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Política e Economia

Israel decide intensificar ataques a Gaza e convoca 40 mil reservistas; mais de 10 palestinos foram mortos

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Tel Aviv afirmou que Exército deve estar preparado para uma “longa e dura” campanha; Palestina pede que comunidade internacional "intervenha”

Redação

2014-07-08T13:29:00.000Z

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*Atualizada às 15h59

O governo de Israel autorizou nesta terça-feira (08/07) que o Exército convoque 40 mil reservistas para o caso de uma operação terrestre na Faixa de Gaza, informou a imprensa israelense. Na última grande ofensiva israelense na região, em novembro de 2012, 30 mil reservistas foram chamados. Israel iniciou nesta segunda-feira uma ofensiva aérea contra a Gaza, em operação chamada de "Margem Protetora".
 
Publicación by ‎سامي ستوم‎.



Os intensos bombardeios realizados pelo Exercito israelense contra Gaza nesta terça-feira deixaram pelo menos 16 mortos -- 12 civis, incluindo cinco crianças -- e mais de 50 feridos. Desde a noite de ontem, Israel realizou 120 ataques com aviões de combate e destruiu quatro casas que supostamente seriam de familiares de integrantes do Hamas. Apenas no ataque aéreo realizado contra um veículo civil em Gaza quatro palestinos morreram. As informações foram fornecidas pelo ministério de Saúde local.

Ainda hoje, um míssil lançado pelo braço armado da Jihad Islâmica foi interceptado pelo exército israelense sobre a cidade de Tel Aviv. 

Durante uma reunião de segurança, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Exército deve estar preparado para uma “longa e dura” campanha militar na Faixa de Gaza. "Que esteja preparado para tudo. A ofensiva terrestre está sobre a mesa", disse um oficial não identificado ao jornal israelense Ha'aretz.

Leia também: Aviação israelense ataca três alvos do Hamas no sul de Gaza

De acordo com a publicação, Netanyahu entrará em contato ainda hoje com diversos líderes internacionais para explicar os objetivos e motivos da operação "Vantagem Protetora” lançada ontem à noite.

Agência Efe

Veículo civil destruído em Gaza matou quatro pessoas hoje

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, pediu que o governo israelense “detenha imediatamente a escalada de ataques sobre Gaza”. Em um comunicado, Abbas pediu que a comunidade internacional "intervenha de maneira imediata para pôr fim a esta perigosa escalada bélica que só pode levar a região para mais instabilidade e destruição".

A Agência palestina Wafa revelou que Abbas iniciou "consultas urgentes" com líderes árabes e de outros países para tentar pressionar o governo de Israel a mudar sua postura.

Estados Unidos

Em carta publicada hoje no jornal Haaretz, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu contenção a ambas as partes. "Neste momento perigoso, todas as partes devem proteger os inocentes e atuar com sensatez e contenção, não com vingança e ações de castigo", escreveu.

A carta, escrita antes do dia 30 de junho, menciona as recentes mortes de jovens israelenses e palestinos. O presidente diz que como pai, pode imaginar a dor dos progenitores dos três jovens israelenses assassinados, e tem o "coração partido" pelo assassinato do adolescente palestino, ato realizado possivelmente como vingança.

Agência Efe

Garota observa casa da família Al Abadlla destruída após ataque do Exército israelense no sul de Gaza

O mandatário ressalta o compromisso dos Estados Unidos com Israel ae afirma que "as crianças palestinas têm esperanças e sonhos para seu futuro e merecem viver com a dignidade que só vem com um estado próprio".

Sobre o presidente palestino, comenta, que "em Abbas, Israel tem um interlocutor comprometido com a solução de dois Estados e a cooperação em matéria de segurança". Obama também afirma que "estará ali, preparado para fazer parte" para o caso que as partes adotem um compromisso político para retomar a negociação encerrada sem êxito após nove meses de diálogo. 

Crise

Esta é a crise mais grave na região desde 2012. Fontes de Segurança informaram à agência Efe que desde ontem à noite, Israel realizou 120 ataques com aviões de combate em Gaza, deixando 50 feridos. De acordo com o Exército israelense, 86 foguetes foram lançados a partir de Gaza, dos quais 16 caíram nas últimas horas.

O braço armado do Hamas, as "Brigadas Izadim al Qasem", disseram ter lançado pelo menos 60 foguetes hoje. As brigadas al-Nasser Salah al-Deen, braço armado do Comitê de Resistência Popular disseram ser responsáveis pelo lançamento de 17 foguetes, como informou a Wafa.

Somente nesta segunda-feira (07/06), ataques a realizados contra a Palestina mataram nove pessoas, majoritariamente do Hamas. Fontes médicas afirmaram à agência AFP que sete crianças e duas mulheres estão entre os feridos, dois em situação considerada grave.

Além disso, advogados palestinos denunciam que mais de 60 pessoas foram presas pela polícia de Israel em Jerusalém durante a noite.

Agência Efe

Israel realiza ofensiva militar, "Margem protetora", em resposta aos foguetes lançados por palestinos

Antecedentes

A situação se agravou na região após o sequestro e morte de três adolescentes israelenses. Durante as buscas realizadas na Cisjordânia ocupada, seis palestinos morreram e 560 foram detidos. Embora não tenha assumido a autoria do sequestro, o Hamas é apontado por Tel Aviv como responsável pelas mortes. Netanyahu chegou a afirmar que o “Hamas é o responsável e o Hamas irá pagar” e que a “vingança pelo sangue de crianças, Satanás ainda não criou”.

Como ato de vingança pela morte dos garotos, um jovem palestino de 17 anos foi brutalmente assassinado há quatro dias em uma área próxima a Jerusalém. O Hamas garantiu que “se [Israel] lançar uma escalada ou uma guerra abrirá sobre si mesmo as portas do inferno”.

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Hoje na História

Hoje na História - 1940: britânicos efetuam a Retirada de Dunquerque

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Soldados britânicos foram fuzilados por tropas nazistas; dos 99 soldados do regimento, apenas dois sobreviveram

Max Altman

2022-05-27T15:26:00.000Z

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Em 27 de maio de 1940, unidades da divisão das SS nazistas, cuja efígie era uma caveira, combatiam tropas inglesas a cerca de 80 quilômetros do porto de Dunquerque, no norte francês, enquanto a força expedicionária britânica prosseguia em sua tentativa desesperada de evacuar a França, inscrita na história da Segunda Guerra Mundial como a Retirada de Dunquerque.

Depois de ter mantido à distância uma companhia da SS até gastar totalmente a sua munição, 99 soldados do Regimento Real de Norfolk foram até uma casa de campo no vilarejo de Paradis, a apenas 80 quilômetros do porto de Dunquerque. Navios estavam ali ancorados aguardando que tropas da força expedicionária britânica subissem a bordo e os levassem de volta à Inglaterra.

Esses soldados tinham estado combatendo, em sua guerra defensiva, contra os invasores germânicos. Concordando em se render, o regimento inglês cercado começou a sair enfileirado da casa de campo, agitando com uma bandeira branca amarrada na baioneta. Viram-se diante das metralhadoras dos soldados alemães e agitaram novamente a bandeira de rendição.

O regimento britânico recebeu então ordens de um oficial germânico que falava inglês para se deslocar a campo aberto onde foram revistados e despojados de tudo que carregavam desde as máscaras anti-gás até cigarros. Foram levados em ordem unida até um fosso diante do qual estavam posicionadas metralhadores.

Chega então a fatídica ordem do comandante nazista: “Fogo!”. Os soldados britânicos que sobreviveram às rajadas de metralhadoras receberam como golpe de misericórdia ou espetadas de baionetas ou simplesmente um tiro de revólver diretamente na cabeça.

Wikicommons
Dos 99 membros do regimento, apenas dois sobreviveram, ambos soldados-rasos: Albert Pooley e William O'Callaghan

Dos 99 membros do regimento, apenas dois sobreviveram, ambos soldados-rasos: Albert Pooley e William O'Callaghan. Permaneceram, fingindo-se de mortos, entre os seus camaradas trucidados, até a noite. Então, em meio a uma tempestade, arrastaram-se até uma casa de campo, onde seus ferimentos foram pensados.

Sem ter para onde ir, renderam-se de novo aos alemães que os fizeram prisioneiros de guerra. A perna de Pooley estava tão terrivelmente ferida que ele foi repatriado para a Inglaterra em abril de 1943 em troca de alguns soldados germânicos feridos. No retorno ao Reino Unido, ninguém queria acreditar em sua história. 

Somente quando O'Callaghan também regressou a casa é que foi feita uma investigação formal. Finalmente, após o término da guerra, um tribunal militar britânico em Hamburgo localizou o oficial nazista quem dera a ordem de fogo, capitão Fritz Knochlein. Capturado, foi julgado e condenado por grave crime de guerra, sendo executado na forca.

(*) A série Hoje na História foi concebida e escrita pelo advogado e jornalista Max Altman, falecido em 2016.

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