Após os EUA anunciarem a retirada da lista de países patrocinadores de terrorismo, o jornal oficial do Partido Comunista de Cuba, Granma, afirmou em artigo neste sábado (30/05) que a ilha saiu de um rol do qual nunca deveria ter feito parte.
EFE
Presidente de Cuba, Raúl Castro, anunciou reaproximação com Washington em dezembro passado sob condições
“Cuba teve de esperar 33 anos para o simples ato de justiça que foi levado a cabo na sexta (29/05)”, comentou o periódico, acrescentando que nem as transformações geopolíticas ocorridas ao redor do mundo desde 1982 foram suficientes para que as sucessivas administrações norte-americanas se mobilizassem para retirar a ilha da lista negra.
No texto, o veículo cubano afirma que a exclusão da relação era um pré-requisito já esperado para o processo de normalização de relações diplomáticas, anunciadas em 17 de dezembro de 2014 pelos presidentes Barack Obama e Raúl Castro, e ainda ressalta que o Departamento de Estado norte-americano mantém “preocupações e divergências significativas em diversos assuntos” com a ilha.
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Apesar de destacar que a saída da lista não implica um alívio do bloqueio econômico, comercial e financeiro a que Cuba está submetida desde o início dos anos 1960, Granma vê na “justa decisão da administração Obama alguns “efeitos positivos”.
“A saída da lista terrorista, com seu efeito simbólico e político, poderá ter certo impacto em nossas operações financeiras externas, dado a mudança de percepção de risco de desenvolver vínculos com Cuba”, estima o jornal.