O presidente do Egito, Abdul Fatah al Sisi, defendeu neste domingo (22/02) os bombardeios do exército egípcio contra posições dos jihadistas na Líbia e assegurou que não foram ataques “hostis contra civis”, mas ações “exatas e bem documentadas”.
Em discurso transmitido pela televisão, Al Sisi reiterou que as forças egípcias “não agridem nem ocupam territórios alheios, mas protegem o Egito e seu povo”.
O presidente foi criticado pela morte de civis nesses ataques e por ter invadido a Líbia sem autorização.
O governo da Líbia advertiu que fará um protesto formal na ONU pelos bombardeios egípcios contra supostas posições de grupos leais ao Estado Islâmico (EI) no país, que causaram a morte de sete civis e deixaram 17 pessoas feridas.
“A reação foi necessária, com a rapidez e a força com a qual foi realizada”, disse o chefe do Estado egípcio.
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Al Sisi explicou que a ofensiva aérea egípcia foi lançada contra 13 alvos, mas não deu mais detalhes sobre estes objetivos. O presidente acrescentou que os ataques foram realizados depois da coleta de informações “exatas”.
Além disso, assegurou que recebeu propostas da Jordânia e dos Emirados Árabes Unidos para participar com suas forças dos bombardeios aéreos na Líbia, o que, segundo sua opinião, exige criar “uma força árabe unida para enfrentar os grandes desafios” na região.
O Catar também expressou suas reservas sobre os recentes bombardeios egípcios na Líbia, o que iniciou uma nova crise do Egito com o país, com o qual acaba de fechar um tenso capítulo como consequência do golpe militar que afastou o islamita Mohammed Mursi do poder, em 3 de julho de 2013.
Os bombardeios aéreos contra alvos extremistas na Líbia ocorreram em resposta a um vídeo divulgado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) que mostra a decapitação de 20 coptas (cristãos egípcios) sequestrados.