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Política e Economia

Em carta, Roger Waters pede que Caetano e Gil cancelem shows em Israel

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Músico inglês já pressionou outros artistas internacionais pelo boicote a apresentações no país como resposta a 'política racista fatal' israelense

Redação

2015-06-01T15:40:00.000Z

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Há 10 dias, Roger Waters, compositor inglês e ex-Pink Floyd, enviou uma carta para o comitê nacional palestino da BDS (campanha global de boicote, desinvestimento e sanções) em que pede que os músicos brasileiros Caetano Veloso e Gilberto Gil não se apresentem em 28 de julho em Tel Aviv, em Israel.

Procurada por Opera Mundi, a coordenação da BDS no Brasil disse que Waters também se interessou em ter contato direto com Caetano e Gil, pedindo os seus e-mails pessoais, que lhe foram enviados. Na internet, a filial brasileira está por trás de um movimento chamado "Tropicália não combina com apartheid", que já coletou mais e 10 mil assinaturas pelo boicote dos concertos.

Reprodução

Na carta, Waters lembra de artistas que, 'preocupados com direitos humanos na África do Sul do apartheid', se recusaram a tocar no país


De acordo com a Folha de S. Paulo, as assessorias de ambos informaram que o show será mantido e, por ora, eles não comentaram o caso. Na carta datada de 22 de maio, o compositor britânico recorda o “ataque brutal de Israel à população palestina de Gaza”, quando mais de 2.200 palestinos – a maioria civis – morreram na operação israelense “Margem Protetora”, que durou 70 dias em meados de 2014.

Ativista da causa palestina, Waters já incentivou outros artistas anteriormente para não se apresentarem em Israel. No fim de abril de 2015, ele fez um apelo ao cantor pop britânico Robbie Williams, afirmando que um show no país liderado por Benjamin Netanyahu seria um “endosso a uma política racista fatal”. Em julho de 2014, o cantor canadense Neil Young também foi procurado pelo ex-Pink Floyd. Em meio à escalada de conflito em Gaza, o artista acabou cancelando a apresentação.

Sem Caetano, disse Gil "eu teria sido um artista bastante diferente do que eu me tornei"."Sem ele", disse Caetano, "eu...

Posted by Gilberto Gil on lundi 1 juin 2015

 


Por outro lado, a pressão também resultou em bons frutos para a campanha da BDS: no último mês, a cantora norte-americana Lauryn Hill cancelou o show que faria em Tel Aviv por não conseguir agendar data para concertos também em territórios palestinos. No passado, outros artistas como Elvis Costello e Carlos Santana também desmarcaram apresentações em Israel, depois de intensa pressão de grupos pró-palestina.

Nessa linha, Waters recorda na carta dezenas de artistas internacionais que, “preocupados com direitos humanos na África do Sul do apartheid”, se recusaram a tocar na nação à época. “Aqueles artistas ajudaram a ganhar aquela batalha e nós (...) vamos ganhar esta contra as políticas similarmente racistas e colonialistas do governo de ocupação de Israel. Vamos continuar a pressionar adiante, a favor de direitos iguais para todos os povos da Terra Santa”, escreveu.

“Quanto tudo isso acabar, nós iremos à Terra Santa, cantaremos nossas músicas de amor e solidariedade, olharemos as estrelas pelos galhos das oliveiras e sentiremos o cheiro de madeira queimando das fogueiras de nossos anfitriões e estimaremos essa lendária hospitalidade. Mas, até que isso termine, até que todos os povos sejam livres, nós vamos fincar nosso emblema na areia”, acrescentou Roger Waters na carta para Caetano e Gil.

Leia o documento original na íntegra:

Carta de Roger Waters a Caetano e Gil by Patricia

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Constituinte no Chile

'Base de um Chile mais justo', diz presidente da Constituinte na entrega de texto final

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Ao cumprir um ano de debate, Convenção Constitucional encerra trabalhos com entrega de nova Carta Magna a voto popular

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

São Paulo (Brasil)
2022-07-04T21:39:54.000Z

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Aconteceu a última sessão da Constituinte chilena nesta segunda-feira (04/07) com a entrega de uma nova proposta de Constituição para o país. 

"Esta proposta que entregamos hoje tem o propósito de ser a base de um país mais justo com o qual todos e todas sonhamos", declarou a presidente da Convenção Constitucional, María Elisa Quinteros. 

Após um ano de debates, os 155 constituintes divulgaram o novo texto constitucional com 178 páginas, 388 artigos e 57 normas transitórias.

O presidente Gabriel Boric participou do ato final da Constituinte e assinou o decreto que convoca o plebiscito constitucional do dia 4 de setembro, quando os chilenos deverão aprovar ou rechaçar a nova Carta Magna.

"Hoje é um dia que ficará marcado na história da nossa Pátria. O texto que hoje é entregue ao povo marca o tamanho da nossa República. É meu dever como mandatário convocar um plebiscito constitucional, e por isso estou aqui. Será novamente o povo que terá a palavra final sobre o seu destino", disse.

No último mês, os constituintes realizaram sessões abertas em distintas regiões do país para apresentar as versões finais do novo texto constitucional. A partir do dia 4 de agosto inicia-se a campanha televisiva prévia ao plebiscito, que ocorre em 4 de setembro. 

Embora todo o processo tenha contado com ampla participação popular, as últimas pesquisas de opinião apontam que a nova proposta de constituição poderia ser rejeitada. Segundo a pesquisa de junho da empresa Cadem, 45% disse que votaria "não", enquanto 42% dos entrevistados votaria "sim" para a nova Carta Magna. No entanto, 50% disse que acredita que vencerá o "aprovo" no plebiscito de setembro. Cerca de 13% dos entrevistados disse que não sabia opinar.

Reprodução/ @gabrielboric
Presidente da Convenção Constitucional, María Elisa Quinteros, e seu vice, Gaspar Domínguez, ao lado de Gabriel Boric

"Além das legítimas divergências que possam existir sobre o conteúdo do novo texto que será debatido nos próximos meses, há algo que devemos estar orgulhosos: no momento de crise institucional e social mais profunda que atravessou o nosso país em décadas, chilenos e chilenas, optamos por mais democracia", declarou o chefe do Executivo. 

Em 2019, Boric foi um dos representantes da esquerda que assinou um acordo com o então governo de Sebastián Piñera para por fim às manifestações iniciadas em outubro daquele ano e, com isso, dar início ao processo constituinte chileno.

Em outubro de 2020 foi realizado o plebiscito que decidiu pela escrita de uma nova constituição a partir de uma Convenção Constitucional que seria eleita com representação dos povos indígenas e paridade de gênero.

"Que momento histórico e emocionante estamos vivendo. Meu agradecimento à Convenção que cumpriu com seu mandato e a partir de hoje podemos ler o texto final da Nova Constituição. Agora o povo tem a palavra e decidirá o futuro do país", declarou a porta-voz do Executivo e representante do Partido Comunista, Camila Vallejo.

A composição da Constituinte também foi majoritariamente de deputados independentes ou do campo progressista. Todo o conteúdo presente na versão entregue hoje ao voto público teve de ser aprovado por 2/3 do pleno da Convenção para ser incluído na redação final.

Com minoria numérica, a direita iniciou uma campanha midiática de desprestígio do organismo, afirmando que os deputados não estariam aptos a redigir o novo texto constitucional. Diante dos ataques, o presidente Boric convocou os cidadãos a conhecer a fundo a nova proposta, discutir de maneira respeitosa as diferenças e votar pela coesão do país, afirmando não tratar-se de uma avaliação do atual governo, mas uma proposta para as próximas décadas. 

"Não devemos pensar somente nas vantagens que cada um pode ter, mas na concordância, na paz entre chilenos e chilenas e pela dignidade que merecem todos os habitantes da nossa pátria", concluiu o chefe de Estado.

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