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Política e Economia

Acordo nuclear é 'ideal para Irã e pesadelo para resto do mundo', diz Netanyahu a TVs dos EUA

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Primeiro-ministro de Israel é um dos líderes internacionais mais críticos ao atual patamar de negociações de programa nuclear entre potências mundiais e Teerã

Redação

2015-04-05T19:35:00.000Z

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Um dos principais políticos contrários ao acordo nuclear iraniano, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou as negociações entre as potências ocidentais e Teerã em entrevistas às emissoras norte-americanas NBC, ABC e CNN realizadas neste domingo (05/04).

EFE

Netanyahu fez rodada de imprensa nesta tarde para televisão dos EUA em seu escritório em Jerusalém


Para Netanyahu, a decisão firmada é “ideal para o Irã e um pesadelo para o resto do mundo”, pois deixa um “proeminente Estado terrorista com uma vasta infraestrutura nuclear” que poderia resultar em “uma corrida de armas nucleares no Oriente Médio”.

Há três dias, Irã e o grupo G5+1 (EUA, França, Reino Unido, Rússia, China e Alemanha) decidiram os “parâmetros-chave” para o programa nuclear do país persa, um acordo classificado como “histórico” pelo presidente norte-americano, Barack Obama.

Em troca da flexibilização de sanções, inspetores internacionais terão acesso irrestrito às usinas e o enriquecimento de urânio iraniano será limitado e supervisionado por 10 anos.

“Eu acredito que o problema real do Oriente Médio é ter países como Irã que buscam armas nucleares com o objetivo explícito de aniquilar a gente [Israel]”, comentou Netanyahu, à ABC.

Racha com Obama

À rede NBC, o premiê israelense afirmou que “ainda há tempo para intensificar as sanções” e que seguirá pressionando o governo dos Estados Unidos para “obter um melhor acordo”. "Não estou tentando matar qualquer acordo. Estou tentando matar um mal acordo", explicou.

Questionado pela CNN se confiava em Obama, Netanyahu respondeu que o líder norte-americano fez o que julgou melhor para seu país, apesar de discordar que a decisão tenha sido a melhor política perante Teerã. “Mas isso não é uma questão de confiança pessoal”, justificou o israelense.

As relações entre Netanyahu e Obama ficaram estremecidas após a visita do chefe de Governo de Israel a Washington no início de março. A viagem foi realizada após o convite do líder republicano John Bohener para que ele discursasse no congresso norte-americano contra o acordo nuclear iraniano.

No entanto, a Casa Branca advertiu que não foi notificada a respeito da vinda de Netanyahu, o que gerou desconforto após Obama se negar a encontrá-lo, sob a justificativa de que uma eventual reunião pudesse influenciar as eleições gerais israelenses, que aconteceriam na semana seguinte à visita do premiê.

EFE/ arquivo

Em campanha contra iranianos, Netanyahu discursou no Congresso dos Estados Unidos no dia 3 de março


A relação ficou ainda mais balançada após o veículo norte-americano The Wall Street Journal denunciar no fim de março que Israel teria espionado com escutas ilegais as negociações sigilosas entre Irã e Estados Unidos no ano passado - polêmica que foi negada pelas autoridades israelenses.

Próximos passos do acordo

A conclusão de todos os pontos do acordo nuclear iraniano será apresentada em uma declaração conjunta que anunciará se houve progresso suficiente para permitir o prolongamento das negociações no prazo final de 30 de junho.

Há anos, a comunidade internacional acusa Teerã de querer produzir uma bomba atômica, embora o país persa assegure que o programa tem um caráter pacífico, como a geração de energia elétrica para o território nacional.

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Política e Economia

União Europeia declara que texto de acordo nuclear é 'definitivo'; Irã nega finalização

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Negociações entre bloco econômico e Irã ocorrem para tentar salvar o acordo chamado Joint Comprehensive Plan of Action (JCPOA), assinado originalmente em 2015

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-08T22:30:00.000Z

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Fontes da União Europeia informaram nesta segunda-feira (08/08) que o bloco econômico apresentou um "texto final" para o acordo nuclear que é debatido em Viena, na Áustria, com o Irã e com os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"Nós trabalhamos por quatro dias e hoje o texto está na mesa. A tratativa terminou, o texto é definitivo e não será renegociado", disse um funcionário do bloco, em condição de anonimato, aos jornalistas que acompanham os debates.

Pouco tempo depois, porém, o governo do Irã negou a informação por meio da declaração de um diplomata à agência estatal iraniana Irna. "Não estamos em uma fase em que sequer podemos falar de finalização de texto", disse o representante, em condição de anonimato.

Segundo o iraniano, ainda há alguns pontos em "suspensão" e o resultado das conversas "dependerá da determinação dos outros participantes em tomar decisões políticas sobre as propostas já apresentadas por Teerã".

Em Viena, outro funcionário da União Europeia contou aos jornalistas que as delegações dos países e organizações envolvidos deixariam o local e que agora "tudo dependerá da resposta formal dos participantes", o que deve ocorrer nos próximos dias.

European External Action Service/Flickr
Bloco econômico apresentou um "texto final" para o acordo nuclear; para Irã ainda há alguns pontos em "suspensão"

As negociações entre as partes ocorrem para tentar salvar o acordo assinado em 2015, chamado de Joint Comprehensive Plan of Action (JCPOA), que inclui todos os membros do CS da ONU (Estados Unidos, França, China, Rússia e Reino Unido - mais a Alemanha), com intermediação da UE.

O pacto perdeu força em 2018, quando o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou o país do acordo e reimpôs sanções unilaterais contra o Irã. Como resposta, Teerã parou de respeitar diversos itens do pacto de maneira intensa, como o enriquecimento de urânio, o que poderia indicar a construção de armas nucleares. Na última semana, o governo do país chegou a dizer que já tinha essa capacidade, mas que não queria construir os armamentos.

No entanto, com a eleição de Joe Biden, que tomou posse em janeiro de 2021, voltou a ser aberta a possibilidade de que os EUA voltassem ao acordo para tentar apaziguar a situação.

E, desde o fim do ano passado, dezenas de reuniões entre delegações de todas as nações envolvidas foram realizadas para tentar a chegar a um novo acordo para a implementação das regras.

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