A organização Occupy Central, uma das idealizadoras das mobilizações de Hong Kong, anunciou neste domingo (05/10) que deixará os acampamentos montados no bairro de Mong Kok e nos arredores do edifício do governo local, para concentrar seus esforços no distrito de Admiralty, o epicentro dos protestos.
O grupo fez o anúncio na internet depois que o Executivo se mostrou disposto a dialogar sobre a reforma democrática da ex-colônia britânica com os estudantes, se os manifestantes desbloqueassem algumas ruas e permitissem que a cidade voltasse à normalidade na segunda-feira, com a abertura de todas as escolas e o retorno de toda a população ao trabalho.
Agência Efe
Polícia tem tido posição contraditória, reprimindo protestos alguns dias e sendo conivente em outros
Apesar da decisão do Occupy Central, muitos manifestantes continuam se reunindo nesses locais para protestar, o que evidenciou as divisões entre os manifestantes.
“Não temos líderes, é um movimento das pessoas”, comentou para a Agência Efe Harry, um professor de 26 anos.
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“Este movimento é dos estudantes, o Occupy Central se aproveitou de nossa coragem para torná-lo seu e não precisamos deles”, afirmou Ruby Lan, um publicitário de Hong Kong que deu as costas para um dos fundadores do Occupy Central, Benny Tai, quando este apareceu em Admiralty na grande concentração de ontem à noite.
Hoje é um dia-chave para as manifestações e de especial tensão, com a ameaça do governo de utilizar “todas as medidas possíveis” para restabelecer a ordem nas ruas para amanhã.
(*) com Agência Efe