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Política e Economia

Mujica diz que não aceitaria Nobel da Paz caso fosse premiado

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De acordo com o presidente do Uruguai, ele não poderia ou deveria "aceitar prêmios pela paz nas condições deste mundo", que é "uma loucura"

Redação

2014-08-25T19:05:00.000Z

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U.S. Department of Agriculture (USDA)
Frequentemente apontado como candidato ao Nobel da Paz, o presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, afirmou em entrevista ao jornal espanhol El Mundo que não aceitaria a premiação, caso fosse escolhido.

["Serei sempre militante social e político", disse Mujica]

Segundo ele, “eu não posso nem devo aceitar prêmios pela paz nas condições deste mundo (...) O de hoje é uma loucura”.

Para Mujica, que está no fim de seu mandato – a eleição presidencial uruguaia acontece em 26 de outubro –, os tempos da Guerra Fria eram mais organizados que “o desastre que temos hoje”.

Atualmente, ressaltou, existe hoje uma “Guerra Quente” e lembrou os conflitos na Ucrânia, Líbia, Iraque, Síria, Palestina e no continente africano.

Falando sobre a situação ucraniana, o presidente uruguaio disse que os líderes europeus deveriam entender as mensagens elementares da geopolítica: "nunca peça ou exija o que não te podem dar e é uma provocação à velha Rússia em sua própria porta”.

Sobre o conflito em Gaza, Mujica apelou à comunidade internacional para que, “em vez de construir muros”, seja “mais inteligente e permita que capacetes azuis (da ONU) [atuem nos territórios palestinos] e terminem com o inferno da guerra”, sugeriu. “Essa espiral de uns atirando foguetes e outros bombas não cria nada mais que ódio. Os Estados Unidos poderiam ser um pouco mais imperialistas, enviar soldados e mandar parar. Esse seria um imperialismo bom”.

O chefe de Estado uruguaio foi questionado sobre a atual situação na Venezuela, que passa por problemas econômicos. Para ele, se trata de “um país riquíssimo” e esse seria o maior problema. “O petróleo é como uma maldição. Existe uma brecha agrícola enorme de importação de alimentos. O custo interno de energia é incrível, mas, apesar de tudo isso, há possibilidades graças aos venezuelanos”, acrescentou.

Em seguida, ele criticou as intervenções externas no governo de Nicolás Maduro. "Não temos direitos de nos meter nas coisas da Venezuela. Sempre me perguntam: o que você pensa da Venezuela e de Cuba? Mas, porque não me perguntam sobre a China? Porque é uma potência económica muito importante. Há uma grande tolerância com a China, mas não com Venezuela e Cuba”, lamentou.

Ainda falando sobre o atual momento global, Mujica opinou sobre as lideranças existentes no mundo hoje. “Serei sempre militante social e político até que me levem ao caixão e meus ossos não respondam mais. Não faço isso como uma carga, mas por necessidade”. 

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Política e Economia

Alemanha reduz imposto sobre o gás em meio a alta dos preços

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Scholz afirma que imposto sobre valor agregado cairá temporariamente de 19% para 7% a fim de 'desafogar consumidores'. Governo alemão estava sob pressão após anunciar uma sobretaxa ao consumo de gás durante o inverno

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-18T22:00:00.000Z

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O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou nesta quinta-feira (18/08) que o governo vai reduzir temporariamente o imposto sobre valor agregado (IVA) do gás, de 19% para 7%, a fim de "desafogar os consumidores" em meio a alta dos preços.

Em coletiva de imprensa, o líder alemão disse esperar que as empresas de energia repassem a economia possibilitada pela medida de maneira proporcional aos consumidores, que usam o gás, por exemplo, para aquecer suas casas em meses mais frios.

A medida deve entrar em vigor em outubro e durar ao menos até o fim do ano que vem. A ideia é diminuir o peso de uma sobretaxa ao uso de gás anunciada pelo governo alemão no início desta semana.

Essa sobretaxa, que também entrará em vigor em outubro para residências e empresas alemãs, foi fixada em 2,4 centavos de euros por quilowatt-hora de gás utilizado durante o inverno europeu.

O anúncio levou a indústria e políticos da oposição a pressionarem o governo alemão a tomar alguma medida para suavizar o aumento dos preços.

"Com essa iniciativa, vamos desafogar os consumidores num nível muito maior do que o fardo que a sobretaxa vai criar", afirmou Scholz.

Inicialmente, o governo alemão havia dito que esperava amenizar o golpe da sobretaxa ao gás tornando somente ela isenta do IVA. Mas, para isso, Berlim precisaria do aval da União Europeia (UE), que não aprovou a ideia.

Por outro lado, o que o governo de Scholz poderia fazer sem precisar consultar Bruxelas é alterar a taxa do IVA sobre o gás em geral. E foi o que ele fez.

O gás é o meio mais popular de aquecimento de residências na Alemanha, sendo usado em quase metade dos domicílios do país.

Alemanha corre para encher reservatórios

Além de planos para diminuir o uso de energia, a Alemanha também segue tentando encher suas reservas de gás natural liquefeito antes do início do inverno.

O vice-chanceler federal e ministro da Economia e da Proteção Climática, Robert Habeck, anunciou recentemente um plano para preencher os reservatórios com 95% da capacidade até 1º de novembro.

No momento do anúncio, as reservas estavam em 65% do total e, no fim de semana passado, chegaram a 75%, duas semanas antes do previsto.

Julian Stratenschulte/dpa/picture alliance
Redução no imposto sobre o gás ocorreu após pressão da indústria e de políticos da oposição

Ainda assim, o chefe da agência federal alemã responsável por diferentes redes, como redes de trens e de gás, disse nesta quinta-feira que tem dúvidas sobre o alcance da meta.

"Não acredito que vamos atingir nossas próximas metas de reserva tão rapidamente quanto as primeiras. Em todas as projeções ficamos abaixo de uma média de 95% até 1º de novembro. A chance de isso acontecer é baixa porque alguns locais de armazenamento começaram num nível muito baixo", disse Klaus Müller ao site de notícias t-online.

Ele também alertou que os consumidores provavelmente terão que se acostumar com as pressões no mercado de gás de médio ou longo prazo.

"Não se trata de apenas um inverno, mas de pelo menos dois. E o segundo inverno [a partir do final de 2023] pode ser ainda mais difícil. Temos que economizar muito gás por pelo menos mais um ano. Para ser bem direto: serão pelo menos dois invernos de muito estresse", afirmou Müller.

Plano de contingência

Em 26 de julho, a União Europeia aprovou um plano de redução do consumo de gás, com o objetivo de armazenar o combustível para ser usado durante o inverno e diminuir a dependência da Rússia no setor energético. O plano de contingência entrou em vigor no início de agosto.

Na Alemanha, o governo segue analisando maneiras de limitar o consumo de energia, antevendo a situação para o próximo inverno.

Prédios públicos, com exceção de hospitais, por exemplo, serão aquecidos somente a 19 ºC durante os meses frios. Além disso, diversas cidades na Alemanha passaram a reduzir a iluminação noturna de monumentos históricos e prédios públicos.

Em Berlim, cerca de 200 edifícios e marcos históricos, incluindo o prédio da prefeitura, a Ópera Estatal, a Coluna da Vitória e o Palácio de Charlottenburg, começaram a passar por um processo de desligamento gradual de seus holofotes no final de julho, em um processo que levaria quatro semanas.

Hannover, no norte do país, também anunciou seu plano para reduzir o consumo de energia em 15% e se tornou a primeira grande cidade europeia a desligar a água quente em prédios públicos, o que inclui oferecer apenas chuveiros frios em piscinas e centros esportivos.

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