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Política e Economia

Presidente do Iêmen diz que houthis são ‘marionetes do Irã’ e pede prosseguimento de ofensiva árabe no país

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O mandatário, que fugiu de barco do país na última quarta-feira, pediu a iemenitas que 'resistam com coragem e saiam às ruas para expressarem sua vontade livremente'

Redação

2015-03-28T15:29:00.000Z

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O presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, disse neste sábado (28 de março) que os houthis, grupo xiita que tomou o poder do país em fevereiro, são “marionetes do Irã” e pediu que os ataques da coalizão árabe no país continuem até que eles se rendam.

Leia também: 
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Hadi fez as declarações durante discurso na cúpula da Liga Árabe realizada em Cairo, no Egito, que está sendo realizada entre hoje e amanhã (29 de março) e cujo foco está sendo a situação no país. O presidente declarou que os houthis "conspiram com o Irã contra a unidade do Iêmen" e provocam "discórdias sectárias e regionais".
 

Agência Efe

O presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, durante discurso na cúpula da Liga Árabe

O presidente iemenita disse também que a ofensiva da coalizão liderada pela Arábia Saudita deve prosseguir até que os houthis "saiam das províncias e instituições que ocuparam e devolvam as armas, médias e pesadas, que saquearam dos quartéis militares". Para ele, o grupo xiita tem "uma dependência do poder" e seus aliados internos e estrangeiros querem "utilizar o Iêmen para perturbar a região e a segurança internacional".

Segundo a Associated Press, tanto o Irã quanto os houthis negam as alegações de que Teerã financia o movimento xiita no Iêmen. Indagados sobre as afirmações de Hadi, oficiais iranianos preferiram não comentar.

O presidente, que fugiu de barco do país na última quarta-feira, pediu aos iemenitas que apoiem a "legitimidade constitucional, resistam às milícias (houthis) com coragem e saiam às ruas e às praças para expressarem sua vontade livremente".

Após a reunião na cúpula, Hadi deixou o Egito com destino a Riad no mesmo avião que o rei saudita, Salman bin Abdul Aziz al Saud. Segundo fontes próximas ao presidente, ele ainda não pretende voltar ao Iêmen.

Coalizão árabe realiza operação militar

A Arábia Saudita lidera uma coalizão árabe, integrada por Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Bahrein e Egito, entre outros países, que começou a bombardear posições dos houthis no Iêmen na quinta-feira (26 de março), em resposta a um pedido do chanceler iemenita, Riad Yassin. No primeiro ataque realizado pela coalizão na capital do Iêmen, Sanaa, ao menos 20 civis morreram e 31 ficaram feridos.

 

Também na quinta-feira, cerca de 200 mil pessoas, entre milicianos e seguidores dos houthis, protestaram na capital iemenita contra a operação militar. Por outro lado, milhares se manifestaram na cidade de Taiz, no sudoeste do país, a favor da operação.

Dezenas de ataques aéreos foram realizados entre a noite de sexta e a manhã de sábado em cidades como Sanaa, Marib, Dhamar e Lahj, segundo a AP. Na cidade de Aden, pelo menos três pessoas teriam sido mortas em um ataque contra um acampamento militar.

Um diplomata declarou à imprensa durante a cúpula no Cairo que a campanha militar estava planejada para durar um mês, mas que a coalizão está preparada para a possibilidade de extensão para até seis meses da operação.
 

ONU e Arábia Saudita evacuam funcionários e diplomatas

O enviado especial da ONU para o Iêmen, Jamal Benomar, e mais de 300 pessoas, entre funcionários da entidade, voluntários, representantes de empresas internacionais e suas famílias, deixaram o país árabe neste sábado.

Nos últimos meses, Benomar vinha intermediando a crise entre o presidente iemenita e os houthis. No último domingo, o enviado especial alertou sobre a grave deterioração da situação no Iêmen e afirmou que o conflito poderia resultar algo similar ao que se vive hoje em países como Iraque, Síria e Líbia. 

A Arábia Saudita também evacuou 86 diplomatas sauditas e estrangeiros, procedentes de países árabes e ocidentais. Eles saíram de barco da cidade litorânea iemenita de Áden e foram transferidos para a cidade saudita de Jidá, segundo informaram neste sábado os meios de comunicação do país.

Agência Efe

Iemenitas e estrangeiros esperam em fila em frente ao aeroporto de Sanaía para sair do país

 

*Com informações de AP e Agência Efe

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Política e Economia

Alemanha reduz imposto sobre o gás em meio a alta dos preços

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Scholz afirma que imposto sobre valor agregado cairá temporariamente de 19% para 7% a fim de 'desafogar consumidores'. Governo alemão estava sob pressão após anunciar uma sobretaxa ao consumo de gás durante o inverno

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-18T22:00:00.000Z

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O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou nesta quinta-feira (18/08) que o governo vai reduzir temporariamente o imposto sobre valor agregado (IVA) do gás, de 19% para 7%, a fim de "desafogar os consumidores" em meio a alta dos preços.

Em coletiva de imprensa, o líder alemão disse esperar que as empresas de energia repassem a economia possibilitada pela medida de maneira proporcional aos consumidores, que usam o gás, por exemplo, para aquecer suas casas em meses mais frios.

A medida deve entrar em vigor em outubro e durar ao menos até o fim do ano que vem. A ideia é diminuir o peso de uma sobretaxa ao uso de gás anunciada pelo governo alemão no início desta semana.

Essa sobretaxa, que também entrará em vigor em outubro para residências e empresas alemãs, foi fixada em 2,4 centavos de euros por quilowatt-hora de gás utilizado durante o inverno europeu.

O anúncio levou a indústria e políticos da oposição a pressionarem o governo alemão a tomar alguma medida para suavizar o aumento dos preços.

"Com essa iniciativa, vamos desafogar os consumidores num nível muito maior do que o fardo que a sobretaxa vai criar", afirmou Scholz.

Inicialmente, o governo alemão havia dito que esperava amenizar o golpe da sobretaxa ao gás tornando somente ela isenta do IVA. Mas, para isso, Berlim precisaria do aval da União Europeia (UE), que não aprovou a ideia.

Por outro lado, o que o governo de Scholz poderia fazer sem precisar consultar Bruxelas é alterar a taxa do IVA sobre o gás em geral. E foi o que ele fez.

O gás é o meio mais popular de aquecimento de residências na Alemanha, sendo usado em quase metade dos domicílios do país.

Alemanha corre para encher reservatórios

Além de planos para diminuir o uso de energia, a Alemanha também segue tentando encher suas reservas de gás natural liquefeito antes do início do inverno.

O vice-chanceler federal e ministro da Economia e da Proteção Climática, Robert Habeck, anunciou recentemente um plano para preencher os reservatórios com 95% da capacidade até 1º de novembro.

No momento do anúncio, as reservas estavam em 65% do total e, no fim de semana passado, chegaram a 75%, duas semanas antes do previsto.

Julian Stratenschulte/dpa/picture alliance
Redução no imposto sobre o gás ocorreu após pressão da indústria e de políticos da oposição

Ainda assim, o chefe da agência federal alemã responsável por diferentes redes, como redes de trens e de gás, disse nesta quinta-feira que tem dúvidas sobre o alcance da meta.

"Não acredito que vamos atingir nossas próximas metas de reserva tão rapidamente quanto as primeiras. Em todas as projeções ficamos abaixo de uma média de 95% até 1º de novembro. A chance de isso acontecer é baixa porque alguns locais de armazenamento começaram num nível muito baixo", disse Klaus Müller ao site de notícias t-online.

Ele também alertou que os consumidores provavelmente terão que se acostumar com as pressões no mercado de gás de médio ou longo prazo.

"Não se trata de apenas um inverno, mas de pelo menos dois. E o segundo inverno [a partir do final de 2023] pode ser ainda mais difícil. Temos que economizar muito gás por pelo menos mais um ano. Para ser bem direto: serão pelo menos dois invernos de muito estresse", afirmou Müller.

Plano de contingência

Em 26 de julho, a União Europeia aprovou um plano de redução do consumo de gás, com o objetivo de armazenar o combustível para ser usado durante o inverno e diminuir a dependência da Rússia no setor energético. O plano de contingência entrou em vigor no início de agosto.

Na Alemanha, o governo segue analisando maneiras de limitar o consumo de energia, antevendo a situação para o próximo inverno.

Prédios públicos, com exceção de hospitais, por exemplo, serão aquecidos somente a 19 ºC durante os meses frios. Além disso, diversas cidades na Alemanha passaram a reduzir a iluminação noturna de monumentos históricos e prédios públicos.

Em Berlim, cerca de 200 edifícios e marcos históricos, incluindo o prédio da prefeitura, a Ópera Estatal, a Coluna da Vitória e o Palácio de Charlottenburg, começaram a passar por um processo de desligamento gradual de seus holofotes no final de julho, em um processo que levaria quatro semanas.

Hannover, no norte do país, também anunciou seu plano para reduzir o consumo de energia em 15% e se tornou a primeira grande cidade europeia a desligar a água quente em prédios públicos, o que inclui oferecer apenas chuveiros frios em piscinas e centros esportivos.

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