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Política e Economia

Irã destinará ajuda humanitária ao Iraque e descarta envio de tropas

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Teerã afirmou que “povo iraquiano é capaz de resolver seus próprios problemas” e negou acordo com os EUA

Prensa Latina

2014-06-21T22:51:00.000Z

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O Crescente Vermelho (equivalente à Cruz Vermelha) do Irã confirmou neste sábado (21/06) o envio de ajuda humanitária ao Iraque para pessoas deslocadas pela ofensiva islamista, enquanto autoridades militares descartaram enviar tropas a esse país.

Agência Efe

Cidadãos iraquianos residentes no Irã participam de manifestação contra a ofensiva do exército iraquiano contra jihaidistas

A assistência, com um volume total de 50 toneladas, consiste em cinco mil cobertores, 20 toneladas de arroz, 15 de açúcar e 10 mil de alimentos enlatados, precisou o chefe da Organização de Sociedades de Ajuda e Resgate do Crescente Vermelho iraniana, Pir-Hossein Loulivand.

Leia também: Iraque, em chamas, sacudirá o Oriente Médio?

Loulivand explicou que a ajuda tem como destino comunidades onde se concentram iraquianos deslocados de suas cidades a procura de lugares seguros longínquos dos contínuos assaltos s de milícias terroristas do Estado Islâmico de Iraque e do Levante (EIIL).

Por seu lado, o chefe de Estado Maior das Forças Armadas do Irã, maior general Hassan Firouzabadi, foi categórico em assinalar que a república islâmica não destinará tropas para combater no Iraque contra os "takfiristas" (termo em árabe para aludir aos fundamentalistas sunitas).

Leia também: Três anos após ter deixado Iraque, EUA enviam 300 consultores militares ao país

Firouzabadi comentou a jornalistas que uma fatwa (édito religioso muçulmano) emitida pelo Grande Ayatolah iraquiano Alí Al-Sistani chamou aos fiéis xiitas a alistar-se para combater junto ao Exército e as forças de segurança de seu país contra os extremistas sunnitas.

A respeito, afirmou que o povo iraquiano é capaz de resolver por meios próprios seus problemas, e isso faz desnecessário – apontou— o envio de tropas para lutar ao lado de Bagdá, ainda que sem desestimar qualquer possível cooperação dentro do marco internacional.

Acordo com os EUA

O chefe do Estado Maior negou a existência de um suposto acordo entre o Irã e os Estados Unidos para combater ao DAESH, nome em árabe do EIIL, em Iraq. "Essa cooperação nunca ocorrerá e não há razão para isso", enfatizou.

Assim mesmo, o presidente do Majlis (parlamento persa), Alí Larijani, responsabilizou os Estados Unidos e o Ocidente pela atual instabilidade no Iraque e o resto da região do Oriente Médio, porque em sua opinião "não são honestos em sua luta contra o terrorismo".

Segundo Larijani, Washington e seus aliados ocidentais, inclusive países árabes, tomam uma posição tática e de dupla moral em várias ocasiões, e alertou que a propagação da anarquia na zona é o "resultado de políticas hipócritas de Ocidente sobre o terrorismo".

Recordou ainda a invasão militar norte-americana ao Iraque em março de 2003 e estimou que, longe de libertar e levar a democracia para o país, a intenção das potências aliadas era “dominar o golfo Pérsico rico em petróleo”.

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Política e Economia

Guaidó é acusado de pedir desbloqueio de US$ 53 milhões aos EUA para governo paralelo

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Valor seria 'orçamento anual' do gabinete do líder opositor, denuncia Jorge Rodríguez, presidente do Poder Legislativo

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

Caracas (Venezuela)
2021-04-13T22:50:00.000Z

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O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, denunciou nesta terça-feira (13/04) que o ex-deputado Juan Guaidó pode desbloquear US$ 53, 2 milhões (cerca de R$265 milhões) nos Estados Unidos para manter a estrutura do governo paralelo. 

Segundo Rodríguez, Guaidó e seus aliados enviaram um orçamento anual ao Escritório de Controle de Bens Estrangeiros (OFAC - sigla em inglês), unidade do Departamento do Tesouro, que libera os dólares diretamente das contas venezuelanas em bancos nos EUA.

O montante seria dividido entre o gabinete da presidência de Guaidó, os seus escritórios de Assuntos Exteriores, deputados da antiga Assembleia Nacional, que seriam parte do seu “Conselho Administrativo”, e o canal TV Capitólio, responsável por cobrir atividades da oposição.

Somente para gastos pessoais do ex-deputado Juan Guaidó teriam sido indicados US$ 2 milhões. Os repasses atingem membros dos quatro maiores partidos da oposição, chamado G4: Vontade Popular, Primeiro Justiça, Ação Democrática e Um Novo Tempo.

Com base em gravações telefônicas do ex-deputado Sergio Vergara, assessor de Guaidó, a AN pode ter acesso aos detalhes do esquema de desvio de dinheiro público venezuelano.

Vergara foi um dos assessores de Guaidó que assinou o contrato com a empresa militar Silverscorp para colocar em prática a Operação Gedeón – tentativa de invasão paramilitar de maio de 2020.

Desde 2019, a Casa Branca reconhece o opositor Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela, deixando sob sua responsabilidade o gerenciamento dos ativos públicos venezuelanos nos Estados Unidos, incluindo a maior empresa pública da Venezuela no exterior: Citgo Petroleum, filial da Pdvsa. 

A Citgo é avaliada em US$ 7 bilhões e tem uma capacidade de refino de 759 mil barris de petróleo anualmente.  Entre 2015 e 2017, teve um lucro de cerca de US$ 2,5 bilhões (R$ 10 bilhões). No esquema revelado por Jorge Rodríguez, a diretoria da Citgo teria acesso a US$ 1,15 milhão do orçamento.

Presidente da AN apresentou detalhes do esquema de desvio do dinheiro público venezuelano por parte da oposição aliada a Guaidó

O valor depositado nas contas dos opositores deveria servir para pagar gastos com transporte, alimentação, segurança e seus salários, como assessores políticos nomeados pelo autoproclamado Guaidó. 

"Esse dinheiro tem servido para comprar suas mansões em Miami. Roubar é a única atividade na qual Guaidó teve êxito", declarou o presidente do Legislativo.  

Neste ano, a OFAC solicitou ao setor guaidosista recortar o "orçamento" e este seria o motivo da reunião liderada por Vergara, que detalhou o passo a passo do repasse do dinheiro no exterior à oposição.   

Em resposta ao pedido do Departamento do Tesouro, Guaidó teria encerrado o programa "Heróis da Saúde", criado em 2020, para oferecer um bônus de US$ 100 como recompensa aos profissionais que trabalham no combate à pandemia na Venezuela. 

"Eles se roubam entre eles mesmos", acusa Rodríguez e aponta que, neste momento, há uma disputa dentro da oposição venezuelana entre Juan Guaidó e Leopoldo López, do partido Vontade Popular, contra Júlio Borges (Primeiro Justiça) e Henry Ramos Allup (Ação Democrática), para liderar o bloco opositor de extrema-direita e ter prioridade no acesso aos recursos financeiros. 

A Venezuela denuncia que possui US$ 7 bilhões bloqueados em entidades bancárias nos Estados Unidos e na União Europeia.

O governo venezuelano denuncia que Guaidó não cumpre com acordos assinados no ano passado para o desbloqueio de parte do dinheiro público que seria destinado para um fundo de combate à pandemia, gerenciado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Na última semana, Guaidó conseguiu sacar cerca de US$ 30 milhões (aproximadamente R$ 150 milhões) dos fundos depositados em Londres para cobrir gastos pessoais, mas se negou a liberar as reservas de ouro venezuelano retidas no Banco da Inglaterra.

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