Atualizada às 11h30
Morreu nesta segunda-feira (13/04), aos 74 anos, o escritor, jornalista e ensaísta uruguaio Eduardo Galeano, autor do livro “As Veias Abertas da América Latina”. Ele estava internado em um hospital de Montevidéu e, segundo o jornal El País, do Uruguai, encontrava-se em estado grave já há vários dias, em decorrência de um câncer.
Galeano nasceu em 3 de setembro de 1940 na capital uruguaia.
O escritor foi redator chefe do semanário “Marcha” (1961-1964), diretor do jornal “Época” (1964-1966) e diretor de publicações da Universidade do Uruguai (1964-1973). Em 1973, exilou-se em Buenos Aires, onde fundou a revista “Crise”. Em 1976, continuou seu exílio em Barcelona (Espanha). Seu retorno ao Uruguai aconteceu em 1985, uma vez restaurada a democracia.
Galeano foi perseguido por várias ditaduras do Cone Sul, em países nos quais teve obras que chegaram a ser censuradas.
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Eduardo Galeano morreu nesta segunda-feira, em Montevidéu
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Além de publicar obras de alcance mundial como “Memórias de Fogo”, “O livro dos abraços” e “História da Ressureição dos Papagaios” e recebeu os prêmios José Maria Arguedas, outorgado pela Casa das Américas de Cuba, e o Stig Dagerman, um reconhecimento sueco aos escritores que se destacam por suas obras literárias.
Galeano era conhecido por suas críticas aos Estados Unidos e, em entrevista ao jornal El País espanhol, em 2010, chegou a defender o então presidente venezuelano Hugo Chávez, que, inclusive, presenteou o presidente norte-americano, Barack Obama, com um exemplar de “As Veias Abertas”.
No ano passado, o autor criticou a obra mais famosa. “Eu não seria capaz de ler de novo. Cairia desmaiado”, afirmou, durante o Salão do Livro de Brasília. Segundo Galeano, ele não estava “treinado e preparado” o suficiente para redigir o livro.