Durante a cerimônia em que foi empossado como o novo primeiro-ministro grego nesta segunda-feira (21/09), Alexis Tsipras falou em reerguer a economia do país através do alívio da dívida pública grega, medida que qualificou como a sua “primeira grande batalha”. Ele, que é o lider do partido de esquerda Syriza, foi eleito para um mandato de quatro anos. O ato ocorreu em Atenas, na residência oficial do presidente da Grécia, Prokopis Pavlopoulos.
Poucas horas antes, Tsipras anunciou formalmente a aliança com os Gregos Independentes, já comunicada ontem no seu discurso de vitória. A coalizão é necessária para que o governo possua a maioria dos assentos no parlamento. O Syriza conquistou 145 cadeiras e os Gregos Independentes, 10. O parlamento grego tem ao todo 300 assentos.
EFE
Tsipras retornou ao cargo de chefe de governo da Grécia após ser o vencedor da segunda eleição legislativa deste ano
Alexis Tsipras obteve a sua terceira vitória eleitoral em 2015. Em agosto, em meio a uma turbulência política por conta de negociações com credores europeus, ele renunciou ao cargo de primeiro-ministro e convocou eleições antecipadas.
Assim como na cerimônia de posse em 26 de janeiro, ele dispensou o juramento religioso, que é tradicional na Grécia, e fez apenas o civil. Em seguida, Pavlopoulos e Tsipras assinaram o documento de nomeação e posaram juntos para fotos.
Nesta segunda, Tsipras publicou em sua conta no Twitter a seguinte mensagem: “Um mandato de quatro anos por uma Grécia mais forte e justa e para o povo grego se erguer e se orgulhar”.
A four year mandate for a stronger & more just Greece, and for the Greek people to stand tall and proud #Greece pic.twitter.com/XYDsP8LBVD
— Alexis Tsipras (@tsipras_eu) 21 setembro 2015
Crise humanitária
Tsipras anunciou ao presidente a sua intenção de comparecer à reunião extraordinária do Conselho Europeu, que acontecerá na próxima quarta-feira (23/09) em Bruxelas e tratará da crise de refugiados na Europa. “Lamentavelmente, a Europa não deu os passos necessários para proteger os países que receberam uma onda [de refugiados] que tomou dimensões descontroladas”, declarou ele.
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Terceiro pleito no ano
Além das duas eleições parlamentares, os gregos também foram às urnas em julho para votar em um referendo popular, dizendo se concordavam ou não com as demandas de austeridade dos credores europeus para a renegociação da dívida grega. No total, 61% votaram contra o acordo.
Para o pleito deste domingo, as pesquisas de intenção de voto previam uma margem muito apertada a favor do Syriza. A aliança com os Gregos Independentes, partido da direita nacionalista que é comandado por Panos Kammenos, já havia sido feita após as eleições de janeiro.
EFE
A prioridade do governo de Tsipras será negociar o pagamento da dívida pública grega, que se encontra no patamar de 178% do PIB