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Política e Economia

Fidel elogia editorial do jornal 'The New York Times' que pede fim de embargo a Cuba

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Líder da Revolução Cubana comenta "grande habilidade" de artigo que sugere a Obama mudança de política econômica dos EUA em relação à ilha

Redação

2014-10-14T21:11:00.000Z

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O líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, elogiou na noite de segunda-feira (13/10) um artigo assinado pelo núcleo editorial do The New York Times e publicado no último fim de semana, intitulado “Hora de acabar com o embargo a Cuba”.

Em carta divulgada pelo jornal oficial Granma, Fidel argumenta que o artigo do NYT apresenta uma conotação muito diferente do que se divulgava há 40 anos. "O artigo está escrito, como se pode apreciar, com grande habilidade, buscando o maior benefício para a política norte-americana na complexa situação em que os problemas políticos, econômicos, financeiros e comerciais aumentam", observa o líder.

Wikicommons

Fidel Castro em 2005 - líder comenta embargo dos EUA contra comércio com Cuba, cuja lei é datada de 1917


Intitulada “O que não poderá esquecer nunca”, a carta de Fidel relembra o "corajoso correspondente de guerra" do mesmo veículo, Herbert Mathews (1900-1977), que o entrevistou durante as lutas da guerrilha em Sierra Maestra, em 1957. O líder ainda cita em aspas excertos do editorial do NYT que considera “componentes essenciais”, como:

"O presidente Obama deve se sentir angustiado quando contempla o triste estado das relações bilaterais que seu governo tentou reparar. Seria sensato que o líder norte-americano refletisse seriamente sobre Cuba, pois uma mudança de política poderia ser uma grande vitória para o seu governo”.

"Washington poderia fazer mais para apoiar as empresas norte-americanas interessadas em desenvolver o setor das telecomunicações em Cuba. Poucos se atreveram por medo de possíveis implicações jurídicas e políticas”.

"O nível e a envergadura do relacionamento [entre os dois países] poderiam crescer significativamente, dando a Washington mais ferramentas para apoiar as reformas democráticas. É factível que irá ajudar a frear uma nova onda imigratória de cubanos desesperados que estão viajando para os Estados Unidos em jangadas”.

Histórico dos embargos

Em setembro passado, Obama anunciou a decisão de prorrogar o embargo comercial contra Cuba por mais um ano. Autoridades norte-americanas alegam a medida sob a justificativa de que se trata de um “interesse nacional dos Estados Unidos".

Embora a prorrogação da legislação tenha caráter rotineiro, diversas organizações criticam o embargo por não acreditar que seja uma medida eficaz para acabar com a liderança dos irmãos Castro na ilha. A comunidade internacional também se opõe à medida. Em 2013, a Assembleia Geral da ONU pediu pela 22ª vez que o embargo, iniciado em 1962, fosse interrompido. 



Relembre especial de Opera Mundi sobre embargo cubano:

Cuba acelera ajustes para combinar socialismo e mercado
Bloqueio dos EUA causou prejuízo superior a US$ 1 trilhão, diz Cuba
Colapso da União Soviética reduziu economia cubana em 34%
Primeiro ciclo de reformas econômicas em Cuba começou nos anos 1990
Transformações na agricultura são laboratório para reformas em Cuba
Alto nível de escolaridade afasta trabalhadores cubanos do campo

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Notas internacionais

Notas internacionais: eleições no Equador e no Peru - 12 de abril de 2021

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Equador e Peru foram às urnas eleger seus novos presidentes, com resultados que surpreenderam

Ana Prestes

Brasília (Brasil)
2021-04-12T22:11:48.000Z

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EQUADOR: No Equador, o candidato da direita, Guilherme Lasso, do movimento Criando Oportunidades (CREO), em aliança com o Partido Social Cristão (PSC), venceu o segundo turno das eleições presidenciais com 52,5% dos votos contra 47,50 de Arauz. Havia muita expectativa em torno da candidatura do economista Andrés Arauz, que pontuava na dianteira nas pesquisas durante quase todo o período de campanha do segundo turno que durou dois meses. Nos dias que antecederam o domingo eleitoral (11) as pesquisas já apontavam perda de fôlego de Arauz e subida de Lasso. De todo modo, as pesquisas de boca de urna davam vitória apertada para Arauz. A Cedatos chegou a dar 53,2% a 46,7%. 

Lasso é um homem de 65 anos, historicamente vinculado ao setor financeiro, em especial ao Banco de Guayaquil, tendo sido ministro da economia do governo de Jamil Mahuad (1998-2000). Esta é a terceira vez que ele concorre à presidência do Equador (2013, 2017, 2021). Nas eleições anteriores ele ficou em segundo lugar. Um dos fatores que impactou muito no resultado eleitoral foi o fracionamento do movimento indígena. A Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE) decidiu em seu conselho ampliado, no dia 10 de março, pelo voto nulo. No entanto, uma parte das nacionalidades amazônicas divergiram e foram acompanhadas do presidente da Conaie, Jaime Vargas, na declaração de apoio a Arauz. Vargas chegou a dizer em um encontro no dia 3 de abril, em Sucumbíos, que “suas propostas (de Arauz) têm o respaldo absoluto do movimento indígena”. No dia 4 de abril veio a reação do conselho dirigente da Conaie ao dizer que ia “impulsionar o voto nulo” e que “não cai em jogo eleitoral”. A apuração está apontando para um milhão e seiscentos mil votos nulos. O universo de votantes é de 13 milhões. (Com infos de resumenlatinoamericano.org)

PERU: O domingo também foi de eleições no Peru. Uma eleição que era extremamente imprevisível, com 18 candidatos concorrendo, teve um resultado de primeiro turno surpreendente. O candidato Pedro Castillo, professor e sindicalista, do Partido Político Nacional Peru Livre, obteve a maior votação, com 16%. Seguido de três candidatos com pouco mais de 10%: Hernando de Soto (Avança País), Keiko Fujimori (Força Popular), Jonhy Lescano (Ação Popular) e Rafael López Aliaga (Renovação Popular). Veronika Mendoza (Juntos por Peru) pontua com 8,8%. Aquele que apontou por um tempo como primeiro colocado nas pesquisas, o jogador de futebol George Forsyth (Vitória Nacional) está com 6,4%. Esses ainda são dados preliminares da Ipsos Perú para a América Televisión. 

Pedro Castillo tem 51 anos e ganhou notoriedade no país ao encabeçar uma prolongada greve nacional do magistério em 2017 e ao longo da campanha nunca pontuou entre os prováveis mais votados nas pesquisas. Uma de suas propostas é trocar a atual Constituição do país convocando uma Assembleia Constituinte. Ele se posicionou nas eleições contra o recorte de gênero no currículo escolar e disse que em um eventual governo seu não se legalizaria o aborto, o casamento homoafetivo e a eutanásia. Pautas polêmicas no país. Propõe ainda 10% do PIB para saúde e educação. As últimas pesquisas apontavam para uma liderança de Lescano. O segundo turno será em 6 de junho e o novo presidente assume em 28 de julho. Os peruanos também votaram ontem (11) para renovar o Congresso, que é unicameral e possui 130 cadeiras. A tendência é de que a votação para o parlamento tenha sido fragmentada e atomizada tal como a presidencial. O Peru vive uma crise institucional prolongada, sendo que dos dez presidentes que o país teve desde os anos 80, sete foram presos nos últimos anos envolvidos em escândalos de corrupção.

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