O secretário-geral do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), Alfredo Pérez de Rubalcaba, anunciou nesta segunda-feira (26/05) que deixará o comando do grupo de centro-esquerda após os resultados decepcionantes do partido nas eleições para o Parlamento Europeu, celebradas no último domingo. O PSOE adiantará o congresso que decidirá o nome do próximo secretário-geral para os dias 19 e 20 de julho e Rubalcaba afirmou que não participará do pleito interno.
“O que eu faço é assumir a responsabilidade política dos maus resultados e esta decisão foi absolutamente minha”, afirmou o líder do partido. Na votação de domingo, o PSOE conseguiu eleger apenas 14 deputados, de um total de 54 cadeiras. Este foi o pior resultado do partido em eleições europeias.
Agência Efe
Rubalcaba seguirá liderando a oposição ao governo Rajoy até as eleições internas de seu partido
O PP (Partido Popular) do atual presidente de governo, Mariano Rajoy, foi o vencedor do pleito com 16 deputados, oito a menos que em relação às eleições de 2009. Grande parte do eleitorado, insatisfeito com a política de cortes orçamentários, migrou o seu voto para partidos menores, principalmente de esquerda, como o Esquerda Unida e o recém-criado Podemos (6 e 5 deputados, respectivamente).
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Internamente, Rubalcaba era criticado por não conseguir levar o partido a recuperar os votos dos cidadãos descontentes com o rumo político do país adotado pelo PP. O atual secretário-geral é considerado pouco popular e sem carisma por alguns de seus oponentes dentro do PSOE.
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Até a realização do congresso extraordinário, Rubalcaba seguirá no seu atual cargo, liderando a oposição ao governo Rajoy. Depois, o político afirma que ainda não decidiu se seguirá na vida política.
Quatro nomes apontam como fortes candidatos a vencer o pleito socialista de julho: a catalã Carme Chacón (ex-ministra da Defesa no governo Zapatero e rival de Rubalcaba nos últimos comícios do PSOE), Eduardo Madina (dos socialistas bascos), Patxi López (ex-presidente do País Basco) e atual presidente da Andalucía, Susana Díaz.