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Política e Economia

Espanha: prefeitas ‘indignadas’ e de esquerda tomam posse em Madri e Barcelona

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Quatro das dez maiores cidades espanholas serão governadas pela esquerda; das 54 capitais de província, coalizão esquerdista comandará 37, tirando supremacia do PP

Redação

2015-06-13T19:25:00.000Z

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Os dois maiores municípios da Espanha, Madri e Barcelona, serão governados, a partir deste sábado (13/06), por mulheres, de esquerda e ‘indignadas’. Governada pelo PP (Partido Popular), de direita, há 24 anos, Madri será comandada pela ex-juíza Manuela Carmena: “Agora todos e todas somos prefeita”, disse no Twitter. “Obrigada por fazer possível o impossível”, disse, por sua vez, a prefeita de Barcelona, Ada Colau, conhecida pelo ativismo contra os despejos. Ambas participaram dos protestos conhecidos como 15M, ou movimento dos indignados.

Assim, após as eleições consideradas “históricas” pela imprensa espanhola, das dez cidades mais povoadas do país, quatro serão comandadas pela esquerda: além de Barcelona e Madri, Zaragoza e Valencia terão governos destinados a frear a desigualdade. Em entrevista a Opera Mundi, Rosa Cañadell Pascual, articulista, ativista, professora e psicóloga, afirmou que “os movimentos sociais foram fundamentais para a mudança do cenário político destas eleições e para a derrota da direita”.

Agência Efe

Uma multidão acompanhou posse de Colau em Barcelona

Com acordos entre o PSOE, o Podemos e outras formações nacionalistas e independentes, a esquerda tirou governos históricos do PP e garantiu o poder em 37 das 54 capitais de província do país. O partido, que além de liderar o governo era a principal força dominante a nível local, terá apenas 17 das 43 capitais que antes governava.

Leia mais sobre eleições na Espanha:
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Estado espanhol vota: análise dos resultados no País Basco e Navarra

Já os socialistas do PSOE conseguiram arrecadar para si 16 capitais (antes tinham nove), entre as quais importantes cidades como Sevilha, Córdoba e Palma de Maiorca.

Empolgado com o resultado, o líder do Podemos, Pablo Iglesias, afirmou que o acordo com o PSOE que garantiu a prefeitura de Madri pode voltar a se repetir: “[Os socialistas] vão nos apoiar neste governo, estamos muito satisfeitos, e também convencidos de que no futuro também seremos capazes de chegar a acordo para ganhar as eleições [legislativas] do PP”, como afirmou em declarações ao canal La Sexta.

Agência Efe

Carmena pediu seriedade dos vereadores e demais gestores da cidade e ressaltou que irá trabalhar arduamente

“As principais cidades estão nas mãos de forças políticas e de lideranças que defendem a mudança de 180 graus, pela transparência e por políticas ao serviço da maioria empobrecida”, considerou o número dois do Podemos, Íñigo Errejón.

Madri

O resultado em Madri foi possível após acordo com o PSOE (Partido Socialista Trabalista Espanhol), que apoiou Carmena com nove votos, além dos 20 que o partido Agora Madri obteve nas eleições. Com o resultado, a prefeita terá tranquilidade de implementar a plataforma defendida durante a campanha.

Carmena foi advogada trabalhista nos anos 1970 e depois juíza de vigilância penitenciária. Sua vitória foi uma das maiores surpresas das eleições de 24 de maio, uma vez que as pesquisas apontavam uma vitória mais folgada de Esperanza Aguirre (PP), que obteve o voto de 21 vereadores.

“Queremos fazer uma política diferente”, afirmou Carmena ao jornal espanhol Público, ao lembrar os vereadores que todos são “servidores dos cidadãos de Madri”, que estão “a seu serviço” e que querem que nesta gestão governem “escutando”.

Entre suas principais propostas para a cidade com 16% de desemprego estão a paralisação das grandes operações urbanísticas em andamento e a auditoria da dívida e contratos municipais. Entre as primeiras medidas que prometeu tomar estão ações destinadas a crianças pobres, a quem quer garantir comidas diárias e pessoas em risco de serem despejadas.

Agência Efe

Iglesias classificou dia como histórico

Barcelona

Ada Colau tomou posse sob gritos de “Sim é possível”, palavra de ordem repetida pelas campanhas independentes. “Estou muito grata à cidadania por ter tornado isto possível”, afirmou diante da multidão que acompanhava a cerimônia.

Colau, que será a primeira mulher a governar Barcelona, ganhou projeção nacional ao participar das PAH (Plataforma dos Afetados por Hipotecas), organizado por pessoas que são despejadas de suas casas por não pagar hipotecas.

Agência Efe

Colau saúda multidão que assistiu à sua posse

A professora Pascual ressaltou que a candidatura encabeçada por Colau: Barcelona en comú’ (Barcelona em comunidade) “não é um partido político, mas uma candidatura construída a partir de vários partidos (Iniciativa para a Catalunha, Esquerda Unida e Alternativa, Podemos, Ganhemos Barcelona, Procés constituent [Processo Constituinte]) juntamente com lideranças sociais, dos bairros e de distintos setores. É, portanto, uma nova formação política, de confluência com uma participação ativa dos movimentos sociais. O que aqui se chama agora ‘uma nova forma de fazer política’ e que também reivindica a formação do Podemos”.

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Coronavírus

Primeiro carregamento de oxigênio sai nesta sexta da Venezuela e deve chegar a Manaus até domingo

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Serão enviados dois caminhões com cilindros de oxigênio acompanhados por escolta militar até a fronteira entre os dois países

Fania Rodrigues

Caracas (Venezuela)
2021-01-15T23:07:00.000Z

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O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, informou com exclusividade a Opera Mundi na noite desta sexta (15/01) que o primeiro carregamento de oxigênio para o Amazonas já foi autorizado e será despachado ainda hoje para o Brasil.

A carga vai sair da cidade de Puerto Ordaz, Estado de Bolívar e viajará 1.500 km, por aproximadamente dois dias, até a capital amazonense. Essa primeira leva será transportada por via terrestre em dois caminhões e deverá chegar à cidade até domingo.

As formalidades do acordo de cooperação foram negociadas entre os governadores do Amazonas, Wilson Lima (PSC-AM), e o governador do estado venezuelano de Bolívar, Justo Nogueira.

Segundo Arreaza, a logística desse primeiro envio será fornecida pelo governo venezuelano. Mas, depois o governo amazonense deverá assumir a tarefa enviando mais caminhões do Brasil para buscar oxigênio na Venezuela.

O governo da Venezuela vai ofereceu ainda uma escolta militar para as cargas, que será acompanhada até a fronteira a cidade de Santa Helena de Uairén, na fronteira, e depois por militares brasileiros.

O ministro venezuelano informou ainda que o governo de Nicolás Maduro “vai fornecer oxigênio enquanto durar a situação de emergência do estado Amazonas”, o que impede, segundo ele, de precisar a quantidade fornecida da substância, tampouco o tempo da duração do convênio.

Dhyeizo Lemos/Fotos Públicas
Carregamento de oxigênio da Venezuela sai nesta sexta do país e deve chegar a Manaus até domingo

A produção de oxigênio na cidade de Puerto Ordaz faz parte de um plano de nacional para atender a pandemia do covid-19 na Venezuela. Essa planta industrial estava desativada e foi retomada no ano passado com esse objetivo. “O oxigênio que produzimos nessa fábrica é suficiente para atender essa região da Venezuela e ainda contribuir para aliviar a emergência do Brasil”, disse.

De acordo com Arreaza, a ação de solidariedade da Venezuela com o estado Amazonas está acima das diferenças ideológicas que possam existir entre os dois países. “Oferecemos ajuda ao governador do Amazonas porque os bolivarianos somos solidários, essa é uma ação humanitária que tem que estar acima das diferenças políticas. O que nos une é o objetivo de salvar vidas. Espero que o governo brasileiro entenda que é importante ter boa relação com os seus vizinhos”.

A Venezuela possui uma das menores taxas de contágios e mortes por covid-19 da América Latina, portando a assistência ao Brasil não afeta sua situação interna. O país investiu em ações preventivas e criou centros de diagnósticos rápidos, desafogando hospitais e clínicas.

Além disso, decidiu isolar todos os pacientes que testam positivo para o covid-19, evitando assim a propagação da doença. Atualmente, os hospitais e centros de atendimento de saúde operam com uma ocupação de leitos que varia entre 50 a 60% de sua capacidade.

Além disso, o país já assinou contrato com a Rússia para o fornecimento da vacina Sputnik V e deve começar a vacinação em fevereiro, segundo informações oficiais. Na primeira etapa serão vacinadas 10 milhões de pessoas, um terço da população de 30 milhões de habitantes.

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