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Política e Economia

'Capitalismo criou ser humano adequado ao consumo', diz filósofa sobre burguesia

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Ester Vaisman, organizadora de 'Lukács: Estética e Ontologia', diz que manipulação do capital atravessa relações humanas, apoiando conservadorismo

Dodô Calixto e Rodolfo Machado

2014-10-30T15:11:00.000Z

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O ano de 1848 marca, na Europa, a emergência de um novo sujeito histórico: a classe trabalhadora. A partir daí, o pensamento da direita, enraizado no capital, entra em declínio, no que é considerada a decadência ideológica burguesa. Essa é a análise de Ester Vaisman, professora de filosofia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Organizadora do livro Lukács: Estética e Ontologia, ela cita o filósofo húngaro György Lukács para exemplificar como o capital mostrou no decorrer dos últimos séculos “uma sobrevida, uma capacidade de autoperpetuação e reprodução inimagináveis”. 

“A decadência ideológica se manifesta, primeiro, na afirmação de uma impotência do ser humano, não só de conhecer a realidade, mas de mudar e transformar o mundo. Portanto, qualquer ideia de libertação ou emancipação é considerada como uma utopia, ou uma recaída tardia às tendências socialistas, de constituição de um mundo onde todas as pessoas possam viver bem em todos os níveis, não só no material, mas também no cultural”, analisa. “O capital não é algo material. Pelo contrário, é uma relação social. Porém, ele ganha uma autonomia, como se tivesse uma vontade própria, construindo um ser humano adequado a ele. Portanto, o fato de um shopping center se tornar um lugar de lazer no fim de semana é um símbolo maior dessa alienação que se dá no nível do consumo. Logo, a alienação não se dá apenas na fábrica, na indústria: ela atinge a todos, mesmo os que não atuam, no chão de uma fábrica”, analisa.

Ao superar a concepção do capitalismo apenas na relação de trabalho, Vaisman argumenta que, atualmente, sofremos um processo de manipulação em um nível mais amplo, não só como consumidores, mas na família, nas relações de amizades e amorosas. Nesse cenário, o pensamento de direita se prolifera.

Reprodução

'A manipulação [do capital] é um processo que atravessa todas as relações humanas. Por isso, o pensamento de direita tem galvanizado tantas atenções'

“A manipulação [do capital] é um processo que atravessa todas as relações humanas. Por isso, o pensamento de direita tem galvanizado tantas atenções e tem obtido tanto apoio ao redor do mundo. Com a derrota soviética no leste europeu, não se vê uma perspectiva à esquerda. E a única alternativa que está posta para muitas pessoas é ditadura, é a direita.  [...] O culpado é sempre o imigrante, o culpado é o ocidente, o islã. Sempre uma busca por um bode expiatório. É impressionante como essa faceta da história se repete”, conclui.

Serviço

Lukács: Estética e Ontologia
Editora: Alameda
Número de Páginas:376
preço: R$ 60,00
 

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Transição nos EUA

Nosso movimento está apenas começando, diz Trump em mensagem de despedida

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Na véspera de encerrar seu mandato, presidente dos EUA disse que 'cumpriu promessas' e desejou 'sorte' a Joe Biden

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-01-19T22:42:00.000Z

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O presidente dos EUA, Donald Trump, que terá seu mandato encerrado amanhã, divulgou nesta terça-feira (19/01) uma mensagem de despedida e afirmou que o movimento iniciado por ele "está apenas começando".

"Enquanto nos preparamos para passar o poder para um novo governo ao meio-dia de quarta-feira, quero que vocês saibam que o movimento que nós iniciamos está apenas começando. Nunca houve nada igual", disse.

As declarações vem em meio a um processo de impeachment contra o republicano por ele ter incitado seus apoiadores durante uma manifestação que culminou na invasão do Congresso no dia da certificação da vitória de Joe Biden.

Trump condenou a invasão e disse que "todos os americanos ficaram horrorizados com a agressão ao nosso Capitólio". "Violência política é um ataque a tudo que prezamos como americanos. Isso nunca pode ser tolerado", afirmou.

Sorte, outsider e 'vírus chinês'

O republicano disse que cumpriu todas as promessas de campanha e chegou a desejar sorte ao próximo presidente, mas não mencionou o nome de Biden.

"Ao término do meu mandato como 43º presidente, estou orgulhoso de tudo o que conquistamos juntos. Nós fizemos o que viemos fazer e muito mais. Nesta semana, começamos um novo governo e rezamos por seu sucesso e pela manutenção de um país próspero e seguro. Desejamos que tenham sorte", disse.

White House
Na véspera de encerrar seu mandato, presidente dos EUA disse que 'cumpriu promessas' e desejou 'sorte' a Joe Biden

Segundo o Trump, ele concorreu à presidência porque "sabia que havia novos e altíssimos cumes nos EUA esperando para serem escalados".

"Quatro anos atrás, eu cheguei a Washington como o único outsider a vencer a presidência. Eu não me via como político, mas abri possibilidades infinitas", afirmou.

Sobre a pandemia da covid-19, Trump voltou a atacar a China chamando o novo coronavírus de "vírus chinês" e comemorou o que chamou de "rápido desenvolvimento" de uma vacina nos EUA contra a doença.

O republicano ainda celebrou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, a pressão imposta a outros países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e disse ter cumprido metas de "reforçar a segurança" na fronteira com o México.

*Com Ansa

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