Com muito pouco você
apoia a mídia independente
Opera Mundi
Opera Mundi APOIE
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Podcasts
Política e Economia

No Uruguai, Comissão da Verdade vai investigar crimes da ditadura dentro e fora do país

Encaminhar Enviar por e-mail

Decreto diz que terrorismo de Estado 'gerou feridas profundas'; Exército uruguaio pede que militares 'não sejam ultrajados por preconceitos do passado'

Vanessa Martina Silva

2015-05-20T22:29:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

Nesta quarta-feira (20/05), à noite será realizada no Uruguai a vigésima Marcha do Silêncio, protesto que reivindica a investigação do paradeiro dos detidos e desaparecidos do Uruguai durante o período da ditadura militar, que durou de 1973 a 1985. Para responder a essa demanda, o presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, criou, na noite desta terça (19/05), o chamado grupo de trabalho por verdade e justiça, espécie de Comissão da Verdade, para apurar os crimes de lesa humanidade cometidos a partir de 1968 dentro e fora do país.

Leia também:
Ditadura militar proibiu Mujica de entrar no Brasil em 1970

Agência Efe

Tabaré Vázquez e Guido Manini Ríos participam de celebração por ocasião do dia do Exército, celebrado na última segunda

O objetivo do grupo é “investigar os crimes de lesa humanidade cometidos por agentes do Estado ou quem, sem sê-lo, contou com autorização, apoio ou aquiescência deste, dentro ou fora das fronteiras, no marco da atuação ilegítima do Estado e o terrorismo de Estado”, diz o decreto presidencial.

O decreto afirma que o terrorismo de Estado “gerou nas vítimas, nos familiares e na sociedade em seu conjunto feridas profundas por violar de forma grave e sistemática a dignidade humana por meio da tortura, da prisão prolongada, execução e desaparecimento forçado, entre outras práticas” e reconhece que parte do dano causado é “irreparável”.

Leia também:
Papa Francisco decide abrir arquivos da Igreja do período da ditadura militar argentina

A ideia é assim, “promover a Justiça no marco do Estado de Direito sobre a base das normas e padrões internacionais de Verdade, Justiça, Memória e garantias de não repetição”.

Flickr/CC/Nae

Marcha do Silêncio, realizada em Montevidéu em 2009; evento se repete todos os anos

Durante o período de ditadura no país 37 pessoas detidas desapareceram, de acordo com os dados oficiais. Organizações de defesa dos direitos humanos, no entanto, falam que esse número ultrapassa 200.


 Clique aqui para ler todas as matérias do especial

O ex-presidente José “Pepe” Mujica, que passou mais de 13 anos preso por ordem do regime militar, publicou, durante seu governo, uma lista com nomes de 465 vítimas do Estado de exceção, incluindo todas as denúncias apresentadas à Justiça sobre desaparecimentos ou assassinatos durante esse período.

Leia também entrevista com a jurista Flávia Piovesan:
Denúncia contra brasileiros na Itália deve servir de 'convite' para julgarmos crimes da ditadura

Exército

Dois dias antes da Marcha do Silêncio, que este ano tem como lema “Basta de impunidade! Verdade e Justiça”, o comandante em chefe, Guido Manini Ríos, pediu que os soldados “não sejam ultrajados por preconceitos do passado”.

Em um discurso realizado na segunda-feira (18/05), Ríos reivindicou o papel do Exército e aproveitou para deixar claro que “ninguém, absolutamente ninguém neste país, pode sequer duvidar da subordinação do Exército ao poder civil, de seu respeito às instituições democráticas e seu compromisso com as políticas do Estado”.

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Política e Economia

Alemanha reduz imposto sobre o gás em meio a alta dos preços

Encaminhar Enviar por e-mail

Scholz afirma que imposto sobre valor agregado cairá temporariamente de 19% para 7% a fim de 'desafogar consumidores'. Governo alemão estava sob pressão após anunciar uma sobretaxa ao consumo de gás durante o inverno

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-18T22:00:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou nesta quinta-feira (18/08) que o governo vai reduzir temporariamente o imposto sobre valor agregado (IVA) do gás, de 19% para 7%, a fim de "desafogar os consumidores" em meio a alta dos preços.

Em coletiva de imprensa, o líder alemão disse esperar que as empresas de energia repassem a economia possibilitada pela medida de maneira proporcional aos consumidores, que usam o gás, por exemplo, para aquecer suas casas em meses mais frios.

A medida deve entrar em vigor em outubro e durar ao menos até o fim do ano que vem. A ideia é diminuir o peso de uma sobretaxa ao uso de gás anunciada pelo governo alemão no início desta semana.

Essa sobretaxa, que também entrará em vigor em outubro para residências e empresas alemãs, foi fixada em 2,4 centavos de euros por quilowatt-hora de gás utilizado durante o inverno europeu.

O anúncio levou a indústria e políticos da oposição a pressionarem o governo alemão a tomar alguma medida para suavizar o aumento dos preços.

"Com essa iniciativa, vamos desafogar os consumidores num nível muito maior do que o fardo que a sobretaxa vai criar", afirmou Scholz.

Inicialmente, o governo alemão havia dito que esperava amenizar o golpe da sobretaxa ao gás tornando somente ela isenta do IVA. Mas, para isso, Berlim precisaria do aval da União Europeia (UE), que não aprovou a ideia.

Por outro lado, o que o governo de Scholz poderia fazer sem precisar consultar Bruxelas é alterar a taxa do IVA sobre o gás em geral. E foi o que ele fez.

O gás é o meio mais popular de aquecimento de residências na Alemanha, sendo usado em quase metade dos domicílios do país.

Alemanha corre para encher reservatórios

Além de planos para diminuir o uso de energia, a Alemanha também segue tentando encher suas reservas de gás natural liquefeito antes do início do inverno.

O vice-chanceler federal e ministro da Economia e da Proteção Climática, Robert Habeck, anunciou recentemente um plano para preencher os reservatórios com 95% da capacidade até 1º de novembro.

No momento do anúncio, as reservas estavam em 65% do total e, no fim de semana passado, chegaram a 75%, duas semanas antes do previsto.

Julian Stratenschulte/dpa/picture alliance
Redução no imposto sobre o gás ocorreu após pressão da indústria e de políticos da oposição

Ainda assim, o chefe da agência federal alemã responsável por diferentes redes, como redes de trens e de gás, disse nesta quinta-feira que tem dúvidas sobre o alcance da meta.

"Não acredito que vamos atingir nossas próximas metas de reserva tão rapidamente quanto as primeiras. Em todas as projeções ficamos abaixo de uma média de 95% até 1º de novembro. A chance de isso acontecer é baixa porque alguns locais de armazenamento começaram num nível muito baixo", disse Klaus Müller ao site de notícias t-online.

Ele também alertou que os consumidores provavelmente terão que se acostumar com as pressões no mercado de gás de médio ou longo prazo.

"Não se trata de apenas um inverno, mas de pelo menos dois. E o segundo inverno [a partir do final de 2023] pode ser ainda mais difícil. Temos que economizar muito gás por pelo menos mais um ano. Para ser bem direto: serão pelo menos dois invernos de muito estresse", afirmou Müller.

Plano de contingência

Em 26 de julho, a União Europeia aprovou um plano de redução do consumo de gás, com o objetivo de armazenar o combustível para ser usado durante o inverno e diminuir a dependência da Rússia no setor energético. O plano de contingência entrou em vigor no início de agosto.

Na Alemanha, o governo segue analisando maneiras de limitar o consumo de energia, antevendo a situação para o próximo inverno.

Prédios públicos, com exceção de hospitais, por exemplo, serão aquecidos somente a 19 ºC durante os meses frios. Além disso, diversas cidades na Alemanha passaram a reduzir a iluminação noturna de monumentos históricos e prédios públicos.

Em Berlim, cerca de 200 edifícios e marcos históricos, incluindo o prédio da prefeitura, a Ópera Estatal, a Coluna da Vitória e o Palácio de Charlottenburg, começaram a passar por um processo de desligamento gradual de seus holofotes no final de julho, em um processo que levaria quatro semanas.

Hannover, no norte do país, também anunciou seu plano para reduzir o consumo de energia em 15% e se tornou a primeira grande cidade europeia a desligar a água quente em prédios públicos, o que inclui oferecer apenas chuveiros frios em piscinas e centros esportivos.

Você que chegou até aqui e que acredita em uma mídia autônoma e comprometida com a verdade: precisamos da sua contribuição. A informação deve ser livre e acessível para todos, mas produzi-la com qualidade tem um custo, que é bancado essencialmente por nossos assinantes solidários. Escolha a melhor forma de você contribuir com nosso projeto jornalístico, que olha ao mundo a partir da América Latina e do Brasil.

Contra as fake news, o jornalismo de qualidade é a melhor vacina!

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!
Opera Mundi

Endereço: Avenida Paulista, nº 1842, TORRE NORTE CONJ 155 – 15º andar São Paulo - SP
CNPJ: 07.041.081.0001-17
Telefone: (11) 4118-6591

  • Contato
  • Política e Economia
  • Diplomacia
  • Análise
  • Opinião
  • Coronavírus
  • Vídeos
  • Expediente
  • Política de privacidade
Siga-nos
  • YouTube
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Google News
  • RSS
Blogs
  • Breno Altman
  • Agora
  • Bidê
  • Blog do Piva
  • Quebrando Muros
Receba nossas publicações
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

© 2018 ArpaDesign | Todos os direitos reservados