Pelo menos 38 prisioneiros políticos já foram libertados desde a quarta-feira (07/01) em Cuba, como confirmaram, nesta sexta-feira (09/01), opositores do governo na ilha. A informação foi dada pela opositora Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional.
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Agência Efe
Cartaz em alusão à continuidade da revolução, em Havana
As libertações fazem parte do acordo firmado entre EUA e Cuba em dezembro e que culminou a soltura do norte-americano Alan Gross, que cumpria pena de 15 anos na ilha por espionagem, dos últimos três dos Cinco Cubanos presos nos EUA, também acusados de espionagem e também do cubano Rolando Sarraff Trujillo, definido pela Casa Branca como “alguém dos serviços cubanos que passou para o lado de Washington”.
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A Casa Branca, por sua vez, celebrou nesta sexta as libertações e qualificou a ação como sendo “consistente com a promessa de Havana” após o acordo firmado em dezembro.
“Damos as boas-vindas à significativa libertação dos presos políticos”, afirmou o porta-voz da presidência Eric Schultz, que indicou que o processo ainda está em seguimento.
Eles eram membros da União Patriótica de Cuba, considerada ilegal no país, estavam detidos desde 2012 e foram condenados a cinco anos de prisão, acusados de “desacato, resistência e desordem públicos”. Eles serão colocados em liberdade condicional.
Ainda como parte dos acordos que resultaram em uma retomada das relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos, rompidas desde a Revolução Cubana, em 1959, no próximo dia 21 de janeiro, a secretária de Estado Adjunto para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Roberta Jacobson, viajará a Cuba.
Ela vai liderar a delegação de alto nível para começar o processo para o restabelecimento das relações.