos pudessem ter uma vida melhor. Começamos a prestar atenção e hoje estamos ganhando uma batalha contra a hipocrisia", disse o mandatário.

"Por trás dessa lei, há uma indústria que produz, que dá trabalho, que trará dólares mas que, fundamentalmente, cure", agregou o presidente.

Também presente na cerimônia, o ministro de Ciência e Tecnologia, Daniel Filmus, ressaltou que a lei representa uma alternativa produtiva, e estima que levará à criação de pelo menos 10 mil postos de trabalho em três anos.

Twitter/Alberto Fernández
'Este é um passo para o acesso ao direito à saúde', alegou o presidente Alberto Fernández

Luta das mães contra o tabu da cannabis

O projeto de lei foi aprovado no dia 5 de maio na Câmara dos Deputados, com 155 votos a favor e apenas 56 contra. O projeto define um marco legal para o investimento público e privado em toda a cadeia da cannabis medicinal e do cânhamo industrial.

A conquista de uma lei para regularizar o uso medicinal da maconha foi resultado da luta de mães cujos filhos padecem alguma doença tratável com cannabis. Diante do tabu e da penalização sobre o cultivo e o uso da maconha, essas mães conformaram uma rede de troca de conhecimentos e produtos para o tratamento de seus filhos. A organização Mamá Cultiva esteve na linha de frente dessa militância.

O cânhamo, apesar de altamente estratégico industrialmente, também padece do tabu por ser também uma planta da família Cannabis. Neste caso, consiste em uma variedade da planta, a espécie Cannabis ruderalis, cujas fibras possuem alto valor industrial, sendo matéria-prima sustentável para a produção têxtil, como algodão, de alimentos, remédios, produtos de beleza e óleos.

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