O Departamento de Estado norte-americano confirmou nesta terça-feira (06/01) que o governo cubano pôs em liberdade parte dos 53 prisioneiros cuja libertação estava prevista no acordo de reaproximação firmado entre EUA e Cuba no mês de dezembro.
Quando foi anunciado o movimento de reconciliação entre os dois países, foi divulgado que haveria uma lista para libertar 53 detidos, considerados “presos políticos” por Washington. Além disso, ao firmar o pacto, Cuba e EUA já haviam libertado, respectivamente, o cidadão norte-americano Alan Gross, detido na ilha desde 2009, e três dos Cinco Cubanos antiterroristas, que permaneciam sob custódia dos EUA.
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Agência Efe
Após acordos, expectativa é que EUA se posicionem favoravelmente ao fim do embargo econômico imposto à ilha
“Já libertaram vários destes presos”, disse Jen Psaki, porta-voz da chancelaria norte-americana. Ela ressaltou que seu país “gostaria de ver que esse processo se complete em um futuro próximo e se trata de um tópico sobre o qual voltaremos a nos concentrar”, garantiu.
De acordo com Psaki, esta lista “não deve ser vista como o fim de nossas discussões sobre direitos humanos com o governo de Cuba. E vemos que o governo cubano deu um passo com o qual se comprometeu não somente conosco, mas também com o Vaticano”, ressaltou.
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Ainda como parte do processo de aproximação com Cuba, está previsto que a subsecretária de Estado para a América Latina, Roberta Jacobson, irá comandar a delegação norte-americana que manterá a primeira rodada de diálogo para normalizar as relações bilaterais. A data das reuniões, no entanto, ainda não está definida.
O acordo entre os países é considerado histórico e significa a maior aproximação entre ambos desde a revolução cubana em 1959. Para além dos efeitos simbólicos do anúncio, a nova política também traz consequências práticas para a economia e a diplomacia entre os dois países. Desde a abertura de uma embaixada em Havana até a permissão para que cidadãos norte-americanos comprem rum e charutos cubanos em maior quantidade.