Depois de seis meses de protestos em todo o país, a Ucrânia escolhe neste domingo (25/05) o presidente que será incumbido de tentar garantir a unidade territorial do país. Além da anexação da Crimeia à Rússia, cidades das regiões sul e leste realizaram em maio referendos por mais autonomia e reivindicam a criação de repúblicas autônomas.
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Entre os candidatos, a principal alteração no perfil dos favoritos em relação a pleitos anteriores é que ambos são favoráveis a um alinhamento com a União Europeia. O magnata ucraniano Petro Poroshenko, conhecido como o “rei do chocolate” por ser dono de uma indústria de doces e bombons, e a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko (do partido Batkivshina).
De acordo com uma das últimas pesquisas, Poroshenko receberia 54,7% dos votos, seguido de Tymoshenko, que teria 10% do total, sem conseguir nem mesmo forçar um segundo turno.
O empresário se negou a participar de debates na televisão, tanto com Tymoshenko, como com os demais candidatos, mas declarou que aceitará esse formato caso não ganhe hoje.
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O terceiro colocado nas pesquisas é o banqueiro Sergei Tiguipko, ex-assessor eleitoral de Yanukovich, ex-chefe do Banco Central da Ucrânia e militante do Partido das Regiões, do presidente deposto Viktor Yanukovich – embora não o candidato oficial da agremiação.
Com Mikhail Dobkin, o candidato oficial do PR, mal nas pesquisas, Tiguipko assumiu o papel de candidato do sudeste russófono do país, onde duas regiões limítrofes com a Rússia (Donetsk e Lugansk) se sublevaram, declararam independência e boicotam a eleição.