O presidente norte-americano, Barack Obama, orientou seu governo nesta quinta-feira (10/09) a receber pelo menos 10 mil refugiados sírios a partir do próximo ano fiscal, que começa em 1º de outubro.
A medida veio após dias de pressão para que os Estados Unidos acolhessem mais refugiados. Apenas 0,03% dos 4 milhões de sírios que fugiram da guerra civil no país foi recebido pelos EUA. Segundo a imprensa internacional, o maior entrave de Washington para acolher mais refugiados é a preocupação de que agentes terroristas infiltrados entrem no país.
Agência Efe
Até o momento, refugiados sírios que entraram nos EUA representam apenas 0,03% do total
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A orientação de Obama veio no mesmo dia em que o Parlamento Europeu aprovou por uma larga margem a proposta feita nesta quarta-feira (09/09) pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, de que o continente realoque e abrigue 160 mil refugiados que se encontram na Grécia, Itália e Hungria, países de entrada para a União Europeia. Entre os parlamentares, 432 votaram a favor, 142 foram contra e 57 se abstiveram.
Por meio de comunicado, membros do Parlamento Europeu expressaram apoio a um plano de realocação com cotas obrigatórias para cada país e pediram que sejam levadas em consideração as condições particulares de quem pede asilo para se determinar o destino de cada refugiado.
Rússia recusa cotas
O porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov, declarou também nesta quinta-feira (10/09) que a Rússia não concorda com o estabelecimento de cotas. Questionado se Moscou seguiria a postura de países como Alemanha e França de acolher milhares de pessoas, Peskov respondeu que esse “não é um assunto que esteja na agenda da Rússia”. O porta-voz disse ainda que entre os refugiados há membros do Estado Islâmico ligados a atos terroristas e assassinatos, o que representa um “enorme perigo” para a Europa.
*Com Agência Efe